Chapter 60: I want this again.

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QUATRO FUCKING ANOS DE AIMH QUERO AGRADECER A MINHA MÃE POR TER ME PARIDO E POR TER ME DADO CÉREBRO O SUFICIENTE PARA CONSEGUIR VER O AMOR DE LOUISANDHARRY AMÉM.

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Harry Pov

- Harry, me beija de novo...

Minha respiração se prendeu entre minha garganta, mal chegando aos meus pulmões. O quarto estava escuro assim como da última e primeira vez em que me disse exatamente essas mesmas palavras. Rapidamente meu cérebro viajou para muitos meses atrás onde estávamos dormindo nos colchões no chão do meu quarto, e estupidamente tive a ideia de beija-lo pela primeira vez. Naquela hora eu sei que não pensei em nada sensato, sei mais ainda que quando ouvi essa frase vindo dele no meio do escuro meu coração simplesmente explodiu em milhares de pedaços num ritmo cardíaco alarmante. Mas mesmo assim, naquela noite, eu não demorei tanto até juntar nossos lábios e beija-lo com tanta vontade que a dúvida de arrasta-lo para o outro quarto era completamente real. Mas hoje não.

Hoje eu simplesmente congelei. Pateticamente congelei.

Por mais incrível que pareça eu senti meu corpo tremer, completamente mais nervoso do que da primeira vez. Medo de toca-lo, medo de me mexer, como se a qualquer momento eu pudesse quebrar algo muito valioso. O que eu não demorei muito para entender que esse "algo valioso" seria Louis. Louis e seu coração despedaçado novamente na minha mão. Mas eu queria... Queria muito beija-lo com toda essa vontade que me atormentava há tantos meses.

- Por que não está me beijando, Harry? - sua voz arrastada, claramente alterada pela quantidade absurda de álcool que havia ingerido, deu um enorme estalo no meu corpo, fazendo a respiração presa na minha garganta seguir devidamente até os pulmões.

Instintivamente mordi meu lábio inferior, sentindo meu corpo pesar tanto que metaforicamente essa cama se quebraria. Por um segundo só desejei que a luz do quarto se acendesse sozinha para que eu pudesse ver seus lindos olhos azuis me encararem, mas então a ideia de ter seu olhar sobre mim me causava uma ansiedade acima do normal. Me arrependi tanto de não ter bebido a mesma quantidade de álcool que ele, eu poderia simplesmente ser irracional e atender todas as minha necessidades físicas, sem pensar no porquê de não fazer isso.

Procurei dentro de mim todos os shots de tequila que havia tomado, sentindo meu coração acelerar cada vez mais apenas por meus dedos coçarem para tocarem sua pele, para agarra-lo com a força que eu costumava agarrar. Arranha-lo, aperta-lo.

Foda-se.

Como um empurrão em minhas costas, meu corpo avançou os poucos milímetros de espaço que havia entre nós durante todos esses meses infernais. Nunca me senti tão feliz em esmagar algo, e esse algo era exatamente isso, essa merda de espaço que Louis insistiu em manter. Um espaço que até segundos atrás achei que fosse a coisa mais forte que ele tinha criado, como um campo de força para se proteger. Mas só agora pude ver o quão frágil e insignificante esses poucos centímetros repletos de átomos e mágoas eram, apenas por não demorar nem mesmo um segundo para fazê-lo desaparecer por completo.

Agora eu estava no meu devido lugar, colado ao seu corpo de onde eu nunca deveria ter sido arrancado. Meus braços finalmente o envolveram sem nenhuma restrição, sem nenhum receio. Apenas eu e ele.

Sua respiração pesou ao sentir nossos corpos se chocarem, não pude evitar de abrir um pequeno sorriso com sua vulnerabilidade ainda existir. Não sei ao exato o que aconteceria daqui para frente, mas não me importei. Minha mão direita foi cuidadosamente até sua cintura, não contendo a vontade de apertar sua pele, sentindo todos os músculos de Louis amolecerem com meu toque um tanto bruto. Era tão bom senti-lo novamente... Tão bom.

Scandal // L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora