Epílogo

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Always and Forever.

Harry Pov

(dez anos depois)

— Olivia! Volte aqui! — corri quase escorregando no tapete vermelho que cobria o corredor da casa — Venha colocar o vestidinho. Não pode correr pelada por aí!

— Não! Eu quero o vestido azul, não o rosa!

Revirei os olhos ao ver um corpinho minúsculo com cabelos loiro escuro balançarem seus pequenos e desleixados cachos no ar, enquanto fugia de mim rumo à última porta do corredor.

— Bebê, o azul já está na mala! — choraminguei sacudindo o vestido que tinha nas minhas mãos, praticamente implorando — Coloque o rosa, por favor.

— Não gosto de rosa! — entrou como um bichinho sorrateiro de tão rápido em seu quarto e bateu à porta.

Sinceramente, onde está o manual dos pais nessas horas de crises existenciais de seus filhos? Ela tem apenas sete anos! Como alguém desse tamanho, com pouco mais de um metro pode banir totalmente a cor rosa do seu guarda-roupa?

— Olivia, amor, abre pro papai — colei minha testa na porta, dando pequenas e arrastadas batidinhas na porta — Você fica linda de rosa.

— Mas rosa é de princesa! Eu sou uma guerreira!

Não mereço, não mereço. Definitivamente, não mereço.

— Vamos fazer assim — suspirei — Você coloca esse vestido rosa, e eu prometo que quando chegarmos na casa dos seus avós, eu brinco com você do que quiser.

— Do que eu quiser? — abaixou o tom da voz, e eu apenas sorri percebendo que ela estava cedendo — Até de perdidos na floresta com um monte de monstros? Você seria o monstro?

— Sim. Serei o monstro.

Em segundos a maçaneta da porta deu um estalo quando Olivia a abriu. Pude sentir o peso das minhas costas de exatos 20 minutos numa luta de colocar o vestido nela desaparecer.

— Se por acaso falar que está cansado demais para brincar, eu vou ficar triste — levantou seus bracinhos de pele tão branquinha que pareciam ser feitos de porcelana — Trato é trato, senhor Styles.

— Isso mesmo, senhorita Olivia Tomlinson Styles — me ajoelhei sorrindo, finalmente colocado o vestidinho rosa em seu corpo — Agora me dê um beijo e termine de arrumar seus brinquedos.

Ela sorriu sapeca, deixando uma mini covinha aparecer na sua bochecha direita, e seus olhos castanhos ficarem bem pequenos com aquelas ruguinhas em volta. Não demorou muito para que ela me desse um beijo melado e estalado, antes de correr para a sala.

Uma já foi, faltam mais dois agora.

Entrei no meu quarto, olhando a incrível bagunça de malas e roupas jogadas por todo o lado. Era sempre assim quando resolvíamos viajar. Uma bagunça. Principalmente por ter me casado com Louis, que era de longe a pessoa mais bagunceira desse mundo.

— Cheguei, família!

Bagunceiro e barulhento.

— Alice! — ouvi Olivia gritar enquanto corria para algum lugar, e logo saí do quarto.

Era incrivelmente estranho ver Alice com quase 19 anos. Louis e eu a conhecemos quando tinha apenas oito, naquela clínica que Liam trabalhava para crianças e adolescentes que sofriam de abuso e maus tratos (ou bullying, no caso dela), e agora ela fazia faculdade de psicologia, fora que era ótima com crianças e quebrava muito nosso galho cuidando das nossas.

Scandal // L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora