Capítulo 14

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Caitlin caminhou rapidamente pelo campus da Universidade de Yale, segurando seu casaco, fino

demais para o tempo que fazia, ao redor de seus ombros enquanto uma brisa forte açoitava. Era o

novembro mais frio que ela já vira, Caitlin se sentia congelada até aos ossos enquanto ela andava

pelo campus, mantendo a cabeça baixa, tentando se proteger do vento enquanto ela fazia o caminho

para a Biblioteca Sterling Memorial. Caitlin olhou para ela, um edifício gótico maciço como uma

igreja medieval que subia para o céu, que dominava o campus, ela sentiu como se estivesse se

aproximando de outra era. Aquela construção ficava tão fora de contexto ali, naquela universidade

moderna, naquela cidade moderna, como um portal para outro tempo e lugar.

Mas era justo, pensou ela, que aquela biblioteca abrigasse alguns dos livros mais raros

existentes, os volumes mais preciosos e obscuros onde o sobrenatural se encontrava com estudos

acadêmicos.

Era neste assunto que Caitlin estava interessada. Ela não queria ir a uma fonte puramente oculta,

nem queria procurar uma pista puramente acadêmica. Ela queria informações de primeira mão,

queria descobrir o que ninguém tinha sido capaz de descobrir durante séculos e analisar tudo isso de

uma maneira que ninguém mais tinha feito. Aiden a enviara diretamente para o lugar certo, já lhe

dando dezenas de pistas sobre volumes para ela encontrar as cordenadas corretas. Claramente, ele

mesmo já tinha ido bem longe nesta pesquisa, ela percebeu, e ele tinha desistido.

Tempo demais, não tenho anos suficientes, ele tinha dito a ela.

Ela podia ver em seus olhos que Aiden, infelizmente, queria continuar, queria encontrar as

respostas por ele mesmo. Mas ele acabou finalmente desistindo, achou que o assunto era muito vasto,

muito ambicioso, mesmo para ele.

Caitlin dificilmente poderia culpá-lo. Afinal de contas, aquele era o Santo Graal dos estudiosos,

dos ocultistas e dos historiadores há séculos, a busca para encontrar a cura para o vampirismo mítico

e a lendária arma para erradicá-la – ou, mais especificamente, até mesmo encontrar uma prova de

que o vampirismo existia. Caitlin, é claro, não precisa de qualquer prova. Ela tinha visto uma prova

com seus próprios olhos, sua própria filha. Mas a cura e a arma eram assuntos diferentes.

Caitlin subiu os degraus de pedra que levavam à grande porta, para aquele lugar que parecia uma

antiga catedral e tentou empurrar os pensamentos de sua filha perdida em algum lugar para fora da

sua cabeça. Doía-lhe pensar sobre isso. Uma parte dela queria virar e correr de volta para seu carro

e voltar o mais rápido possível para Rhinebeck e continuar procurando por ela.

Mas ela se forçou a levantar o queixo e continuar marchando através das portas, sabendo que

voltar atrás não seria nada bom. Afinal, o que ajudaria procurar em todos os quarteirões? Nada,

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