Capítulo 27

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Kyle aterrissou fora dos portões de pedra alta que davam entrada uma longa calçada de

paralelepípedos arborizada, que serpenteava o caminho de automóveis mais longo possível, até

chegar a uma enorme mansão privada. Kyle podia ter aterrissado dentro dos portões, podia ter

parado direto sobre o telhado da mansão se quisesse. Mas, ao invés disso, ele tinha voado sobre

aquela casa, observando tudo por cima, viu o tamanho da propriedade, a enorme estrutura histórica, a

piscina e a quadra de tênis, os carvalhos antigos, as esculturas espalhadas pelo gramado, e se sentiu

enojado com tudo aquilo. Era mais do que qualquer um homem deveria ter direito. Muito menos

aquela menina malcriada, a melhor amiga de Scarlett.

Vivian.

Kyle pensou que seria divertido pousar diante dos portões, para passar um tempo caminhando até

a casa e curtir o momento. Afinal de contas, era um lindo dia de outono, seria uma boa caminhada até

a entrada de automóveis. Ele esperava que elas vissem ele se aproximando, para poder enxergar o

terror e medo em seus corações. Ele sorriu com o pensamento. Nada lhe daria mais alegria.

Quando Kyle deu um passo em direção aos enormes portões de ferro, um estalo súbito saiu pelo

interfone.

"Posso ajudá-lo?", veio uma voz. "Esta é uma residência privada."

Kyle sorriu enquanto ele caminhou até o microfone.

"Você pode não me ajudar", ele respondeu, "mas talvez você possa ajudar a si mesmo."

Kyle estendeu a mão, pegou a caixa do interfone e o puxou da parede, expondo seus fios. O

objeto zuniu e apitou em resposta, Kyle o esmagou no chão. Pronto, ele pensou. Isso já era uma

melhoria para aquele lugar.

Kyle estendeu a mão agarrou os dois enormes portões de ferro, cada um devia pesar uma

tonelada, ele facilmente o arrancou de suas dobradiças. Houve um desmoronamento de rochas e

escombros.

Kyle arremessou os portões de ferro, estes saíram voando uns bons cem metros, batendo no carro

que estava parado no final da calçada – um Bentley novinho. Houve um grande estouro de vidro, os

alarmes oe carro dispararam, perfurando o ar tranquilo daquela tarde.

Kyle sorriu, emocionado com seu objetivo.

Ele começou a andar calmamente até a calçada, sorrindo descontroladamente, estava de bom

humor, assistindo o caos e a destruição diante dele. Ele caminhou casualmente, como se tivesse todo

o tempo do mundo, passou por vários outros carros – Lamborghinis, Mercedes e Maseratis, que

estavam estacionados na entrada de automóveis.

Finalmente, ele subiu os degraus de mármore branco que conduziam à porta da frente e, em

seguida, Kyle ouviu vários parafusos sendo colocados por trás das portas duplas de mogno. Ele

podia ouvir os alarmes sendo disparados, podia ouvir uma voz frenética chamando a polícia. Kyle

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