Capítulo 22

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Caitlin se sentou na Biblioteca Beinecke de Livros Raros no campus de Yale, estava debruçada

sobre o manuscrito de Voynich, havia uma bibliotecária um pé , discretamente observando-a por

cima do ombro, de mãos cruzadas, esperando. Caitlin estendeu suas mãos com luvas de látex e

estudou o livro, tocando suavemente cada página.

Caitlin estava grata por permitirem que ela, após apresentar suas credenciais de estudo de

Columbia, examinasse o livro. A bibliotecária a levara para uma mesa privada, em uma sala

particular, naquela parte especial da biblioteca de Yale, e colocou o livro diante dela, permitindo

que ela o folheasse sob seu olhar atento.

Caitlin estava lá, exausta, seu coração batia freneticamente, ela sentia que aquele livro escondia

um grande segredo, que a chave para descobrir o que acontecera com a raça perdida dos vampiros se

encontrava ali, naquele manuscrito. Caitlin não podia simplesmente aparecer no Egito, se colocar

diante da Esfinge e esperar que ela conseguisse entrar. Haveria guardas ali e nenhuma maneira fácil

de entrar, se é que há uma entrada de fato. Ela precisava saber mais. Ela precisava saber no que

estava se metendo, antes que ela considerasse atravessar meio mundo.

Caitlin examinava o manuscrito Voynich, era a primeira vez que ela o via e ela ficara surpresa.

Ela tinha ouvido falar daquele volume durante toda a sua vida, o livro mais controverso e misterioso

conhecida pelo homem, preenchido por uma curiosa coleção de análises científicas sobre botânica,

várias curas e remédios e centenas de desenhos e diagramas em todas as cores, especula-se que ele

fora escrito em algum momento em meados do século XV na Europa. Ninguém, nenhum dos

estudiosos que o tinham examinado ao longo dos séculos tinha sido capaz de decifrar o que

significava tudo aquilo, o que eram aqueles desenhos estranhos, o que todos os signos do zodíaco

significavam. Havia teorias de que o livro tinha sido escrito por estrangeiros; que incluía profecias

para o fim do mundo; que detinha a chave para tudo, desde a decodificação da Bíblia até o segredo

para encontrar mundos perdidos. Caitlin tinha lido tudo sobre a sabedoria e a mitologia em torno

deste manuscrito e ela não sabia o que pensar. Assim como outros estudiosos antes dela. Aquele

volume nunca fora desmascarado adequada e definitivamente, o que em si era alarmante.

Agora que Caitlin segurava o livro verdadeiro em suas mãos, que sentiu o peso dele, ela estava

em êxtase. O livro era maior do que ela pensava, mais pesado, mais substancial, os desenhos, feitos

em cor há tantas centenas de anos atrás, ainda eram tão vibrantes, tão vívidos, as cores se

destacavam nas páginas, como se tivessem acabado de serem impressos. O texto estava em uma

língua que ninguém entendia. Tudo, do início ao fim, era um mistério.

Enquanto Caitlin virava as páginas, um padrão começou a surgir em seu cérebro. Ela precisava

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