A deusa da Lua

A Saga da deusa | Surge a Lua - Capítulo 1

Em uma bela noite estrelada num lugar bem distante das cidades nasce uma pequena garotinha, branca como neve, cabelos brancos e olhos azuis. Sua mãe Lílian acreditava numa história de família muito antiga que dizia: Se uma mulher nascesse em um dia par de domingo, no mês de dezembro e em noite de lua cheia ela estaria predestinada a ser a próxima. Sua filha nasceu numa noite correspondente a desta história que mais aparentava ser uma profecia, e, pela noite estrelada e com a lua de uma forma que nunca viu antes, Lílian nomeou sua filha como Luna.

Durante sua infância Luna queria saber por que era tão diferente das outras crianças, pois claro que estava confusa e foi desconfiada de tingir seu cabelo de branco e usar lentes de contato azul, já algumas pessoas acharam que ela tinha um tipo de albinismo. Luna depois de pensar bastante foi falar a respeito com a sua mãe:

Luna - Mãe eu não entendo! Por quê eu sou assim e me diga a verdade se eu tiver alguma doença!

Lílian - Não diga besteiras Luna! Você não tem nenhuma doença e é igual sim as outras crianças!

Luna - Igual? Igual? Eu sou uma aberração, foi o que os garotos me chamaram!

Lílian - Erga a cabeça! Não deixe que falem isso de você, a questão é.... Você é especial!

Luna se sentiu bem por ser diferente mas ela reconhecia o lado ruim disso tudo.

Quando Luna completou 15 anos de idade estava indo colher frutas numa cordilheira de amoras que ficava perto do pomar de maçãs e pêras da sua família. Subindo a cordilheira ela esquivou os olhos instantaneamente para o céu do qual a lua estava cheia mesmo de dia, ela sentiu uma atração como se a lua estivesse a chamando, Luna então viu um brilho na lua que a fez desmaiar, derrubando tudo e caindo no campo verde daquele chão inclinado.
Já estava ficando tarde quando Lílian percebeu sua demora e foi procurá-la, Lílian viu um clarão vindo do alto da cordilheira, e subindo lá, viu sua filha no chão sem se mexer. Lílian a levou para casa e a pôs de cama, quando acordou Luna chamava por sua avó que rapidamente a respondeu:

Avó - Sim, querida, pode falar.

Luna - Vó, você por acaso já conheceu alguém como eu?

Avó - Como assim? Por quê me perguntas isso?

Luna - Porque ví uma mulher igual a mim quando olhei para a lua. E algo me diz que a senhora sabe quem é!

A avó de Luna desviou o olhar e mudou de assunto.

Sua mãe Lílian já sabia de quem Luna se referia e porque sua avó mudou de assunto, mas não queria aceitar. Então escondida de todos a noite, Lílian subiu a cordilheira das amoras e olhando para a lua disse:

Lílian - Eu sei que você me escuta! Pois tenho o seu sangue! E também sei que você quer descer o poder em minha filha mas eu digo que não!

Lílian sabia do que estava fazendo mas não aceitou sua filha ser a próxima quando uma Luz que brilhou da lua desceu do céu até seu encontro, e, era o próprio espírito de Muriel que disse:

Muriel - Deixes tua filha vir até mim para que possa me suceder!

Lílian - Não vó! É a minha filha!

Muriel - Minha neta... filha de minha filha, eu já não posso mais proteger este lugar pois já deixeis de viver! Minha Bisneta estará pronta para me substituir e eu para descansar em paz!

Lílian - Entendo mas assim eu nunca mais irei vê-la novamente se partir!

Muriel - Você terá que aceitar como se você mesma fosse a escolhida pois daqui deixo minha alma em paz.

Aquele espírito foi se apagando até falecer e sumir deixando Lílian em desespero. Lílian volta para casa, deita em sua cama e espera o dia clarear para que Tome a decisão se abrirá o jogo com sua filha contando-lhes toda a verdade de seu passado.

Luna acorda cedo e vai para a mesa tomar o café da manhã, Lílian já estava acordada pois não dormiu. Sua avó já velha e cansada precisava de ajuda para pegar as coisas no armário de cima, então, todas as vezes precisava da ajuda de Lílian.

Avó - Lílian, Venha me ajudar a pegar as coisas para o café!

Mas Lílian não respondeu.

Quando a vovó chegou no quarto observou Lílian na cama bem pensativa. Ela perguntou sobre o que estava mexendo com ela apesar de já fazer idéia e perguntou:

Avó - Ela voltou, não voltou?

Lílian - Como a senhora já suspeitava, a vovó voltou e passou o lugar para Luna.

(Luna já estava a escutar atrás da porta)

Avó - Não há como escapar, sua filha é a única que pode substituí-la.

Lílian - Mas mãe, deveria ser eu, eu estou preparada para aquilo e não ela!

Luna junta as partes de tudo que já imaginava sobre aquilo e abre a porte com força e dizendo:

Luna - Então era isso!? Eu sou está tal herdeira que diz na profecia? Então aquela mulher que ví era a minha bisavó!? Por quê esconderam isso de mim?

Lílian - Minha filha, se você já sabe então por que discute isso comigo? Você deve saber que deveria ser eu a próxima deusa da lua!

Luna - Eu uma deusa? Que coisa ridícula! Mas mesmo se fosse verdade eu não teria culpa disso mas se vocês dizem que eu sou, então, por que esse egoísmo invejoso?

Avó - Minha filha não é bem assim!

Lílian - Querida, ser a deusa da lua requer uma grande responsabilidade, você poderia nunca mais voltar assim como sua bisavó!

Luna - Mas então a senhora está disposta a ser essa deusa da lua e me deixaria aqui!? Como pode?

Lílian - Este não é o destino que eu queria pra você! Eu estava preparada! Eu queria que você vivesse livre!

Luna ficou em silêncio e depois disse:

Luna - Isso não pode estar acontecendo!

Luna saiu de casa em direção á cordilheira e se escondeu. Lílian não conseguiu alcança-la e quando chegou á cordilheira não conseguiu achar Luna. Quando chegou em casa disse:

Lílian - Eu já devia saber desde que ela nasceu, todas aquelas características comprovam, vai ver eu não queria aceitar. O que acontece agora mãe?

Avó - Agora só lhe resta esperar e sentada, pois tenho certeza que ela irá ainda hoje antes de voltar pra casa, afinal ela está na cordilheira onde fica o centro do portal.

Enquanto isso, Luna ficou na cordilheira o dia inteiro em mágoas. Á noite ela já estava determinada e curiosa para saber do que se tratava ser a deusa da lua. Luna olhou para o céu a noite estrelada e fixou os olhos na lua e perguntou para sí mesma

Luna - Por que eu? Por quê?

Algo brilhou na lua que chegou a refletir em seus olhos. Luna abriu os braços confiante, afinal, aceitou a idéia, mesmo tendo suas dúvidas. Então um clarão iluminou o lugar e Luna de repente sumiu.

Continua no próximo capítulo...