Capitulo 1: O mago

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     Quatro mil anos se passaram desde batalha fatal entre Windar e Zinte, os povos de Nether convivem hoje em paz e equilíbrio, embora frágil, se manteve durante todo esse tempo. Os magos reapareceram e não foram mais perseguidos, graças a isso grande parte da população de Nether hoje pode usar magia. Nether passou também por um grande desenvolvimento tecnológico, desenvolvendo tecnologias superiores ao da Terra, mesmo com essa tecnologia avançada, a magia convive de forma harmoniosa com a tecnologia.

     Nesse ambiente de paz, uma aerocamionete, um veículo idêntico as camionetes encontradas na Terra, porém ao invés de rodas possuía quatro calotas, voltadas para o chão, que faziam o veículo flutuar, podendo chegar a grandes altitudes ou a um metro do chão. Essa aerocamionete é bem velha para os padrões de Nether, pois a caçamba é feita de madeira e carrega algo que está coberto por uma lona velha, por esse motivo ela só pode flutuar a alguns metros do chão. Seu motorista é um velho, de longos cabelos e barba brancos, usando um sobretudo marrom tão velho quanto ele e comido por traças. Usa o sobretudo por cima de uma camisa branca com estampas de folhas das cores do outono, um par de óculos escuro redondo e um chapéu cor de musgo.

     Esse velho segue caminho em um enorme campo com árvores, seguindo por uma estrada asfaltada que não é cuidada a muito tempo, com grama crescendo e boa parte do asfalto esburacado ou com fissuras. Essas estradas eram usadas a dois mil anos veículos com rodas, com o aparecimento dos veículos flutuantes elas entraram em desuso, hoje são utilizadas mais para os pedestres e veículos que atingem pequenas altitudes, como essa aerocamioneta.

     Ao longo da estrada ele enxerga uma placa escrita "Vilarejo Silef", o velho motorista continua pelo caminho e chega ao vilarejo. O vilarejo é modesto e pequeno com as ruas ladrilhadas, casas feitas de tijolos e pedras, algumas tão parecidas que a única característica que as diferenciava era a cor, outras grandes, com um ou dois andares a mais, ou ocupando um terreno maior.

     O velho motorista chega ao centro do vilarejo, onde havia uma praça com uma fonte, árvores e um pequeno coreto, ele estaciona em frente a uma mercearia com uma porta de vidro e uma placa em cima com os dizeres "Mercearia do Fimbo", o velho motorista sai de seu veículo e caminha com suas sandálias em direção a mercearia. Antes de entrar ele aperta um botão no chaveiro das chaves do veículo, um bipe é ouvido da aerocamioneta e ela se fecha, sem preocupações com segurança de seu velho veículo ele abre as portas de vidro e entra na mercearia.

     No lado de fora um jovem com um boné branco, com a aba virada para traz da cabeça, vestindo uma camiseta branca, um bermudão preto e calçando tênis cinzas está correndo, fugindo de um grupo de jovens mais velhos e maiores que ele. O jovem de boné se esconde atrás da aerocamionete do velho motorista, ele consegue despistá-los e corre para o beco ao lado da mercearia, porém é um beco sem saída, uma grade de três metro de altura, com arames farpados no topo bloqueia o caminho.

     Ao se virar, o jovem de boné se vê encurralado por seus perseguidores. São todos jovens mais velhos do que ele, todos usando jeans, alguns sem camisa, outros de camiseta regata e outros como uma camisa normal. O jovem de boné fica com raiva, por ter cometido um erro tão grande e tolo, e medo, pois sabe o destino que lhe aguarda.

     Um dos jovens se aproxima, é o maior e o mais forte entre eles, vestia uma camiseta cinza de mangas arrancas e com a estampa de um punho vermelho, um jeans com o joelhos rasgados e um par de tênis pretos. A cada passo que o jovem mais forte dava ele estralava os dedos das mãos, ao ficar cara a cara com o jovem de boné o encara com um sorriso de superioridade e sadismo, com os braços cruzados, tentando intimidá-lo.

Os Elementais - A Batalha pelos Elementos.Onde histórias criam vida. Descubra agora