8 - missed you

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"Vamos à cozinha, o jantar já está quase pronto." Liz falou, sendo acompanhada pelos tios de Luke, que conseguiu ver Nathan atrás deles.

Ele sorriu e Nathan praticamente correu em sua direção, o surpreendendo - talvez nem tanto - ao dá-lo um selinho rápido.

"Saudade de você." Nathan sussurrou contra os lábios do outro.

"Eles poderiam ter visto, idiota." Luke se afastou, revirando os olhos. Ele começou a ir para a cozinha, mas foi impedido por seu primo, que segurou sua mão. "O que foi?"

"Você vai mesmo me tratar assim depois de tanto tempo separados? Vamos Lukey, qual é." Nathan choramingou, fazendo bico depois.

Luke havia de esquecido do quanto o garoto era grudento e louco por ele. Sempre querendo beijá-lo ou ao menos tocá-lo.

O loiro apenas sorriu falsamente e soltou sua mão, indo se sentar no sofá. Assim que o fez, seu primo praticamente se jogou ao seu lado, levando sua mão a coxa de Luke, acariciando-a.

"E aí, como tá indo?" O moreno perguntou como se não quisesse nada.

"Normal."

"Tá namorando?"

"Não." Luke não estava afim de conversar, ele gostava de ação. "E você?"

"Também não, mas os meus pais estão querendo me empurrar para uma ômega que é filha de uns amigos deles." Ele riu anasalado. "Ridículo."

"Não vai me dizer que até hoje você não contou pra eles que é gay?"

"Eu não sou gay." Luke olhou para ele com uma sobrancelha arqueada e o garoto encolheu os ombros, dizendo baixo: "Talvez eu goste de garotos e garotas também."

"E como essa menina é?"

"Sem graça pra caramba, ela é toda certinha, vai à igreja todos os domingos e não usa saia que não seja abaixo do joelho." Ele revirou os olhos, mas sorriu ao olhar para Luke novamente. "Eu prefiro você." E se inclinou para começar a beijar o pescoço do loiro, que de início se rendeu, mas teve que se afastar.

"Deixa pra depois do jantar."

Nathan o ignorou e avançou para beijá-lo, mas quase caiu do sofá ao ouvir a voz de Liz:

"Venham jantar, crianças."

Luke teve que se segurar para não rir da pose ridícula que seu primo estava fazendo. Se aquilo era tentar parecer natural...

"Já estamos indo, mamãe." Luke respondeu se levantando do sofá quase imediatamente, sendo seguido por Nathan.

Já no jantar, como esperado por Luke, seu primo tentava fazer contato com ele por debaixo da mesa. Como estava ao seu lado, Nathan colocou uma das mãos na parte interna de sua coxa, mas ele a afastou, pensando no quão clichê aquilo era.

Luke só sentia falta de seu primo apenas naquelas horas em que estava entediado na festa em família e ele aparecia para distraí-lo, o beijando num canto qualquer da casa. Não quando ele era grudento daquele jeito, querendo ter sua atenção de qualquer maneira.

"Você ainda chama a sua mãe de mamãe, uh? Eu pensei que você tinha crescido, Hemmings." Nathan sussurrou em seu ouvido, sendo nada discreto.

Era um pouco estranho chamá-lo de Hemmings já que os dois tinham o mesmo sobrenome.

Luke riu baixo ao pensar nisso.

"Eu pareço mais inocente assim." Luke sussurrou de volta, dando de ombros e ouvindo seu primo rir.

"Estão de segredinho aí?" Andrew disse de repente em tom de brincadeira, se referindo aos garotos do outro lado da mesa.

"Que bom que vocês ainda são amigos assim. Eu me lembro de quando vocês eram crianças, nunca se desgrudavam, pareciam mais irmãos do que primos." Foi a vez de sua tia dizer, dando um sorriso sincero.

Será que irmãos é mesmo a palavra certa? Luke realmente teve que se segurar para não dizer aquilo.

Depois do jantar, Nathan praticamente correu com Luke para o quarto do mesmo, trancando a porta e atacando seus lábios como se os dois não se vissem há décadas.

A desculpa de que Luke iria mostrar algo para o garoto na internet tinha que convencer, mas ele pensou que talvez não desse certo já que o gênio havia trancado a porta.

Luke não trancava a porta nem para se trocar, porque trancaria para "mostrar algo" ao seu primo?

Muito inteligente.

Enquanto Luke beijava Nathan, ele aproveitou para abrir os olhos por um segundo e olhar pela janela, vendo que a cortina do quarto de Michael estava fechada. Mas havia uma pequena brecha, e ele tinha certeza de que o garoto estava espiando por ela.

Luke sorriu contra os lábios de seu primo, que levou suas mãos para a barra da camisa do loiro, começando a subi-la.

"Você sabe que nós não vamos poder fazer muito né? Nossos pais ainda estão aqui." Luke falou assim que Nathan terminou de tirar sua camisa e começou a beijar seu pescoço enquanto deslizava as mãos de suas costas a sua bunda.

"Calma loirinho, nós não vamos fazer nada demais." Ele mordeu o pescoço de Luke, que deixou um ofego escapar. "Mas bem que eu queria."

Luke colocou as mãos nos ombros de Nathan, o empurrando e o fazendo cair deitado na cama. O loiro começou a subir a camisa do outro - sem tirá-la - e depois de terminar, ficou de quatro em cima dele, se inclinando para trilhar mordidas e chupões no torso do primo, deixando marcas evidentes.

Nathan entrelaçou seus dedos nos cabelos loiros do outro, os puxando e fazendo o garoto gemer. Ele sorriu e colou seus lábios, iniciando um beijo necessitado.

Luke gemeu por entre o beijo e se afastou, dizendo baixo: "Acho melhor a gente voltar lá pra baixo."

"Por quê? Você é muito estraga prazeres." Nathan choramingou.

Luke se levantou e foi até a janela, fechando as cortinas.

"Para de reclamar e sai da minha cama, nossos pais estão nos esperando."

"Eles acham que nós estamos vendo vídeos na internet, para de se preocupar e vem aqui." Nathan continuou deitado na cama, pegando um dos unicórnios de pelúcia do mais novo. "Quem vem ao seu quarto pensa que você é um garotinho inocente, olha esses bichos!"

Luke bufou ao perceber que ele não iria mesmo sair dali, por isso se sentou ao lado do garoto na cama.

"Você já parou pra pensar que eles te veem trocando de roupa?"

O loiro riu e deu um tapa na testa de Nathan, respondendo debochado:

"Isso não é nenhum Toy Story, eles não me observam o dia todo e depois criam vida quando eu saio."

Por mais idiota que aquilo fosse, Luke ficou pensando no que aqueles bichinhos diriam se soubessem falar.

De repente Nathan se sentou na cama, envolvendo os braços na cintura de Luke e sussurrando em seu ouvido:

"Eu queria tanto te foder."

Vai ficar querendo, nem alfa você é.

Apesar de pensar isso, Luke sorriu e se virou para seu primo, colocando uma das mãos em sua nuca para beijá-lo.

Eles não fizeram nada do que Nathan queria, claro. Mas o tempo que tiveram sozinhos foi gasto com beijos e várias "mãos bobas", assim como antigamente.


watch me • muke [a/b/o]Onde histórias criam vida. Descubra agora