Charlotte

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Eu achei que esse inferno não me seguiria até aqui, mas estava enganada. Onde quer que eu vá ele estará.
Ainda sinto a pele formigar pelo toque do West, meu coração reagiu de forma como nunca havia feito por um garoto antes. Isso não está certo. Ele acha que precisa cuidar de mim porque o meu pai pediu. Eu não preciso que ele se sinta responsável por mim. Sei cuidar de mim.
Graças a Deus hoje é sábado e eu não preciso olhar na cara das pessoas que estavam lá ontem me vendo surtar. Mas West vem hoje e eu não quero vê-lo. Não quero ter que encarar aquele olhar de pena que meus pais reservavam para mim.
O relógio no criado mudo me dizia que são cinco horas, acho que vai ser bom correr um pouco e aliviar a mente. Coloco meu tênis, um short e um top azul e saio sem fazer barulho.

Não sei a quanto tempo estou correndo mas não está servindo de nada porque as imagens de ontem rondam minha cabeça como um filme ruim.
Mas estar nos braços dele foi a melhor coisa que me aconteceu. Eu não pensei em nada quando seus lábios devoravam os meus. Minha mente se apagou e tudo o que eu conseguia fazer era senti-lo, por um momento eu não me senti vazia.
Acelerei sentindo meu peito arder e meus pulmões protestarem, isso também esvaziava a minha mente. Sentir dor também é bom pra mim.

Quando meu corpo não aguenta mais correr eu sento perto de uma árvore e tento controlar minha respiração. Já haviam se passado duas horas desde que eu saí de casa. Rob deve estar preocupado, caminhei de volta para casa tentando prestar atenção no som do Slipknot, Before I Forget explodia em meus ouvidos.

Entro na cozinha e vejo meu pai sentado a mesa com o West e quando eles me olham vejo alívio percorrer o corpo de cada um deles, então é isso, eles acham que eu vou fazer de novo. Eu não acredito que meu pai tenha dito a ele, eu posso ver em seus olhos. Agora eu serei a aberração para ele também.

Subo para o meu quarto antes que eles tenham tempo de dizer algo, eu não quero ouvir nada que eles tenham a dizer. Não vou me tornar uma prisioneira aqui também. Minha mãe fez o suficiente nos últimos dois anos e minha mente já é uma prisão impossível de fugir. Não preciso de mais nada para me sentir presa.

-Charllie, abra por favor, eu só quero falar com você - ouvi a voz do West e me senti sufocada. Sentei no chão encostando minha cabeça na cama abraçando meus joelhos. Queria que tudo fosse diferente. Não quero que sinta pena de mim. Não vou conseguir suportar isso. -Charllie... por favor... Me deixe entrar.

Caminhei até a porta e a abri. Dei um passo para trás para que ele entrasse, mas ele ficou parado na porta me olhando. Não tinha pena em seu olhar, mas havia algo lá. Algo diferente como algum tipo de fome e um brilho que ofuscava toda a luz do meu quarto me roubando o fôlego.
Em um movimento rápido ele entrou e me prendeu contra a porta que eu nem consegui entender como estava fechada.
Ele olhava dentro dos meus olhos de uma forma que fazia meu corpo se arrepiar e então me beijou. Não o beijo calmo da noite passada. Esse beijo era faminto, suas mãos passeavam no meu corpo de uma forma que me fazia querer gritar de prazer. Eu não conseguia entender o que o meu corpo queria, mas ele queria algo e queria muito.
West me levantou e envolvi minhas pernas em sua cintura. Eu não sabia cimo tudo estava acontecendo porque meu corpo paria ter vida própria, minhas mão puxavam seu cabelo e ele fazia sons que estavam me levando a loucura e meu coração batia tão rápido que eu podia ouvir o som ensurdecedor do meu sangue correndo. Sua boca foi passando da minha boca para o pescoço e ele sugou um lugar que fez uma corrente elétrica correr direto para o meu lugar adormecido.
Céus! Eu nunca havia sentido nada assim antes, nada nesse lugar. Nunca beijar um garoto me deixou a beira da loucura dessa forma.
Um som estrangulado escapou dos meus lábios quando senti suas mãos apertarem minha bunda. Ele me prensou mais contra a porta e uma de suas mãos viajou no meio de nós dois me tocando lá. E com aquele toque eu achei que fosse desmaiar. Ele me beijou para abafar os sons que queriam sair dos meus lábios e eu queria que ele continuasse fazendo aquilo com as mãos. Mesmo com toda aquela camada de tecido entre nós eu sentia meu corpo pulsar com uma necessidase jamais sentida e algo estava construindo dentro de mim, algo inexplicável que eu sabia que explodiria a qualquer momento.

-West... West - minha voz estava ofegante e eu não sabia o que realmente queria. Ele estava perto mas não o bastante, eu queria mais queria sentis o corpo dele contra o meu, sua pele, seu calor. Eu estava perdendo a cabeça.

-Venha para mim Charllie, deixe vir... - sua voz estava tão rouca e tão sexy que meu corpo estremeceu em resposta e eu explodi da forma mais magnifica possível. Ele cobril meus lábios com os dele e abafou o grito que teria sacudido a casa. Isso foi tão mágico, tão surreal. O melhor é que eu não me esqueceria de nada. Cada detalhe ficará sempre gravado em minha mente.

Minha Razão é vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora