Capítulo - 8

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Especial para o ENEM:

Se você não mudar a direção, terminará exatamente onde partiu.

- ANTIGO PROVÉRBIO CHINÊS

Após Benjamin praticamente arrastar Matheus do campo, eles foram para o estacionamento da escola, para esperarem pelo motorista, pai de Matheus, o senhor Marcos.

Embora Matheus estivesse cansado de perguntou, ele decidiu dar espaço para o amigo e parou de perguntar por que ele estava tão estranho, embora ele já desconfiasse o motivo, o qual seria seu irmão.

Por isso, o caminho de volta para casa foi silencioso e estranho. Eram palpáveis as indagações de Matheus, assim como a raiva, de Benjamin. Tudo isso pelo fato dele ter presenciado as cenas, que o mesmo considerava impróprias para qualquer ser humano descente.

Ele conhecia bem a irmã Bianca, mas não imaginava que ela poderia ser tão indecente, baixa. Eles eram irmãos e um ano de diferença, no entanto eles eram tão diferentes. Ela era diferente até dos gêmeos. O que ele tinha de calmo e conciso, ela tinha de explosiva. Já seus irmãos mais novos o Bruno e Breno compartilhavam do temperamento dos dois, eles eram uma mistura de imperativos com meigos e amorosos, o Bruno sendo o mais impossível do quesito ficar quieto e o Breno mais meigo e doce do que o próprio Benjamin.

(...)

Já era por volta das 16 horas quando o tutor de Benjamin, o senhor Klaus, chegou. Ele, embora guardara para sim, também percebeu que o pequeno instruído estava distante naquela tarde.

- E então Benjamin, você apurou o que o autor do livro quis sentenciar com a afirmativa do começo deste capítulo? - Para a surpresa do tutor klaus, Benjamin não o respondeu, na verdade ele nem o escutou. - Benjamin... - Chamou mais uma vez.

- Como? Perdão professor, o senhor pode, por favor, repetir o que pronunciou.

- Na verdade eu lhe fiz uma indagação. O que você outorgou da sentença do autor no começo do capítulo de hoje?

Benjamin refletiu um pouco e trouxe aquela sentença para sua realidade e pronunciou com paixão. - Assim como, MahatmaGandhi, que disse: Você tem que ser o espelho da mudança que está propondo. Se eu quero mudar o mundo, tenho que começar por mim. O autor quis nos repassar com o conto chinês que: se eu quero que algo mude em minha visa eu tenho que fazer por onde, sair da mesmice e do minha zona de conforto, lutar pelos meus sonhos e objetivos. E para isso é preciso de métodos eficientes e eficazes para atingir com resolutividade plausível meus objetivos. - O Benjamin falava mais para ele mesmo do que respondia a questão proposta pelo seu tutor, ele estava começando a entender o que ele deve fazer para mudar essa questão com o Miguel. Ele não deveria passar o resto da vida aceitando as sentenças do garoto sem ao menos questioná-lo. Miguel se afastou e seguiu em frente sem nenhuma justificativa, o que ele tinha feito para tal. O que ele mais se martiriza é pelo fato de apenas dizer amém para tudo que ele lhe fez. Sem nem ao menos ter indo procurar com mais veemência por uma desculpa plausível.

- Parabéns, como sempre, você foi brilhante. Sua resposta adequadamente embasa e sem deixar seu pensamento principal. Então perdoado pelo seu comportamento nessa tarde.

- Obrigado, e mais uma vez desculpa. Farei de tudo para que isso não se repita.

- Vou ficar de olho, mas agora nosso tempo acabou. E como hoje é sexta e sei que você vai a uma social amanhã, não vou lhe proporcionar nenhuma lição para esse fim de semana.

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