"Acreditamos ficar tristes pela morte de uma pessoa, quando na verdade é apenas a morte que nos impressiona."- Gabriel Meilhan-
Benjamin:
- Andem pessoas. Andem logo. Vamos... Vamos logo. - Bianca gritava saltitando no início da escada, enquanto todos nós descíamos, esses enormes degraus, ainda com aquela sonolência bem característico de manhã.
- O que foi minha filha? Por que esse escândalo? - Minha mãe perguntou prendendo seus cabelos em um rabo de cavalo enquanto se aproximava de Bianca.
- É hoje! - Bianca deu dois giros no meio da sala. Seus braços ficaram abertos e ela parecia que flutuava sobre a nuvem mais felpuda do universo e não um chão com porcelanato.
Meu pai se aproximando de todos nós começou a dizer. - Ai Bianca, eu achando que era algo sério e você estar ai, toda felizinha por causa do seu casamento com o filho da empregada...
- Pai! - O chamei a atenção.
- O que foi? Vai defender o filho da empregada, é isso? Já não basta sua irmã se casando com ele, agora você se tornou o defensor da classe desfavorecida.
- Bernardo... Olhe o modo que você fala do Miguel, seu futuro genro... - A mamãe o reprimiu de forma ríspida.
- E veja o modo que fala com o meu neto, Senhor Bernardo. Você pode ser pai de família, mas ainda é meu filho e ainda posso e tenho forças para lhe dar uma boa lição. - A vovó o lançou um olhar furioso, o qual eu não sou nenhum pouco habituado a ele.
- Pelo visto o papai acordou de péssimo humor, mas hoje nada pode atrapalhar o dia. Irei voltar ao meu quarto. - Estava dando as costas quando minha avó me chamou.
- Benjamin!
- Sim vovó?
- Está bem meu querido? Não lhe vejo há dois dias direito. Vive apenas trancado no seu quarto, fazendo se lá o que. Com sei lá quem.
- Sozinho vovó. Tirei essa semana para mim. E a senhora também estava muito ocupada ajudando a Bianca, por isso que não temos nós visto muito.
Olhei a mesma que estava grudada ao vidro da janela principal daquela sala onde teríamos nosso de jejum.
- Agora, eu realmente preciso ir. - Disse a ela.
- Filho, lembre-se , a Rita não estar mais disponível a partir do meio dia, então caso queira, pegue seu smoking antes desse horário com ela, está bem? - Falou minha mãe, em seu olhar eu percebi que ela entendia o que se passava comigo.
- Pode deixar, eu pego sim Mamãe.
Voltei para o meu quarto e trancado no mesmo olhava o convite do casamento na minha escrivaninha.
Bianca fez questão de me convidar a ser padrinho do seu casamento. Eu não pude recusar ao pedido da minha irmã, mesmo sendo um ato de tortura contra mim mesmo.
Narrador:
Ainda no andar de baixo, Beatriz, Vivian e Bernardo se encontravam no grande salão socializando os bons e velhos relacionamentos familiares.
Bernardo ainda chateado com alguma coisa inexplicável, Vivian ainda sofrendo por tudo que vinha acontecendo, mas sem transparecer nada, Beatriz analisando tudo como uma cobra antes de dar seu golpe fatal, ela sabia que algo vinha acontecendo e não gostava nada, talvez fosse hora de começar a movimentar os piões.
- Por que tanto olha pra janela minha neta? - Beatriz perguntou ao ver Bianca sorrindo enquanto olhava as vidraças que dava para os jardins de rosas vermelhas.
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Se Não For Por Acaso?
Genel KurguAté onde a desigualdade social e financeira atrapalha a união de um amor? Será que dinheiro, posição social e família são determinantes para separar duas pessoas que se amam? Benjamim - Doce, gentil, inteligente e amante dos livros. Dono de uma bele...