Bonus.

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Me pediram bonus da mãe de Gabi. E mais dois. Que obvio, só postarei dps.
Ta ai. Como prometido.

Me lembro de tudo como se fosse hoje. Encontrei Afonso. Foi amor a primeira vista. Aquela química. Ele tinha algo que me atraia. E seu lado misterioso era exitante. Sabia que ele escondia alguma coisa. Nunca me disse onde trabalhava, por exemplo.
Deixei isso de lado. Afinal, ele rinha me pedido em casamento. CASAMENTO! Agente já se conhecia a quase dois anos. Já estava na hora. E depois de casada, ele não teria como me esconder mais nada. Engravidei tão rápido que mal aproveitei a lua de mel. Mal conseguia dormir de noite com as chutadas. Jurei ta gravida de gémeos. Mas, pro meu alivio, era só uma. Era meu primeiro bebê, não queria em dose dupla. Afonso não se cabia em si. Me levou pra conhecer a casa de seus pais. Pra poder dar a notícia. Eu nunca tinha ido na casa dos meus sogros. Era, de certo modo, confortante. Convidativa. Eles me adoravam. Mas a casa era estranha. E eu jurei ter visto a vassoura varrer sozinha.
Depois de oito meses, Gabriela nasceu. Prematura. É.
Acho que não aguentou esperar. O medico ficou espantado. Era prematura, e nem parecia. Sai com ela do hospital no mesmo dia.
Eu pensava que ela iria ser agitada, bem energética. Mas não. Super tranquila. Comia e durmia.
E é claro, que quando ela fez o cabelo ficar azul, eu morri de medo. Mas era a minha filhinha. A primeira.
Matava e morria por ela.
Ela cresceu assim. Estranha. E sempre retorcia a cara, quando eu mandava ela parar de fazer coisas anormais. Como piscar as luzes e fazer coisas queimar.
Afonso, parecia que não via nada de anormal. Porque nunca reclamava. Pelo contrário. Sorria... feliz?
E numa conversa com ele, acabei sabendo tudo.
Bruxo.. era uma piada. Se ele me dissesse que tinha oferecido nossa filha ao demónio e que agora ela era possuída, eu acreditaria.
Mas não é que era verdade? Eu fique com medo. Aquilo não era normal. Aquele não era o homem que eu me casei. E aquela..
Por mais que doesse.. não era minha filha!
Acabei me afastando. O suficiente pra deixar de fazer falta na vida da minha filha.
Quiz deixar saudades, se ausentou. Exagerou na dose, e deixou de fazer falta.

Gabriela parecia mais revoltada. Não me tratava como mãe. Não me respeitava. Era só o pai dela. Sempre papai. Eu passei nove meses com ela na barriga. A amei. De corpo e alma. Pra ela crescer e se rebelar contra sua progenitora?
Eu não soube me dar com o desprezo. Me afastei mais. Não durmia mas com meu marido. Nem lhe dirigia a palavra. Não conzinhava. Nem limpava. Saia de manhã, e só chegava de noite. Fingia que não me importava. Mas toda noite, eu ia no quarto de Gabi, a ver durmir. Só pra ter certeza que minha menininha estava bem.
E ela estava.
E numa dessas vezes, eu a vi flutuando. Em cima da cama. Imóvel. Me desesperei.
Corri pra chamar o Afonso. Ele era que nem ela.. diferente. Tinha aquele treco de madeira. E depois de a colocar pra baixo. Agente saiu do quarto. Ela nem acordou. Naquela noite eu e meu marido fizemos as pases. Depois de uma longa conversa. Na qual ele expôs seus sentimentos.
A noite de reconsiliação foi perfeita.
Gabi fez seis anos. Preparamos uma festa surpresa. Foi incrível. Ela até me chamou de mãe de novo. Coisa que não fazia desde cinco anos.
E depois que todos foram embora, tivemos uma pequena discussão, sobre ela ficar fazendo tudo flutuar a seu redor de propósito. Eu não gostava daquilo. Aquela coisa que eles faziam.
E ela acabou pondo fogo no meu cabelo. Acho que de raiva. Naquela mesma noite fui embora. Mesmo com suspeita de gravidez. Eu só enxergava minha raiva. Que depois passou. E eu não tive coragem de voltar. Nunca mais.
Tive Gabrielly, e me prometi, que daria todo amor e carinho. Depois conheci Fábio. Fui morar com ele.
Gabrielly não era diferente de Gabriela. Mas eu a via como minha segunda chance. Minha oportunidade de ser uma mãe. De verdade. Saber o que era ouvir um eu te amo. E eu pude. Gabrielly me amava tanto. Sempre apegada a mim. E eu sempre deixei bem claro, que Fábio nunca foi seu pai.
Mas também não dizia quem era. Afonso, tinha sumido. Ou eu quem nunca o preucurou. Já que ele não mudou nem de casa.
Me sentia arrependida todos os dias. Mas.. pensava que ele já estava casado. E minha filha chamando outra de mãe. Me comformei. Afinal, foi tudo culpa minha. Eu que fui uma covarde. Vazei na primeira oportunidade. E prometi pra mim mesma, nunca abandonar Gabrielly.
Nos seus onze anos, chegou a carta pra tal Hogwarts. Claro que eu não iria deixar ela ir. Passar o ano todo longe de mim? Nunca.
E Afonso me surpreendeu. Batendo na minha porta. Ele também ficou surpreso. Mas tava magoado. E muito. Já que disse: -Vim fazer meu trabalho. Num tom seco. E depois que Gabrielly apareceu. Ele mudou de figura. Reconheceu ela. E eu não pude negar. Era sua filha. Que ele nunca tinha visto. E nem sabia que ela existia. Perguntei por Gabi. E ele só me disse que ela iria pra escola. A mesma que Gabrielly iria. Acabeu concordando. O mínimo que eu podia fazer. Nas palavras dele. E desde daquele dia, Afonso não me deixava em paz. Queria saber de tudo sobre a filha. Os minimos detalhes. Como o que ela tinha comido.
Eu também perguntava de Gabriela. Mas só ouvia um: está bem.
Naquele dia eu descobri em que Afonso trabalha. Num ministério Bruxo. E tinha ido na minha casa me instruir tudo sobre Hogwarts. O que ele mal conseguiu fazer. Já que só observava sua filha.
Mantivemos contato. Ate ele desaparecer. Depois de uns tempos. Nunca mais voltou.

Mas tudo mudou quando fui buscar Gaby, na estação.
Nunca pensei em ver minha outra filha ali. Com toda sua magoa e ressentimento. Guardados a anos.
Ah, ela estava tão grande! Uma princesa.
Não me contive de emoção.
Era minha filha ali! O momento foi magico, ate ela falar.com toda magoa e rancor que guardava. Ela me odiava. Eu me odiava.
Tentei me desculpar. Mas foi envão. Sabia que Gabriela tinha puxado a mim, todo orgulho. Eu só queria lhe dar um abraço e beijar sua face. Mas não pode nem me aproximar demais. Eu tinha a machucado profundamente. E vi o quanto egoísta eu fui. Se alguém merecia todo desprezo desse mundo, esse alguns era eu. Como uma mãe abandona sua filha?! Eu deveria ter morrido por meus atos! Não mereço ser perdoada. Mas eu precisava.
E sei desde hoje que não vai ser fácil consegui seu perdão. Mas eu preciso dele.
Preciso do perdão dela pra poder me perdoa, e então vivermos juntos. Eu, ela e Gabrielly. Como uma família. Sem brigas e ressentimentos. Só a felicidade e a paz, quê una família deve ter.
O que realmente, eu acho que não vai acontecer.

Felizes para sempre ? FanFic de Harry PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora