Capítulo 25 - Drake

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A surpresa tinha dado super certo, eu programei tudo nos mínimos detalhes com a Sindy e Ayra tinha gostado, fui dormir logo, estava muito cansado. Acordei no domingo com uns gritos, me levantei da cama e me aproximei da janela, os gritos vinham do quarto de Ayra, pulei a janela rapidamente preocupado com o que tinha acontecido.

_QUE MERDA! DROGA, DROGA ,DROGA!! -ela estava exaltada

_Ayra tá tudo bem? -perguntei mas ela me ignorou e continuou gritando

_EMMA, VEM AQUI AGORA! -ela foi até a porta e ficou andando no quarto de um lado para o outro

_Será que dá pra parar de gritar e explicar o que está acontecendo? -Emma apareceu sonolenta esfregando os olhos e se encostando no batente da porta

_É o que eu queria! -me junto a ela

_ O QUE SIGNIFICA ISSO? -ela aponta pra uma caixa aberta de papelão

_A caixa com suas roupas, o que tem? -Emma se aproximou caminhando pesadamente

_O QUE TEM? POR QUE DIABOS ELA ESTA ABERTA E VAZIA? -Ayra chutou a caixa que virou

_Por que não tem nada dentro, por isso está vazia. -eu falei por impulso e me arrependi no mesmo momento, Ayra se virou pra mim no que pareceu uma câmera lenta com um olhar fulminante, o medo não era nada comparado ao que eu estava sentindo agora, eu estava completamente e totalmente apavorado

_ISSO JÁ ESTA CLARO DRAKE STROUT, ENTÃO SE NÃO FOR FALAR ALGUMA COISA QUE PRESTE É MELHOR FICAR CALADO -ela foi até o armário e abriu uma gaveta, de dentro tirou uma chavinha dourada amarrada em uma correntinha- A ROUPA NÃO SAIU SIMPLESMENTE ANDANDO DAQUI, E EU TENHO UMA IDEIA DE QUEM MEXEU -dessa vez ela encarou Emma que roía as unhas- E A PROVA DO CRIME VAI ESTAR AQUI!

Ela então colocou a chave no fechadura da parte esquerda do armário girando lentamente, o lugar estava tão silencioso que era possível escutar o trinco abrindo, uma, duas, três voltas e ela arrastou a porta de correr para o lado revelando várias e várias roupas. Tinham de todos os tipos, eu via jeans, shorts grandes e pequenos de várias cores, calças de vários modelos, saias de todas as formas, muitas blusas e uma infinidade de vestidos, longos, curtos, discretos, chamativos, estampados, lisos e tudo quanto é modelo que você imaginar, haviam cinco gavetas fechadas e em baixo uma prateleira cheia de saltos de todos os tipos que eu não sei identificar, pra mim é tudo salto, só muda a cor, o modelo e a altura.

_EU NÃO DISSE! -Ayra se aproximou para mexer em umas roupas no canto mas se afastou apenas apontando os modelos- essas do canto não estavam aqui, eu conheço muito bem as roupas daqui e essas são novas.

Pra mim todas eram novas, pareciam nunca ter sido usadas, algumas estavam até embaladas e todas pareciam ter etiqueta, não notei diferença

_Tudo bem Ayra, eu assumo que mexi na caixa e no seu armário -Emma se aproximou culpada- mas o que você queria, eu não podia deixar você queimá-las.

_Você me desobedeceu e mexeu nas minhas coisas sem pedir.

A lógica na verdade é que Ayra devia obediência a Emma por ser mais nova, mas não ousei abrir a boca, com a raiva que ele estava não queria me arriscar a ser a primeira cabeça a rolar ali.

_Me desculpa -Emma tentava conversar

_Depois que a merda tá feita pedir desculpas é fácil -Ayra encostou a cabeça no armário e parecia contar pra se acalmar- você só fez isso porque sabia que eu não iria tocar nessas roupas, dessa forma não poderia mais tira-las daqui.

Emma concordou com a cabeça e Ayra suspirou pesadamente logo arrastando a porta e trancando o armário, depois guardou a chavinha dourada na gaveta e se virou para nós.

Um Simples Amigo, Um Grande AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora