RODOLPHO
-Olá D.Thalita como está a senhora?
Neste momento me dirijo até ela e estendo a mão para cumprimenta-lá, ela segura meia sem jeito e eu seguro forte mas delicado e não solto, ainda sem jeito ela responde:
-Estou bem, mas que coincidência, por que ontem no nosso colégio o Senhor não me informou de quem se tratava?
-Não havia necessidade e além do mais só fui informado que a Senhora viajaria comigo ontem a noite.
-Oh! A proposito muito obrigada por receber a mim e minhas filhas.
-Não há de que .
Neste momento o meu piloto avisa que somos o terceiro na linha de decolagem, aí tenho que soltar sua mão e me acomodar. Vou para minha poltrona do outro lado de onde ela está mas de frente para ela, onde possamos conversar livremente.
O avião está taxiando sinto Thalita muito tensa mas não digo nada pois sei que a maioria das pessoas sentem medo de avião na hora da decolagem e na aterrissagem. Fico só a observando.
Quando o avião se estabiliza solto meu sinto vou até ela pois ainda se encontra de olhos fechados e fico a observando de perto, ela abre os olhos devagar e fica parada me olhando.
-Você tá bem?
-Não sei estou em pânico, pois tenho claustrofobia e tento me controlar ao máximo.
-Não tem problema venha fique um pouco em pé assim você não se sentira presa.
Pego em sua mão e a ajudo a levantar, ficamos muito juntos e ela me olha nos olhos não sei o que fazer.
A contratada pelo piloto chega perguntando se desejo algo, já sei das suas intenções, sem me virar respondo que sim um suco de maracujá ou um chá camomila informando que é para a Thalita e uma agua para mim. Ela se solta dos meus braços e se encaminha até uma poltrona dupla, sento-me ao lado dela e pego em sua mão.
-Relaxe Thalita esse será um voou tranquilo. Nosso avião é um dos mais modernos e seguros o que que existe.
-Eu sei mas não é disso que tenho medo.
-Então relaxe.
Ela só ficou me olhando, quando chegou o seu chá, peguei minha pasta e de lá tirei um comprido e dei para ela.
-Tome beba você se sentirá melhor.
Assim que ela bebeu demorou uns quinze minutos ela já esta dormindo muito mais relaxada. E eu esqueci do meu trabalho e fiquei ali admirando aquela mulher, pensando o que essa mulher tem que me facina tanto, seu perfume me embriaga, seu toque me tira do chão. Queria ter noção do que é isso que tá acontece comigo com essa mulher.
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Thalita
Falar com este homem me deixa fora de orbita não sei o que é que está acontecendo comigo. Ele segura em minha mão em um gesto de educação e eu pensando coisas obscenas, e parece que não quer mais solta-la "ai meu Deus será que ele percebeu " que vergonha, mas fui salva pelo piloto avisando da nossa decolagem, nus acomodamos e eu entrei em pânico pois sofro com a claustrofobia, mas tento me controlar só serão poucos minutos de voou. Entro em oração silenciosa para não ter um ataque, espero o avião se estabilizar para poder abrir os olhos daí encontro aqueles olhos azuis, aquele homem me encarando fiquei sem ar, sem ação, sem reação.
Me segura pela mão me pedindo para ficar um pouco de pé, fiz o que ele pediu ficamos muito juntos por um instante pensei que iriamos nos beijar.
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uma luz no fim do túnel
RomanceThalita mulher 45 anos ,viúva, mãe de duas filhas adolescentes, com poucos amigos, trabalhadeira para poder proporcionar uma vida digna para suas filhas. Depois de muitos golpes não confia mais em ninguém pois todos que se aproximaram eram por inter...