5. Dinner

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- Você sabe que não devia ter bebido.

- Sei – murmurei.

- Acabou de completar 16 e já acha que pode virar seis shots de tequila.

- Que droga, eu já entendiiiiiiii – comecei a rir de mim mesma – Olhaaaaaa! Tem dois de você!

Nick apenas revirou os olhos e continuou me guiando pela rua. A única iluminação ali era a de alguns postes, mas tirando isso estava tudo completamente apagado, afinal, devia ser umas quatro da manhã.

- Você está me levando pra um motel? – entortei a cabeça feito uma criança curiosa.

- Porque eu te levaria a um motel, Jade?

- Sei lá, talvez seja pra gente... pular na cama?

- Nós podemos pular na sua cama ou na minha – riu.

- Mas os nosso pais poderiam escutar o que gente fosse fazer depois de pular na cama – mordi o lábio e ele corou – Aw, você tá vermelhinho – desatei a rir e Nick fechou a cara.

- Menos papo e mais velocidade. Eu ainda tenho que te colocar pra dormir.

- Me colocar pra dormir? Não prefere dormir comigo? – disse isso e no mesmo instante tropecei e só não caí de cara no chão porque Nick me segurou, mas mesmo assim ralei os joelhos e a palma das mãos no asfalto.

- Eu não dormiria nem comigo mesmo se estivesse no mesmo estado que você – disse emburrado, me levantou e ajeitou a barra do meu vestido. Passou a mão nos meus joelhos e eu reclamei. Esse merda ardendia pra caralho.

- Eu dormiria comigo mesma em qualquer estado. Principalmente se fosse em Nebraska, eu amo aquele lugar.

Ele soltou aquela risada que eu tanto amo e eu suspirei.

- Tira esse sapato, você vai acabar torcendo o tornozelo – ajoelhou na minha frente e abriu as tiras, e em seguida se levantou com os sapatos em uma mão e me deu apoio nas costas com o outro.

- Eu provei uma bebida chamada margarita, é a melhor coisa do mundo. Tinha gosto de tequila, limão e...

- E... – me incentivou a continuar.

- Não consigo lembrar, é licor de alguma fruta, eu acho. Ainda consigo sentir o gosto na minha boca, só não consigo saber qual fruta é.

Passei a língua nos lábios e tentei decifrar aquele sabor. Era muito bom.

- Você podia me ajudar a lembrar, Nick.

- Morango?

- Nãooooo, a bebida era, tipo, meio amarela ou verde. Ou talvez eu não enxerguei bem.

- Sei lá, kiwi?

- Acho que não.

- Manga? – balancei a cabeça – Maracujá?

- Acho que tem um jeito melhor de saber.

- Como?

Guiei seu braço até minha cintura, e sua mão pousou pouco acima do meu quadril, junto da outra que antes me sustentava para que não caísse. Fiquei na ponta dos pés e aproximei meu rosto do seu.

- Assim.

Colei nossos lábios e o beijo foi correspondido de imediato. Nossas línguas se entrelaçavam e sua mãos se apertaram envolta da minha cintura. Puxei levemente seus cabelos e ele se inclinou.

Only Mine - Nick RobinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora