Victim

453 44 35
                                    

Vejo o brilho em seus olhos se apagarem e seus músculos se relaxarem. É o que eu faço, dia e noite, por séculos. O corpo de Joshua está morto à minha frente, sua alma já está comigo. Levo-a até onde tenho que levar; alguns chamam de paraíso, outros de inferno. Nunca sei onde realmente  as almas vão parar, quem decide não sou eu. Estou encarregada de tirá-las de seus corpos e levar à o que chamam de luz. Apenas isso. O que eu deveria fazer realmente é só isso, mas é claro que há diversão também. Todos os dias, todos os segundos alguém morre na Terra. O número de anjos de Deus é certamente maior que do Diabo. Não existia nenhum para o segundo, até que ele ficou entediado o bastante para roubar e converter alguns do seu, digamos, inimigo. Não, Deus não possui inimigos, mas para o Diabo todo mundo é o dele. As almas que ele consegue não são mais vistas e nem se sabe o que acontece à elas.

Eu? Bem, eu trabalho para Deus, mas digamos que tenho uma pequena parceria com o vermelhinho. Talvez ele esteja me convertendo, eu não ligo. Dizem que é assim; você não percebe mas é envenenado, começa a ter desejos proibidos e pensa que vai por conta própria procurar o mal. Novamente, eu não ligo. Há muitas pessoas más nesse mundo, por que só culpam o Diabo? Cada indivíduo tem um pouco dele dentro de si. O ódio e rancor que as pessoas têm na verdade é o que criou ele. Ele é fruto do ódio, e quando você odeia você deseja o mal, e é isso que ele deseja. E diversão.

Diversão é muito importante. Cumpro meu trabalho levando as almas que Deus me pede para Ele e me divirto levando as que acho que merecem para o Demônio. Ok, eu não tenho o direito de julgar quem merece ou não, mas tenho o poder sobre isso e tiro proveito.

Joshua era para o Senhor, então o levei para o Senhor. E essa foi minha última alma do dia, mas anjos não dormem. Agora começa minha diversão,  eu tenho esse direito! Todos na Terra se divertem e quando morrem tem que trabalhar sempre? Sem nenhuma diversão? Não! Eu não aceito isso.

Como escolhida para ser um anjo eu tenho toda a liberdade a noite. O que acontece é que Deus tem uma grande e exagerada confiança em nós, então se dissermos que vamos descansar a noite toda ele não passa para conferir, até porque as almas puras de verdade nao mentem aqui. E eu não sou pura de verdade.

Hoje, não sempre, vou à Terra me divertir com alguns corpos calorentos. Dizem que Diabo é o ser mais lindo que possam imaginar, certo? Isso funciona para nós também. Não posso trocar sempre de corpo, isso só acontece raramente quando o corpo em questão ja está desgastado. Mas quando troco tenho a liberdade para escolher.

E, ah! É sim permitido a descida à Terra como humano, às vezes para ajudar alguém ou sei lá, não obedeço muito a essa regra. Então Deus nos dá corpos para isso, e uso o meu para a diversão. Assim como minha pele, meu cabelo é escuro, é longo e com cachos suaves. Coxas grossas e barriga definida.

Desço no Brasil, país um tanto quanto nojento, mas com os melhores pilantras. Vou a uma boate numa área rica de uma cidade que não vem ao caso. A fila está enorme, então vou para o começo dela.

-Woooh, pode ir lá para trás! Estamos esperando horas aqui!

-Com licença, -digo virando para trás encontrando com o dono da voz; um homem alto e musculoso com cabelos louros. -acho que você não está me reconhecendo.

Ando até o homem, um pé na frente do outro, olho no olho. Apoio minha mão em seu peito e desço arranhando por cima da blusa, um ato suave. Sorrio meio de lado quando percebo sua expressão seduzida.

Volto para frente da fila.

-Sua indentidade- Pede o armário vestido de terno.

Mostro o pequeno papel plastificado e pisco com um olho entrando no lugar movimentado.

Há luzes coloridas rodeando a boate, mas o ambiente continua escuro. Não ouço mais meus saltos no encontro ao chão, o som está realmente alto. É tão silencioso fora da Terra, nunca me acostumo.

Logo na entrada um casal se beija, ou melhor, se comem de roupa. Sorrio maldosamente. Passo por eles e aperto a bunda da mulher. Não vejo a hora de escolher uma vítima. Homem ou mulher, anjo não tem sexualidade.

Vou ao bar do local e peço uma bebida. Vodca talvez, pode ser outra coisa também , só sei que é forte e queima minha garganta me trazendo prazer. Após beber o copo vou para a pista cheia de gente suada e bêbada. Corro os olhos por entre ela a procura de uma vítima. Sinto olhares em mim, claro, quem não iria olhar para mim? Não estão tão bêbados assim.

-Ei gatinha -sussurram, meio gritando, em meu ouvido.

Vejo um homem de regata suada me olhando de cima a baixo. Ele lambe os lábios e segura minha nuca. Nao é a vítima perfeita, mas um bom começo para a noite. Deixo ele me beijar, mas quem comanda o beijo na verdade sou eu. O prendo na parede entre amassos. Ele aperta minha bunda com as mãos, que pegada fraca. Agarro sua camisa e o jogo na outra parede ainda o beijando, é o corredor do banheiro, um lugar nojento. Preciso dizer que não éramos os unicos ali? Abro suas calças e as abaixo. Ele entende o recado e abaixa sua cueca enquanto por minha vez subo meu vestido colado. Ele beija meu pescoço apertando meus peitos com uma das mãos, a outra está trabalhando no meio de minhas pernas. Abaixo minha calcinha e puxo sua cintura mais para perto. Sorrio ao sentir-o duro. Ele encaixa seu membro em mim e eu solto um pequeno gemido. Rebolo forte nele pedindo por mais. As mãos que estavam antes em minha cintura descem para minhas coxas. Ele as levanta e eu as prendo em volta dele. Meu quadril vai para frente e para trás num movimento frenético. Meus gemidos mesmo altos não são ouvidos por causa do som ao fundo. Suas unhas encravam minha pele da bunda e descem ate a coxa. Imagino suas costas agora, devem estar sangrando, eu realmente usei muita força ali,
agora eu percebo. Chegamos ao orgasmo juntos, ele goza na minha perna. Que nojo.

Dali eu vou ao banheiro me limpar e me pentear um pouco.

-Me desculpa! -diz uma menina. Ela bateu a porta de uma das cabines em mim, eu nem tinha percebido.

-Desculpa -sorrio.

Seus cabelos eram pintados de loiro quase até o topo, ela usava um short alto vermelho e um cropped listrado. Que corpo é esse Jeová?! Peitos grandes no decote em U, coxas grossas e brancas pedindo por chupões, barriga sarada e lindos e grandes dedos.

Acho que a olhei de mais, porque ela diz:

-Meu nome é Dinah, tudo bem?

Ninguém faz amizades em boates, ela não sabe disso?
Porém... uma ótima vítima.

°°° °°°

então, eu sei q essa fic n vai ter tanto reconhecimento por ser norminah, mas eu amo mt ela então se puderem indicar prozamigo eu vou ficar muito feliz, q bem pinto no lixo rsrs espero q gostem

The Angel of DeathOnde histórias criam vida. Descubra agora