Prólogo

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Um ano atrás...

O sinal soou indicando o final de mais um dia cansativo. Maria se pôs a caminhar para fora da sala, se empenhando em segurar os livros em seus braços. Deu dois passos pra trás e correu até seu carro. Dirigiu por três quilômetros, mas a neve era muita. O pobre motor do Jeep não deu conta e ela precisou encostar o carro na neve. Socou o volante com toda raiva que possuía e saiu do automóvel. Declarou por fim, que não tinha sorte. Era incrível como as coisas nunca saíam do modo como ela esperava. Não demorou três minutos para Maria ver, pelo canto dos olhos, um carro parando atrás do seu. Não teve nem tempo de pensar. Alguma coisa atingiu a lateral de sua cabeça. Teria sido um soco?! Ela não saberia dizer, mas teve a leve impressão de que o que a atingira era mais forte que uma mão. Estava prestes a gritar com quem quer que fosse, mas sua voz não saiu. Os olhos derrubavam as lágrimas, mas ela nem se lembrava de ter começado a chorar. A boca prendia um grito que ela não tinha mais como soltar. Caiu como se não tivesse mais força nas pernas. O que era aquilo? Por que alguém a faria mal? Ela não sabia e agora já não tinha mais como descobrir. Estava jogada no chão, no meio de uma estrada. Ela só podia esperar que alguém notasse o sangue escorrendo de sua cabeça... 


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