O tempo passava e conforme os riscos na parede, havia passado mais ou menos 4 anos desde que eu fui colocado naquele lugar . As vozes aumentaram , e além delas vinham imagens. As investigações da morte de Renato , foram suspensas por falta de provas e Matthew não voltou mais a me "ameaçar" . Sentia falta de Eloísie, principalmente depois do que tinha visto. Sentia raiva do pai dela por ela.
Forçavam-me a tomar remédios que acalmavam meus nervos e faziam com que eu ficasse em "modo lento" , não podia ser uma ameaça. Precisava sair dali, terminar o que eu havia começado, e tinha um plano.
Como sempre a doutora entrou no quarto e sentou-se a minha frente para mais perguntas semanais, para verificar se eu estava "curado".
___ Olá , Gabriel. Como andam as vozes ? – perguntou ela sem olhar para mim anotando tudo no caderno.
___ Sumiram. Não ouço mais nada , doutora.
___ Ótimo , e as tais imagens que dizia ver ?
___ Elas não existem, eu as inventei ... – falei abaixando a cabeça como se estivesse reconhecendo que estava "louco" aquele tempo todo.
___ Pois bem , Gabriel , pelo o que parece você esta melhor ... Vamos aguardar apenas mais uma semana se seu transtorno não retornar , ganhará alta. – ela sorriu e se retirou. Era tudo o que eu precisava ouvir, eu apenas fingi estar "melhor" e precisava fingir não ouvir nada por mais uma semana e sairia dali, estaria livre.
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Diário de um psicolouco
HorrorOuço vozes.. Vozes que sussurram no meu ouvido dizendo que não sou capaz, que eu sou o fraco. O que seria fraqueza para eles? Não sei, posso tentar descobrir ao longo do tempo. Talvez posso tentar descobrir depois que sair deste lugar. Onde as agulh...