Capítulo 11

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O tempo passava e conforme os riscos na parede, havia passado mais ou menos 4 anos desde que eu fui colocado naquele lugar . As vozes aumentaram , e além delas vinham imagens. As investigações da morte de Renato , foram suspensas por falta de provas e Matthew não voltou mais a me "ameaçar" . Sentia falta de Eloísie, principalmente depois do que tinha visto. Sentia raiva do pai dela por ela.

Forçavam-me a tomar remédios que acalmavam meus nervos e faziam com que eu ficasse em "modo lento" , não podia ser uma ameaça. Precisava sair dali, terminar o que eu havia começado, e tinha um plano.

Como sempre a doutora entrou no quarto e sentou-se a minha frente para mais perguntas semanais, para verificar se eu estava "curado".

___ Olá , Gabriel. Como andam as vozes ? – perguntou ela sem olhar para mim anotando tudo no caderno.

___ Sumiram. Não ouço mais nada , doutora.

___ Ótimo , e as tais imagens que dizia ver ?

___ Elas não existem, eu as inventei ... – falei abaixando a cabeça como se estivesse reconhecendo que estava "louco" aquele tempo todo.

___ Pois bem , Gabriel , pelo o que parece você esta melhor ... Vamos aguardar apenas mais uma semana se seu transtorno não retornar , ganhará alta. – ela sorriu e se retirou. Era tudo o que eu precisava ouvir, eu apenas fingi estar "melhor" e precisava fingir não ouvir nada por mais uma semana e sairia dali, estaria livre.



Diário de um psicoloucoOnde histórias criam vida. Descubra agora