Capítulo 7

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POV HARRY

Ao chegar na escola encontro meu melhor amigo, Louis. Preciso de contar as novidades, pois, finalmente encontrei a garota certa pra realizar meu sonho. Angel é perfeita e tudo o que queria, o que eu sonhava, não preciso de mais nada. Encontro-o sentado no bar da escola, caminho que rapidamente faço, sentando ao seu lado.

- Cara, encontrei a garota perfeita! - digo-lhe com animação e este me olha com reprovação.

-Ainda não tirou esse absurdo da cabeça? - ele me pergunta e franzo o cenho.

- Ela já está acostumada - me justifico.

- Explica isso melhor - pede Louis. Ao pensar na jovem garota meu coração bate mais forte.

- O pai e o irmão abusavam dela sexualmente - digo com um pouco de raiva e ciúmes. A partir de hoje apenas eu posso encostar naquele corpo.

- Puta merda, e como ela está? - ele me pergunta parecendo chocado.

- Ela está bem, mas é bem fraca e magra. E bonita, além de extremamente submissa. Isso é perfeito, ela não pode me denunciar e já está acostumada a sofrer - respondo entusiasmado, ao que Louis apenas me encara como se eu fosse louco.

- Para pra pensar no que você esta falando! A menina já sofreu pra caralho e você ainda quer piorar as coisas? Ache alguém que esteja disposta a essas coisas que você gosta! Não precisa obrigar ninguém!

- Você não entende? - pergunto chocado - Não quero uma submissa pronta, quero uma que eu treine e faça sob medida.

- Você é louco - Louis diz e se levanta da mesa, pegando sua mochila e vai embora.

Fico encarando suas costas até ele desaparecer da minha visão. Eu não sou louco, nem maluco, não vou fazer mal a Angel, pelo contrário, vou protege-la e faze-la me amar como se eu fosse sua vida, como se ela não pudesse viver sem mim, como se eu fosse a pessoa q fizesse seu coração bater, como se nada no mundo se igualasse a nós dois juntos, quero que ela dependa de mim.

Quero controlar cada passo dela, cada respiração, sugar cada gota de sentimento daquele corpo, ver até onde ela suporta, até onde ela aguenta, quero todos os seus limites pra mim. Quero fazê-la fraca longe de mim e forte ao meu lado.

Porque amor é isso. Amor é ser feliz e miserável ao mesmo tempo, é ser perfeito e cheio de defeitos, é ser forte e fraco, é acertar e errar tudo ao mesmo tempo. Amar é dar tudo de si e ainda ser capaz de ir além, é jogar tudo pro alto e logo em seguida juntar os cacos e colar, se for preciso... reconstruir, é ir até o paraíso e em segundos cair no inferno, não ter controle sobre si mesmo, engolir sapos e até lagoas, mas, no fim, tudo valer a pena. Não estou pedindo algo de outro mundo.

Levanto-me da mesa já sentido falta de Angel, porém, ainda tenho aulas. Entro atrasado na primeira aula e assim acontece o dia todo, me atrasando e não prestando atenção em nada além de meus pensamentos.

O que Angel está fazendo? Com quem está falando? Foi na delegacia? Minha mãe a está cuidando corretamente? Essa garota grudou na minha mente como cola e não sai mais, parece que tomou conta de cada parte do meu corpo mesmo sem querer, mesmo sem forçar. Já nem percebo mais a atenção feminina que recebo, pois, ela está em cada respiração que solto e isso não é bom, afinal, como vou testar seus limites se eu tiver um coração mole? Se eu tiver dó dela?

As aulas se arrastam lentamente pelo dia me fazendo quase enlouquecer com a imensa vontade de voltar pra casa e deitar com a minha garota na minha cama e me aproveitar daquele corpo magro e todo bom que ela tem, tudo em cima e no lugar certo.

Finalmente, as aulas se acabam e eu mais que depressa saio da sala em disparada, sem nem passar pelo meu armário, apenas corro em direção a saída.

-HARRY! - ouço gritarem meu nome e vejo Taylor, minha ex namorada vir em minha direção. Ela é quase do meu tamanho, enquanto angel fica abaixo do meu ombro.

- Sim? - falo não querendo que ela enrole, pois, preciso ir pra casa encontrar minha princesa.

- O que vai fazer amanhã a noite? - ela pergunta pela milésima vez desde que terminamos.

- Vou ficar com minha namorada - respondo um pouco ríspido. Sei que Taylor é uma boa menina e não merece que eu lhe trate mal, mas ela poderia desencanar não é?

- Ah... Me desculpe, não sabia que estava namorando. Bem, bom encontro, tchau! - ela diz um pouco sem graça e me sinto imediatamente culpado, não queria fazer ela ficar mal por minha culpa, mas, só tenho energia e ideias para gastar com a garota que roubou minha mente pra ela.

Minha casa nunca pareceu tão distante e o caminho tão longo, parece que são milhares de quilômetros e horas e horas pra chegar. Parece que quando queremos muito algo, cada minuto se multiplica por mil e o tempo não passa nunca, ai, quando conseguimos, parece que não dura nem 10 minutos. Espero que ela não tenha nenhum parente próximo e nem que seu pai seja solto tão cedo, pois, se tiver, não vou deixar que ela saia da minha casa de jeito nenhum.

Chego finalmente em casa e vou para a cozinha, tomo um copo d'água e depois subo para meu quarto. Nenhum sinal de Angel é encontrado. Ando pela casa toda e nada dessa menina estar aqui. Onde se meteu? Vou ao fundo do quintal e encontro minha mãe cuidando de suas plantas.

- Mãe, cadê Angel? - pergunto desconfiado de sua ausência.

- Angel foi pra tia dela, foi agora a tarde, mas a tia dela deixou o endereço pra quando você quiser visita-la.

- PORRA PORQUE VOCÊ DEIXOU A MINHA ANGEL IR EMBORA? PORRA PORRA PORRA!

Grito irritado pra minha mãe, que me olha de boca aberta. O que está acontecendo comigo afinal? Nunca antes lhe tinha levantado a voz. Eu sou um idiota.

- Me desculpa mãe, apenas mexeu comigo salva-la e meu instinto protetor falou mais alto - peço desculpas e minha mãe vem em minha direção, abraçando-me.

Vou trazer Angel de volta, nem que seja amarrada.

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