Um Amor Doce

Cap. 1

Respiro fundo antes de entrar no avião. Não é todo dia que tomamos uma decisão que poderá afetar nossa vida em todos os sentidos...

Larguei meus pais de coração partido, porém a vida que eles queriam que eu tivesse não seria a minha vida, seria a deles; eles queriam que eu simplesmente não fosse eu mesma, nunca quiseram...
Uma menina, na cabeça deles, deveria ser delicada e obediente, porém eu nunca fui nada do que eles queriam e acho que eles tem uma grande mágoa em relação a isso tudo.

O que mais eu deveria fazer? Viver como uma robô? Uma pessoa sem alma? Jamais! Isso iria totalmente contra meus conceitos! Eu só quero viver minha vida em paz, do meu jeito.

Acho que algo maior também quer, pois quando sugeri voltar para a cidade aonde nasci, meus pais me negaram toda e qualquer assistência caso eu fosse embora, porém, minha tia, que aliás quase nunca aparece, me ofereceu um apartamento que tinha na cidade. Ela me disse que não era lá grandes coisas, mas que era melhor do que viver aprisionada como eu estava. Ela me entende tão bem... Aceitei o apartamento com os olhos em lágrimas e ela ainda me ofereceu total apoio com as contas, mas com a condição de eu arranjar um emprego. Claro que aceitei! Também não seria certo aceitar tudo de bandeja, seria hipocrisia da minha parte já que eu queria ser "livre" e independente.

...

Dentro do avião eu durmo até o destino final, minha futura vida.

Já no aeroporto, após pegar minhas malas, vou a encontro de uma amiga da minha tia, que estaria me esperando para me levar até o apartamento a pedido da minha tia.

Encontro com ela em frente a uma lanchonete que havíamos combinado.
Ela me cumprimenta com um abraço caloroso e um beijo estalado na bochecha.

Lolla: Oi, Mel! A quanto tempo! Como você cresceu, lembro como se fosse ontem de você correndo de um lado para o outro, pulando pelos sofás gritando "o chão é de lava!" lá em casa... –ela diz balançando os braços pra cima e com um sorriso brincalhão no rosto.

Eu: Eu fazia isso? Não sabia que q senhora já me conhecia... –digo envergonhada.

Lolla: Senhora?? Pelo amor, menina, tá me chamando de velha?

Eu: N-não, senhora...

Lolla: De novo! Senhora está no céu, me chame só de Lolla. No máximo tia Lolla, ok?

Eu: Ok! –digo com um sorrisinho.

Lolla: Vamos que eu vou te mostrar a sua escola e depois o apartamento.

Eu: Escola? Não sabia que já estava matriculada em uma escola...

Lolla: Sua tia conseguiu te matricular em uma escola perto do apartamento. É a melhor daqui, quase todos os jovens estudam lá. Inclusive aquele seu amiguinho Gabriel... Daniel? Miguel... É alguma coisa com el... O nome me fugiu mesmo, faz tanto tempo que vocês foram lá em casa... –ela diz com um tom frustado.

Não acredito de cara e fico esperançosa, será o Castiel? Éramos muito chegados quando crianças. Éramos quase inseparáveis... Mas meus pais nos separaram ao mudar de cidade...

Conheci o Castiel em um parquinho; estávamos praticamente sozinhos lá, as meninas não queriam brincar comigo porque achavam que eu brincava igual a um menino então eu estava sozinha, e ele... As crianças meio que só não gostavam muito dele... Eu o chamei pra brincar e ele aceitou com um sorriso enorme, ainda lembro daquele sorriso brilhante.

Quando meus pais me avisaram que iríamos nos mudar, prometi ao Castiel que voltaria e o encontraria. Acho que chegou a hora de cumprir essa promessa...

Eu: Seria Castiel? –digo esperançosa.

Lolla: Sim! Aí que nome tão incomum, como esqueci?

Eu: Sério que ele estuda lá? Você tem contato com ele?

Lolla: Ah, nem tanto... Só o vejo às vezes em frente a escola. Eu moro em frente sabe.

Eu: Entendi...

Lolla: Então... Vamos?

Eu: Vamos!

Então fomos para escola...

(A edição pode demorar, mas um dia acaba se deols quiser!)
Obg pela paciência