Capítulo 3- Carona

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(JÚLIA)

-Vai JUUUU!!- Rachel gritava enquanto eu a balançava no balanço.Eu gargalhava sem parar, realmente eu estava me apegando a essa menina.

Ficamos brincado a tarde inteira no parquinho, quando deu 18:00 horas, fomos caminhando para a casa.

- Foi muito legal no parquinho- ela disse segurando minha mão- queria que você fosse minha Mãe!- ela disse tristinha

-Mas eu tenho certeza que sua mãe deve ser muito legal-falei pegando ela no colo

-Mas não é, ela foi embora e me deixou sozinha com o Papai- ela disse e senti um nó na minha garganta

-Sinto muito meu amor- falei sentindo um aperto no coração.

[...]

Rachel estava tomando banho com a porta aberta enquanto eu preparava sua roupa.

- Terminei Ju- ela disse e fui com uma toalha a secar. Depois de vesti-la ela começou a fazer a lição de casa e desci para a cozinha tomar um copo de água.

-Rachel já esta fazendo o dever?- Valentina perguntou

-Sim- disse para ela- Valentina o que aconteceu com a mãe da Rachel?

-É uma longa história- ela suspirou- Sou empregada dessa casa desde que Arthur era solteiro. Ele casou com Nina, uma moça linda. Depois que a Rachel nasceu ela começou a ficar estranha, todos achavam que ela estava com depressão pós-parto. Dois anos se passaram e ela fugiu com o melhor amigo e padrinho de casamento do Arthur.

-Meu Deus! - falei

-Ele ficou muito mal, só bebia, mas aos poucos ele começou a superar. Porém, nunca mais se envolveu em um romance sério. Quase todos os dias ele trás uma mulher diferente para dormir com ele, nada muito sério- ela disse

Depois de conversar com ela eu tomei um copo de agua e subi. Fiquei pensando no que aconteceu mais cedo, nunca deveria ter feito aquela pergunta.

Ele foi grosso com motivo! Óbvio que ele poderia ter falado com mais cautela, mas eu jamais deveria ter perguntado da esposa dele.

[...]

Já se passava das 22:00 quando Rachel dormiu.

Desci as escadas e vi Arthur sentado no sofá, apenas com uma calça de moleton, e com o cabelo molhado. Nas mãos segurava um copo de Úisque. A essa hora todos os empregados já tinham indo embora. Ele me olhou e fiquei sem graça.

-Rachel já dormiu, posso ir embora?- perguntei e ele se levantou

-Claro- ele disse frio, assenti com a cabeça e andei em direção a porta - você vai a pé?- ele perguntou me fazendo parar e virar e o encarar

-Sim- respondi sem olhar para seus olhos

-Quer uma carona?- ele perguntou

-não há necessidade, Obrigada , eu vou sozinha mesmo!

-eu faço questão, vamos?- ele disse pegando a chave do carro e saindo pela porta.

- É sério Sr. Thompson, não quero incomodar- falei o seguindo

-se fosse incomodo eu não te levaria- disse ríspido e senti vontade de esbofetear seu rosto.

Quem ele pensa que era para tratar alguém assim? Ta certo que sua dor era grande, mas isso não dava o direito dele me tratar como lixo!

-vai ficar parada aí me olhando, ou vai entrar no carro?- perguntou

-grosso- deixei a palavra sair inconsientemente quando entrei no carro e ele ouviu.

o caminho todo se passou em silencio, até chegar em minha casa. Eu estava segurando as lágrimas e ele tinha percebido.

-Júlia...- ele me chamou quando paramos

-Sim? -queria te pedir desculpa, por como te tratei mais cedo- ele falou olhando em meus olhos

-Não precisa se desculpar, eu que fui intrometida e afinal de contas eu sou apenas uma empregada- falei

-Você não teve culpa, é que quando eu lembro da Nina eu perco a cabeça- ele disse passando a mão em seus cabelos.

-Não precisa me dar satisfação- sorri amarelo- obrigada pela carona. Ele se aproximou e deu um beijo em minha bochecha, quase do lado da minha boca.
Olhei em seus olhos e senti o meu sexo escorrer.

-boa noite- disse

-boa noite- falei mas minha voz saiu quase como um sussurro

Sai do carro e entrei em casa sorrindo igual boba. Fechei meus olhos e senti seu cheiro gostoso, que vontade de te-lo. Dormir com ele e...

PORRA! O cara me trata super mal, me humilha e eu aqui sonhando com ele.

Como eu sou burra!!!
Julia, você é apenas uma empregada e aliás bem mais nova que ele. Ele já esta com 30 anos e você com apenas 19!

De repente...AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora