Capítulo 11 - Abuso

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Uma semana depois...

Fechei o zíper do meu vestido e sorri de leve, eu estava linda.
Eu vestia um vestido azul caneta apertado no busto e soltinho no resto, estava com um sapato de salto, uma maquigem leve e um batom vermelho gritante.

Ouvi a buzina do carro de Steven, peguei minha bolsa e desci as escadas de casa.

-Vai sair Ju?- ouvi minha mãe me perguntar quando cheguei na sala

-Vou na balada com o Steven, e não tenho hora para voltar- falei

-Você e esse Steven de novo? - perguntou fazendo careta, mimha mãe não tinha ido com a cara do meu amigo!

-Sim, ele é um cara especial mamãe! Eu estou pensando em até....-fiz uma pausa e suspirei- dar uma chance à ele.

-Mas você não o ama, dá para ver isso no seus olhos. -retrucou

-Mas posso ama-lo! - falei e acenei para ela saindo do casa e indo rumo ao carro de Steven.

(...)

Estava a meia hora sentada ao lado de Ste no bar da balada e estava começando a ficar preocupada pelo tanto de bebidas alcoólicas que ele tomava.

-Você não acha que esta bebendo demais Steven?- perguntei sentada ao seu lado, já era o sexto copo de vodka que ele tomava

-Relaxa, morena- falou bebado- preciso te mostrar um lugar!

-Que lugar?- perguntei

-Vem, eu te mostro- ele disse

Steven me levou para um lugar no fundo da balada e subimos uma escada parando em um lugar pouco iluminado e deserto.

-Que lugar é esse Ste?- perguntei

-Nosso ninho de amor- ele falou me pressionando contra a parede e beijando meu pescoço.

-para, me solta!-falei tentando o empurrar, mas ele era muito forte!

-Se o Thompson conseguiu te comer, porque eu não consigo? - perguntou rasgando meu vestido, do decote a ponta.

- SOCORRO- gritei começando a chorar- por favor para!

-Você quer eu sei- disse colocando sua mão em minha vagina.

(ARTHUR)

Cheguei na balada querendo curtir, fui me aproximando do bar quando vejo Júlia e aquele seu namoradinho idiota. Ele saiu a levando para o fundo da balada e resolvi segui-los.

Eles subiram uma escada e me aproximei, ouvindo gritos de Júlia.

Fiquei desesperado ao ver ele tentando abusar dela.

-SOLTA ELA AGORA!- gritei puxando seu corpo e dando um soco em sua cara. O deixando desacordado.

-Você esta bem?- perguntei para Júlia mas ela só chorava abraçando seu proprio corpo.

Ela estava com o vestido rasgado e com a calcinha abaixada até o joelho.

-Esse canalha rasgou seu vestido- falei e coloquei minha jaqueta de couro em volta de seus braços.

Ao sentir meu toque ela se afastou.

-Calma, não vou te fazer mal, vem comigo. - Disse e ergui sua calcinha.

A tirei daquele lugar colocando ela em meu carro e dirigindo até minha casa.

-Vem Júlia- falei tirando-a do carro e guiando a mesma até meu quarto.

-Ele te machucou?- perguntei preocupado

-Não- falou chorando, a essa hora sua maquiagem estava escorrendo pelo seu rosto

-Vou te ajudar a tomar um banho, ok?- perguntei e ela assentiu com a cabeça.

Tirei seu vestido com cuidado, a deixando apenas de calçinha e sutiã. Ela entrou em baixo do chuveiro e a ajudei ensaboar seu corpo, sem malícia alguma.

-Você consegue terminar sozinha?- perguntei e ela assentiu abraçando seu próprio corpo- Vou deixar um roupa minha em cima da cama e vou trazer algo para você comer- disse acariciando seu rosto.

Desci para cozinha e preparei alguns biscoitos e um copo de suco.

Não estava me reconhecendo, porque ela mexe tanto comigo?

Subi e quando entrei no quarto ela ainda não havia saído do banheiro.

-Júlia? - a chamei e não ouvi resposta

Bati na porta do banheiro e ouvi um soluço.

-Júlia, está tudo bem?- perguntei e ela não respondeu- eu vou entrar no banheiro pequena!

Entrei no banheiro e vi ela sentada no chão, nua, enquanto a água caia sobre sua cabeça.

Corri e a abraçei, eu não estava me importando nem um pouco com minha roupa!

-Está tudo bem pequena? - perguntei e ela se soltou de meus braços

-NÃO- gritou chorando- eu estou suja Arthur! Eu ainda sinto o toque daquele imbecil no meu corpo- disse chorando mais

-Eu juro que se o ver, eu o mato- falei sentindo o ódio se apossar de mim.

-Não mata não, porque o fato dele ter tentado me violentar, está diretamente ligado a você!

-porque? - perguntei confuso e ela chorou mais

-porque eu não passei de um objeto para você, e ele queria que eu fosse o objeto dele também- desabafou

Eu não consegui falar nada, apenas deixei um suspiro de culpa sair de meus lábios. Eu sou um lixo!

-Vem comigo- falei a erguendo e passando uma toalha pelo seus ombros.

A levei até meu quarto, a sequei olhando em seus olhos e ela se vestiu com uma camisa e uma boxer minha.

-Trouxe comida para ti- falei

-Não estou com fome- ela falou triste

-Mas precisa comer linda- falei e estranhei como a chamei

-Estou com nojo de mim.- confessou chorando mais

-Calma- falei acariciando seu rosto-come um pouco pequena, assim você vai melhorar um pouco!

Ela me olhou triste e assentiu.

[...]

Depois de comer ficamos nos encarando enquanto eu acariciava seu rosto.

-Obrigada- ela sussurrou deixando algumas lágrimas correrem.

Não respondi, apenas a abraçei forte.

-Pensei que iria ser violentada!

-Calma pequena, eu estou aqui- disse beijando seus cabelos.-Dorme aqui hoje, eu durmo no sofá!

-Eu preciso ir- ela falou

-Amanhã você liga para seus pais e fala que dormiu na casa de uma amiga- falei e ela assentiu a deitei na cama, a cobri e dei um beijo em sua testa.

-Fica aqui comigo por favor- ela pediu e me deitei ao seu lado na cama, depois de uns 10 minutos ela dormiu.

-Porque você me faz sentir isso pequena? Porque me fez voltar a sentir o amor Júlia?- sussurrei olhando ela dormir.

De repente...AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora