( ARTHUR )
As horas iam se arrastando e Nina não fazia nenhum contato.
Júlia parecia inquieta e cansada ao mesmo tempo.
-Julinha, tome um banho e durma um pouco, você está cansada- disse Joseph
- Como eu vou conseguir dormir sem meu bebê? - perguntou triste
- Você precisa descansar Ju, se não, você não terá mais forças para lutar. Se Nina entrar em contato eu juro que te aviso- falei
-Fica comigo então- pediu fraca- Fico- assenti segurando sua mão e a levando para o quarto.
Quando entramos no cômodo, senti uma onda de tristeza me invadir ainda mais ao olhar para o berço do meu filho.
Júlia foi até seu guarda roupas e pegou uma muda de roupas.
- Vou tomar um banho- disse triste e assenti. Júlia entrou no banheiro e fiquei ali, envolto em um monte de lembranças de Ryan.
Me aproximei do berço e ainda pude sentir seu cheirinho. Não estava suportando tamanha dor.
Sentei na cama e suspirei pesadamente, deveria ter levado Júlia para minha casa, não deveria ter a deixado com meu filho aqui.
Deixei algumas lágrimas correrem pelo meu rosto, finalmente aliviando um pouco a dor que sentia. Nina não tinha o direito de destruir nossa vida dessa maneira, ela já havia nos destruído uma vez.
Ouvi a porta sendo destrancada e vi Júlia sair do banheiro com um pijama de flanela. Limpei minhas lágrimas correndo, mas ela conseguiu ver.
- Não precisa se fingir de forte, sei que está sofrendo- disse ela sentada ao meu lado
- Desculpe- pedi e ela segurou meu rosto
- Não precisa pedir desculpas- sussurrou e deixei mais lágrimas molharem meu rosto
Senti ela beijar minha testa e fechei os olhos, senti seus lábios no meu e nos beijamos.
Nosso beijo tinha muito carinho, parecíamos juntar nossas forças, como se aquilo fosse nos dar uma esperança, um motivo para lutar.
Quando nossos lábios se separaram nos abraçamos.
- Vamos deitar- me chamou se afastando e se deitando na cama.
Tirei meu paletó, afroxei a gravata e tirei meus sapatos. Me deitei ao seu lado e Júlia colocou sua cabeça em meu peito. Fiz carinho em seu braço e ela suspirou cansada.
-Será que iremos sair dessa?- perguntou baixo
- Vamos sim, precisamos acreditar nisso- falei e senti suas lágrimas molharem minha camisa.
Depois de alguns minutos senti sua respiração pesar e percebi que ela havia dormido.
Levantei com cuidado, colocando um travesseiro embaixo de sua cabeça e a cobrindo.
- Eu te amo- sussurrei dando um beijo em seu rosto.
Coloquei meus sapatos e desci para a sala novamente.
-Ela dormiu? - perguntou Joseph
- Sim- falei - ela está arrasada!
- O pior é que Nina não entra em contato- Dona Margarida disse agoniada
Assenti e o meu celular tocou. Olhei assustado para os policiais e eles me tranquilizam:
- Atenda e não fale nada sobre polícia.
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De repente...Amor
RomanceArthur é um empresário bem sucedido que foi abandonado há dois anos por sua esposa. Ele tem um filha -Rachel- de 4 anos, amargurado e machucado não acredita mais no amor e gosta apenas de curtir com as mulheres. Mas isso tudo mudou quando conheceu a...