Capítulo 41 - Intuição

6.6K 558 12
                                    

( ARTHUR )

- Ela desmaiou-falei pegando seu corpo desfalecido e colocando no sofá

- Filha acorda- Margarida disse dando tapinhas no rosto de Júlia

-Peguem um pouco de álcool e um pedaço de algodão- Klaus disse e se sentou ao lado de Júlia. Margarida correu na cozinha e trouxe as coisas

O policial pegou o algodão e encharcou de álcool, colocando no nariz de Júlia. Ela aspirou profundamente e abriu os olhos.

- Cadê Arthur? Arthur? - me chamou desesperada para Klaus e me aproximei dela

- Eu estou aqui- falei e ela me abraçou aliviada

-Consegui rastrear o número- disse o outro policial e comemoramos

-Aonde ele está? - perguntou Klaus

-Em um bosque aqui perto- disse e pela primeira vez no dia, sorri.

-Então Nina está lá? - perguntou Júlia esperançosa

-Provavelmente- disse Klaus e ela pareceu radiante

-Vamos encontrar nosso filho- disse para mim sorrindo

- Graças a Deus- falei e ela me puxou para um beijo.

Júlia segurou meus cabelos e sorri em seus lábios, nos beijamos carinhosamente. Ouvi um coçar de garganta e separamos nossos lábios.

-Isso é algum tipo de comemoração dos jovens? - perguntou Margarida enquanto Joseph me olhava desconfiado

-Desculpem...Me empolguei- Júlia disse e me senti um pouco ridículo. Eu aqui, acreditando que ela tinha me beijado porque me amava e ela diz que fez isso por impulso.

Me afastei dela e Júlia me olhou.

(...)

(JÚLIA)

- É ali- disse o policial - Fiquem no carro que vamos lá.

Concordamos com a cabeça e eles sairam do carro. Chegamos no local onde Nina supostamente estava, depois de muito Arthur e eu pedirmos para ir junto.

Olhei para ele e vi que estava com o maxilar apertado.

- Será que ela está lá? - perguntei e ele não me olhou

- Espero que sim- disse suspirando

- O que você tem?- perguntei e ele me olhou

- Não é nada, foi só um engano meu-disse e acariciei seu rosto

- Vai dar tudo certo- sussurrei e ele assentiu me beijando na testa.
Em segundos vimos os policiais saindo da casa de mãos vazias e saímos desesperadamente do carro.

-O que aconteceu? - perguntou Arthur a eles.

-Não tem ninguém, encontramos apenas isso- ele colocou a mão no bolso e tirou uma chupeta de lá. Era chupeta de Ryan, eu reconheceria aquela chupeta de longe.

Peguei da mão do policial enquanto lágrimas salgadas escorriam do meu rosto.

-É do bebê? - perguntou Klaus

-Eu comprei para ele quando ainda estava grávida- falei baixo e senti meus joelhos se chocarem no chão com força.

Começei a chorar compulsivamente abraçando aquele objeto.

Senti dois braços em volta do meu corpo e chorei ainda mais.

-MEU FILHOO- gritei desesperada
-Vamos encontrar ele, calma- Arthur disse em meu ouvido, ele também chorava.

De repente...AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora