(ARTHUR)
Porque ela tinha que ir embora? Porque tudo tem que ser tão difícil entre nós dois?
- Tem como me ajudar com as malas Arthur? -perguntou Júlia. Hoje ela iria embora para a casa dos seus pais, o quarto mês de gestação havia chegado.
- Não vai embora, por favor- falei me levantando e a olhando nos olhos
- Arthur...
- Eu te amo, me dê mais uma chance, eu preciso de você e você precisa de mim- pedi
- Eu não posso, você me traiu- disse e me irritei
- Eu já te disse que não a trai, eu não fiz nada com aquela mulher. Júlia, por favor entende- falei acariciando seu rosto
- Eu não consigo te perdoar por isso.
-Você nem tentou- falei fraco
- Para, por favor- pediu quase chorando
-Eu paro se você olhar em meus olhos e dizer que não me ama- vi seu rosto se contrair e ela começou a chorar de verdade
- Não me peça isso- disse - Eu estou sofrendo tanto quanto você.
- Então me dê uma chance, pelo menos fique morando comigo até nosso filho nascer, se eu não conseguir te conquistar até lá eu desisto de você- propus e ela se sentou no sofá chorando
- Eu vou para a casa dos meus pais, Arthur- disse baixo- sou muito grata por tudo que fez por mim nesses quatro meses que fiquei aqui, mas nunca ficaremos juntos novamente- disse e senti lágrimas descerem pelo meu rosto
- Ju, temos um filho agora, vamos ficar juntos- falei me abaixando e segurando suas mãos
Ela ficou parada por um instante e toquei seu rosto.
- Eu consigo perdoar tudo Arthur, menos uma traição. Eu sei que você não a tocou, mas só o fato de você me deixar em casa e ir para um hotel com outra me machuca. Eu estava muito arrasada naquela noite, eu precisava de você e pelo jeito você não precisava de mim- disse chorando e suspirei
- Me desculpe- pedi novamente- Você tem todos motivos para me odiar.
-Eu prometo que você irá participar do resto da minha gravidez e do crescimento do nosso filho, só não me peça para esquecer tudo, porque ainda dói demais- falou limpando minhas lágrimas
- Mas não deixe de pensar em nós!- suspirei
- Tudo bem, mas agora eu preciso ir- ela disse se levantando.
A ajudei levando suas malas até o carro, meu motorista a levaria até sua casa.
Quando coloquei as coisas no porta malas, o fechei e ela sorriu para mim.
- Obrigada por cuidar de mim- agradeceu se encostando no carro
- Faria tudo novamente se fosse preciso. Cuida bem do nosso filho- sussurrei e ela assentiu
- Tchau Thompson- disse e abriu a porta do carro.
Por um impulso, a puxei pelo braço e grudei nossos lábios.
Júlia deu alguns tapas em meu braço, mas depois de poucos segundos ela cedeu colocando as mãos em meu cabelo. Coloquei minhas mãos em sua cintura e a puxei para mais perto.
Nosso beijo tinha amor, saudade, paixão e muita, muita língua. Como eu senti falta daqueles lábios, nascemos um para o outro, nosso encaixe era perfeito.
Quando o ar foi necessário separamos nossos lábios e ela me olhou com os olhos arregalados.
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De repente...Amor
RomanceArthur é um empresário bem sucedido que foi abandonado há dois anos por sua esposa. Ele tem um filha -Rachel- de 4 anos, amargurado e machucado não acredita mais no amor e gosta apenas de curtir com as mulheres. Mas isso tudo mudou quando conheceu a...