Capítulo 38 - Ryan

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(ARTHUR)

Porque ela tinha que ir embora? Porque tudo tem que ser tão difícil entre nós dois?

- Tem como me ajudar com as malas Arthur? -perguntou Júlia. Hoje ela iria embora para a casa dos seus pais, o quarto mês de gestação havia chegado.

- Não vai embora, por favor- falei me levantando e a olhando nos olhos

- Arthur...

- Eu te amo, me dê mais uma chance, eu preciso de você e você precisa de mim- pedi

- Eu não posso, você me traiu- disse e me irritei

- Eu já te disse que não a trai, eu não fiz nada com aquela mulher. Júlia, por favor entende- falei acariciando seu rosto

- Eu não consigo te perdoar por isso.

-Você nem tentou- falei fraco

- Para, por favor- pediu quase chorando

-Eu paro se você olhar em meus olhos e dizer que não me ama- vi seu rosto se contrair e ela começou a chorar de verdade

- Não me peça isso- disse - Eu estou sofrendo tanto quanto você.

- Então me dê uma chance, pelo menos fique morando comigo até nosso filho nascer, se eu não conseguir te conquistar até lá eu desisto de você- propus e ela se sentou no sofá chorando

- Eu vou para a casa dos meus pais, Arthur- disse baixo- sou muito grata por tudo que fez por mim nesses quatro meses que fiquei aqui, mas nunca ficaremos juntos novamente- disse e senti lágrimas descerem pelo meu rosto

- Ju, temos um filho agora, vamos ficar juntos- falei me abaixando e segurando suas mãos

Ela ficou parada por um instante e toquei seu rosto.

- Eu consigo perdoar tudo Arthur, menos uma traição. Eu sei que você não a tocou, mas só o fato de você me deixar em casa e ir para um hotel com outra me machuca. Eu estava muito arrasada naquela noite, eu precisava de você e pelo jeito você não precisava de mim- disse chorando e suspirei

- Me desculpe- pedi novamente- Você tem todos motivos para me odiar.

-Eu prometo que você irá participar do resto da minha gravidez e do crescimento do nosso filho, só não me peça para esquecer tudo, porque ainda dói demais- falou limpando minhas lágrimas

- Mas não deixe de pensar em nós!- suspirei

- Tudo bem, mas agora eu preciso ir- ela disse se levantando.

A ajudei levando suas malas até o carro, meu motorista a levaria até sua casa.

Quando coloquei as coisas no porta malas, o fechei e ela sorriu para mim.

- Obrigada por cuidar de mim- agradeceu se encostando no carro

- Faria tudo novamente se fosse preciso. Cuida bem do nosso filho- sussurrei e ela assentiu

- Tchau Thompson- disse e abriu a porta do carro.

Por um impulso, a puxei pelo braço e grudei nossos lábios.

Júlia deu alguns tapas em meu braço, mas depois de poucos segundos ela cedeu colocando as mãos em meu cabelo. Coloquei minhas mãos em sua cintura e a puxei para mais perto.

Nosso beijo tinha amor, saudade, paixão e muita, muita língua. Como eu senti falta daqueles lábios, nascemos um para o outro, nosso encaixe era perfeito.
Quando o ar foi necessário separamos nossos lábios e ela me olhou com os olhos arregalados.

De repente...AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora