Capítulo 6 - Mica Presnyakov e Professor Dr. Stephen Striger

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_ Entrei Kenny, o que faço agora?

_ Siga o corredor e vire à esquerda, vai encontrar uma porta, me conecte a ela para eu abrir.

_ Pronto! - a porta se abriu - vai ser o último roubo que precisarei fazer na vida, Kenny.

_ Entre com calma, agora tem lasers que vou desliga-los se não vão lhe...

_ Tá! - Saltei, rolei, dei estrelinhas, fiz a dança da cobra louca e pulei de ponta para onde os lazeres protegiam.

_ Esforço desnecessário Mica. – esse rádio só me irrita – Faça o que tem que fazer.

_ Ok. – retirei os quatro dispositivos da cintura e coloquei um em cada canto da porta.

_ Certo agora você pode entrar!

_ Vamos lá – dei um passo para trás, sei não vai ter volta, pulei - Caramba Kenny deu certo!

Eu nem acreditei que acabara de atravessar uma parede. Parecia coisa de outro mundo, me apressei peguei o quanto pude de dinheiro em três sacos.

Mas quando ia saindo, as gavetas de objetos começaram a se mover, umas para trás outras para frente, depois uma foi entrando na outra até uma porta secreta se abrir.

_ Puta merda! – exclamei boquiaberta.

_ O que foi? – Kenny estava desesperado gritando.

Retirei o fone do ouvido e me aproximei; aquilo era fantástico. Era uma passagem para outra sala, nela continha um manequim com um vestido vermelho daqueles de dançarina de tango, em que a lateral do vestido aberto do pé até o meio da coxa esquerda, estava dentro de uma vitrine de vidro redonda.

_ Mas o que é isso?

_ O que? – deu para escutar Kenny gritando do outro lado de tão desesperado – Me fala!

_ Espera. – a vitrine estava alta, olhei para baixo e vi que dentro tinha um livro, olhei para os lados e as paredes eram completamente cinzas, não tinha saída, no pé da vitrine tinha inscrito, "Vá à festa Mica, seja feliz". Aquilo me fez tremer, um calafrio subiu minha espinha; parecia que alguém sabia que estaria roubando aquele banco.

Atordoada, meu instinto falou mais alto, vesti o vestido, peguei o livro. Mas algo me chamou a atenção, um colar fuleiro, mas lindo estava no manequim. Subi novamente sobre a vitrine e puxei, nesse momento as gavetas voltaram ao local e fiquei trancada.

Corri para porta e gritei, mas nada. As comunicações foram cortadas, o desespero começou a se apoderar de mim, sentei no chão, passei horas ali folheando aquele livro que não fazia o menor sentido para mim; o medo passou, mas ainda me dava vertigem estar trancafiada num cofre. Vai saber quanto de ar me resta.

Olhei para o pé da vitrine e me deu uma epifania, folheei o livro de novo, e ali estava à imagem do pé da vitrine, cheguei mais perto e as instruções falavam, pegue o colar e coloque no buraco do centro, receosa fiz o que o livro mandou. O pé da vitrine se abriu, coloquei o colar de novo no pescoço.

Dentro tinha saltos, não faz ideia de como aquilo parecia estranho para mim, os coloquei, o engraçado é que realmente se encaixavam perfeitamente nos meus pés. Quando pisei firme o salto apitou e o pé da vitrine abriu de novo, dentro tinha um batom vermelho, era lindo não resisti, tive que passa-lo. Olhei para o batom, agora com maior atenção e vi que tinha uma textura nas laterais. Olhei para o centro do pé da vitrine e ali estava, o batom era uma chave, girei-a dentro do buraco. E o cofre voou senti o peso do meu corpo pressionado ao chão, realmente foi sinistra aquela sensação, era de outro mundo.

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