Cap.6

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Katherine

O que aconteceu depois do barulho do tiro foi muito rápido.

Leonardo ficou de pé e estava empurrando a estante, eu logo o puxei e comecei a chorar.

Chorar não adiantava muita coisa,mas sei que sempre que choro Léo não sabe como reagir e fica tentando me acalmar.

E agora não foi diferente.

-Por favor não chora Kath. Eu vou sair daqui, vê se fica escondida,toma meu celular e pode ligar para a polícia!

Agarrei ele, o abraço permitia que eu ouvisse seu coração bater rapidamente.

- Não! Fica aqui por favor!

- Kath... - ele me afastou do abraço - eu preciso fazer isso.

Concordei e peguei o celular. Ele ficou observando a cena, quando todos estavam distraídos, saiu do esconderijo.

Eram quatro homens.

Um segurava Clarice, que agora tinha o braço ferido. O outro segurava Antônio que parecia bem calmo... O terceiro apontava uma arma para o meu sogro e o quarto recolhia coisas de valor.

Leonardo foi rápido, e... Eu também! Peguei o celular de Léo e comecei a filmar tudo.

Meu namorado chegou por trás do único cara armado, aplicou um golpe que não sei o nome...E pegou a arma!

- Agora eu quero que todos vocês fiquem bem quietos! - Léo disse em ameaça.

Os homens começaram a gargalhar...

- O filhinho de papai tá se achando o valentão. - um deles disse com desprezo.

- Podem levar o que quiseram e sumam daqui!

- Nós queremos o seu pai! Ele já nos enrolou muito!

- Eu sei...Ele vai acertar as contas com vocês,eu prometo.

- Não acreditamos em promessas,queremos a grana agora,ou...

- Ou o quê?

- O velhinho aí já era! - riram de novo.

Nesta hora vi que Léo quase disparou... Quase. Ainda bem! Não quero que me namorado se torne um assassino.

Comecei a ficar em dúvida,sem saber se continuava a filmar ou se ligava para a polícia. Eu não consigo enxergar uma solução!

- Proponho um acordo. - minha sogra disse entre gemidos de dor.

- E qual é madame? - o que parecia ser o chefe disse.

- Amanhã neste mesmo horário podem vir aqui buscar o dinheiro.

- Tu acha que vou confiar em você, dona?

- Não. Por isso podem levar o Antônio de garantia.

A surpresa ficou estampada no meu rosto,no de Léo e no de seu pai. Clarice estava permitindo que seu marido fosse feito de refém?

Léo continuou com a arma na mão,mas eu já havia percebido que os outros homens estão armados,ou seja, não estávamos seguros.

- A senhora tá dizendo que posso sequestrar seu marido? Porquê se não me pagar...Ele já pode ser considerado um homem morto.

- É isso mesmo. Podem levá-lo!

- Então vocês vão se trancar no banheiro! E só vão sair daqui a uma hora! Se tentarem nos seguir... - um deles tomou a arma da mão de Léo, que permanecia com um olhar furioso.

Construindo Minha História 3 -  O Fim é apenas o Começo!Onde histórias criam vida. Descubra agora