Dois Príncipes e uma História.

Capítulo 17

A semana passou normalmente e graças a Deus o ruivo não apareceu mais nas aulas. Eu passei o final de semana todo colado em minha namorada, não dando tempo para pensar naqueles olhos amarelos. Acabei chegando cedo naquela segunda-feira então resolvi revisar a aula passada, estava tão envolvido no assunto que não percebi a sala encher, só ergui a cabeça quando Sandro passa por mim e dá um tapinha na minha nuca dando bom dia. Logo o professor entra na sala e começa su explicação, como estava adiantado no assunto acabei me distraindo e dei uma conferida na sala, pois todo dia tinha um aluno novo. Assim que olho para a minha direita, meu coração faltou sair pela boca, o ruivo estava lá mas desta vez ele não me encarava, passou a aula toda prestando atenção na matéria. Eu perdi a noção do tempo o encarando, na hora da chamada fiquei ansiosamente esperando sua vez, queria muito saber qual o nome do ruivo misterioso... Foi quando ouvi o professor chamar por Rafael e para minha surpresa ele responde "kkkk só pode ser carma meu deus!" pensei.  Só voltei a prestar atenção na aula porque Sandro bateu no meu ombro e disse "Bora parceiro! Vamos fazer o trabalho com o Sergio e o Bruno que eles estão sozinhos também!". Ainda meio perdido puxei minha carteira até a rodinha dos outros garotos, foi quando ouvi aquela voz... Porra que voz! "Posso me juntar a vocês?" era meio rouca, voz grossa de homem mandão. "Claro senta aí!... É Rafael né? Eu sou Sandro, esse é Sergio, Bruno e Bernardo!" Sandrinho sempre foi o mais comunicativo de todos, após as apresentações começamos a debater sobre a matéria apresentada. Percebi que Rafa era muito inteligente e que apesar de ter faltado, dominava perfeitamente a matéria. Às vezes ele me olhava, mas eu logo desviava o olhar, ficamos nessa até o horário do almoço. Fomos para a biblioteca procurar alguns livros para a apresentação, como a biblioteca estava lotada fomos para o bosque atrás da cantina sentar na grama. Ele senta ao meu lado e cara que perfume gostoso ele tinha! Eu não conseguia me concentrar direito, então ele prontamente começou a me explicar, ele chegou mais perto e eu senti sua perna quente na minha. Foi aí que meu pau começou a dar sinais, eu tentei ao máximo controlar aquela ereção, mas eu estava perdendo a luta então coloquei meu caderno em cima do meu pau. Notei que Rafael começou a olhar minha mão, mais precisamente minha aliança. Achei que ele ia perguntar alguma coisa sobre ela, mas logo continuou com sua explicação. Não demorou Sandrinho juntou-se a nós para ouvir também a explicação , fazendo Rafael desgrudar nossas pernas. Agradeci meu amigo mentalmente por aquilo, eu já estava enlouquecendo com aquele contato. Assim que terminamos de acertar os últimos detalhes do trabalho, fomos todos almoçar no shopping. Nós nos demos muito bem e nossa conversa já rendia muitas risadas... Aqueles garotos eram muito palhaços, só falavam besteira! Conversa vai conversa vem meu telefone toca... era a Lu... merda! " Foi mal Luiza esqueci! Dez minutinhos to aí! Beijo!" nem dei tempo dela responder! O papo estava tão bom que tinha esquecido que marquei de sair com a minha namorada! "Guri só você mesmo que esquece a namorada pra ficar rindo no meio de um monte de macho!" brincou o Sergio, logo percebi que Rafael ficou decepcionado mas se recuperou rapidamente sorrindo das brincadeiras dos garotos. Depois daquele dia o Rafael nunca mais me encarou durante as aulas, conversava comigo apenas o necessário e vivia pendurado no telefone conversando com a namorada dele. Confesso fiquei um pouco triste, mas com o tempo eu fui enterrando aquele sentimento sem pé nem cabeça que eu estava sentindo. O que foi ótimo porque eu não iria me permitir sentir aquele tipo de coisa! Não depois de tudo o que aconteceu lá em casa... Mas mal sabia eu que esse "sentimento" não foi feito para ser controlado e sim para ser vivido... E por ironia do destino hoje eu sou noivo de um homem que eu amo com toda minha vida!

- Ah Rafa para de brincadeira! – sorri sem graça... Meu coração faltou umas três batidas, respirar? Pra que respirar?

- Você acha que eu estou brincando Bernardo? – ele me pergunta ainda sério.

- Ah Rafael eu não sei... Cara eu não assumido! Não posso começar a namorar um cara do dia pra noite e apresentá-lo lá em casa! Meus pais não aceitariam... – Devo ter feito cara de pânico, porque ele logo quebrou sua pose autoritária.