Capítulo 31

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A ceia de Natal daquele ano seria feita em casa, mamãe estava pilhada com a organização da festa. Lógico que ela colocou nós três para ajudamos, minha mãe quando queria era pior que um sargento do exército. Estava com o braço doendo de tanta cortina que eu e Diego penduramos, Eduardo folgado apenas segurava a escada. Foi numa dessas que a campainha tocou e o sonso simplesmente largou a escada e foi atender a porta. O tombo foi inevitável, ainda tentei segurar na cortina mas a mesma se partiu dando mais drama ao meu acidente. Diego nada fez apenas me olhava com cara de espanto, foi tudo tão rápido! Quando vi já estava sendo carregado até o sofá por Rafael... "Rafael?" perguntei desnorteado mas ele nada falava... "Bernardo você ta bem?" Eduardo apareceu desesperado segurando meu braço dolorido "Aiii Du que porra!" falei segurando meu braço direito. "Pelo amor de Deus cade ele? Bê amor?" minha mãe vem correndo da cozinha cheia de farinha. "Ele tá bem mãe foi só um tombinho a toa..." Diego fala mas é cortado por uma voz grossa, que me arrepiou inteiro só de ouvir " A toa nada tia! Bernardo bateu a cabeça precisa de um médico!". Foi aí que focalizei aquele rosto perfeito, meu coração acelerou ao fixar meu olhar naqueles olhos verdes que me vigiavam com certa preocupação "Bê o que que aconteceu meu filho... Tá doendo?" mas eu estava mudo encantado com a beleza do Rafa... Haviam meses desde aquela ultima festa. Ele estava muito mais forte, barba cerrada, cabelo num topetinho estiloso e aquela camisa azul deixava seus olhos incrivelmente mais claros. "Não mãe eu to bem! Ai!" falei tentando levantar saindo daquele transe "Não bati a cabeça meu braço protegeu... Só foi um mal jeito mesmo!". Meu braço estava um pouco dormente mas não liguei, eu até estava gostando... Pela primeira vez em tantos meses estava vendo meu primo... Eu queria tanto abraça-lo! Sentir seu cheiro... Sentir seu toque... Seu gosto novamente... Ele me olhava sério e aquilo foi aquecendo algo mais forte em mim, tanto que não ouvi minha mãe brigando com Eduardo por ter sido descuidado com a escada e ele zoando ela por ter farinha em seu nariz. Era como se estivesse apenas nós dois naquela sala... Foi um momento único provar a intensidade de seu olhar, era como se me perdesse naqueles olhos verdes claros. "Bernardo deixa os meninos terminarem com as cortinas meu filho... Vai deitar um pouco! Quero meu bebê bem para hoje a noite!". Meio a contra gosto fui deitar, meu braço estava dolorido mas queria estar perto do Fael mesmo que fosse apenas naquele dia 24 de dezembro. Não consegui dormir, estava um tanto eufórico por aquela ilustre presença! Tanto que meia hora depois eu pulei da cama para o chuveiro, escolhi a roupa mais bonita do guarda roupa e desci. A sala já estava totalmente organizada, a decoração estava perfeita! Olhei em volta e só estranhei um detalhe, a casa estava vazia! Me senti o Macaulay Culkin em "Esqueceram de mim"! Olhei em todos os cômodos e nada... Até que finalmente encontrei um bilhete dizendo que todos foram até a casa do sócio de papai e que logo voltariam. Voltei pra frente do espelho e fiquei olhando o quanto eu era lindo... (mentira gente eu era muito feio! Magrelo de óculos da sobrancelha grossa, me apelidavam de Saraiva na escola aliás) Então o telefone fixo toca me assustando... "Alô" perguntei receoso de ser alguma tia de Goiânia. "Oi gatinho! Liguei pra avisar que to chegando ai já já! Deixa avisado na portaria! Beijo!" Puta merda! Esqueci que a mamãe havia convidado Camilla para a ceia! Não deu nem pra responder "ok" ela desligou... Odiava quando aquela menina fazia aquilo! "Seu Gerson minha namorada está chegando pode liberar a entrada dela por favor?" Aquele velho rabugento resmungou algo como "tudo bem" e desligou. Sentei no sofá e fiquei aguardando a loira entrar, não deu quinze minutos ela entra com todo seu esplendor. Vestido preto tomara que caia abraçando suas curvas... Naquela época eu não era de ferro, Camilla estava cada dia mais gostosa e logo meu pau ficou duro. Nosso sexo também estava bem melhor! E pensando nisso quando ela estava perto grudei minha mão em seus cabelos da nuca e a puxei para um beijo forte. Tinha percebido a alguns meses que ela gostava de uma pegada mais bruta então eu não tinha dó dela não. "Nossa Bê! Que fogo é esse?" Então a joguei no sofá me posicionei entre suas pernas e beijava seu pescoço desnudo, seu ombro "Amor cadê seus pais?" ela perguntava mas eu já tinha soltado meu Hulk interior apenas a calei com outro beijo. Aos poucos fui abrindo minha braguilha e saquei meu pau para fora, afastei sua calcinha de renda branca e fui conduzindo meu pau... "Puta que pariu Bernardo!" Eduardo fala tão alto que meu pau assusta no hora amolecendo. "Seus loucos se vestem! Anda!" Camilla que em um segundo estava arreganhada no sofá, no outro estava no banheiro consertando o estrago que eu havia feito em seu cabelo e sua roupa kkkk Meu irmão só ria e foi nesse clima que Diego e Rafael entraram na sala "Que tanto você esta rindo Edu? Ué Bernardo acordou agora?" Deveria estar muito desfigurado porque meu irmão não percebeu que eu havia mudado de roupa. "Esse puto ai tava de amasso com a Camilla! Sorte que a mãe e o pai ficaram lá no tio Arnaldo!" nisso Edu cai no sofá "Deplorável ver o Bernardo de pau duro!", fiquei imortalizado diante as palavras do meu irmão "Cala a boca idiota!" dei um tapa na cabeça dele mas eu ria também... Até que lembrei daqueles olhos verdes... pqp! Se o olhar do Rafael era de preocupação há uma hora atrás, agora ele me olhava com aquela cara de ódio tão conhecida por mim. O sorriso chegou até a morrer! E piorou quando Camilla entra na sala e me agarra por trás...

Dois Príncipes e uma História.Onde histórias criam vida. Descubra agora