Alaska - A Filha da Rainha do Gelo [concluída]

Rebelião part.1

Alaska

" Um dia os ventos soprarão tão forte que irão abalar os continentes, mas o vento gelado finalizará " as palavras da velha parteira enchiam minha cabeça enquanto eu observava a cidade de cima de uma ponte em Guadalajara. Ao olhar para Viktor, cada palavra teve sentido, a mulher não tinha mentido em nada, estávamos destinados a batalhar juntos desde que nascemos. A música que os mariachis tocavam na praça chamaram minha atenção, era uma música boa de se ouvir, meus pés mexiam conforme eles tocavam, e as pessoas se reuniam em volta da praça para ver o espetáculo.

— Alaska, está na hora...— Viktor disse me desconcentrando da música.

— Hm? Sim, vamos... — agora os ventos de Viktor iriam balançar aquela cidade como nunca e por fim o frio dos meus poderes congelariam a cidade. Viktor se levantou e fez um movimento em círculos com os dedos juntando as nuvens no céu, em pouco tempo formava uma nuvem grande e cinza, mexendo o dedo indicador ele começou a criar um furacão que descia lentamente até o chão.

— Você não ia fazer ventar? — me levantei assustada.

— Quero algo mais dramático que simples ventos, quero entrar para a história — ele sorriu olhando o furacão tocar o chão e ir devastando os lugares que passava, as pessoas na praça ao notarem o furacão deixaram os mariachis para trás e correram em busca de proteção, por últimos foram eles que correram deixando até alguns de seus instrumentos jogados pelo chão de pedra — Não vai fazer nada?

— Vou, se proteja caso alguma coisa aconteça — pulei da ponte caindo dentro de um portal que abri no chão, o portal dava em um beco sem saída onde Alyeska estava deitada — Ei, chegou a hora — tirei o pedaço de carne de uma mochila que eu tinha escondido dentro da lixeira e joguei para ela. Depois dela saborear o presente, me aproximei para montar nela, assim que acariciei os pelos da cabeça, ela começou a correr e pulou a cerca que fechava o beco na entrada. O furacão estava um pouco distante de nós, mas ainda sim poderia me atrapalhar, corri montada na loba até a ponte onde Viktor estava, quando me viu ele desceu usando seus poderes.

— Algum problema?

— Precisa parar o furacão, ele pode me atrapalhar, comece o plano real, faça ventar e não esse furacão gigante!

— Não, eu vou continuar com o furacão! — ao ouvir as palavras dele franzi minhas sobrancelhas estreitando os olhos e a loba logo mostrou os dentes rosnando para Viktor.

— Não vai? Loth odiaria te tirar do plano por você ter morrido na boca de uma loba gigante.

— Filha da puta...— ele sussurrou, porém ainda sim consegui escutar e a loba ameaçou avançar para cima dele, mas segurei os pelos dela a controlando — Vou parar...— com um movimento rápido com as mãos ele fez o furacão ir embora e um forte ventania começar.

— Agradecida, fazemos uma boa dupla — dei um sorriso irônico e avancei pelas ruas junto com Alyeska, as pessoas que ainda estavam pela rua gritavam ao ouvirem os barulhos que os ventos de Viktor faziam e outras gritavam ao verem a loba gigante — Vamos fazer nevar um pouco em pleno verão — criei uma bola de neve, em seguida a joguei para o céu, quando o vento tocou a bola, ela explodiu e começou a nevar em todos os cantos onde o vento passava. Levantei meu braço na direção dos prédio e disparei gelo congelando todos, carros da polícia começavam a cerca a rua na tentativa de me impedir de fazer algo a mais.

— Chica, bájate de esta criatura— Um policial gritou, podia sentir o medo na voz dele e acredito que a loba também tinha sentido pois ela abriu a enorme boca mostrando todos os dentes para amedronta-lo.

— Perdão, mas não compreendo — sorri encolhendo os ombros.

— No hablaré de nuevo, sal ahora! — o policial insisto.

— Não posso te obedecer se não entendo — sorri irônica. Criei uma parede de gelo para me proteger quando os policiais começaram a atirar, quando os tiros tinham cessado transformei a parede de gelo em adagas de gelo e as disparei na direção dos policiais, Alyeska avançou para cima de um dos carro passando por cima.
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Bella

Belle andava de um lado para o outro nervosa, sempre eu era a mais controlada das situações. Agora eu a observava enquanto criava pequenos raios em minhas mãos, eu me divertia com o jeito de Belle e apesar de tudo ela sempre dava o melhor dela, e hoje não poderia ser diferente.

— Não estou sentindo que vai dar certo, irmã.

— É só nervosismo — me levantei e a segurei — Você precisa ficar calma.

— Não, não, dessa vez é diferente, eu sinto algo ruim vindo.

— Nosso pai não vai fazer nada demais com a gente, você sabe que ele não chegaria ao ponto de Meredith — acariciei o rosto dela e sorri — Fica calma...

— Não, Bella! Olha o que estamos fazendo, olha o que todos estão fazendo! Talvez muitas pessoas estejam morrendo nesse momento, acha que nosso pai vai nos perdoar.

— Belle! Para de pensar negativo, nós iremos nos desculpar e ele vai nos desculpar — sorri me afastando — Agora vamos fazer nossa parte do plano.

— Irmã — ela segurou meu braço — se acontecer alguma coisa comigo, por favor, não me deixa morrer sozinha...

— Cala essa boca, Belle, você não vai morrer! — puxei o braço dela — Eu não vou deixar você morrer!

— Me promete!

— Eu prometo — a abracei, me afastei um minutos depois — Precisamos ir...

Estávamos no centro de Maracaibo, Venezuela, e uma forte tempestade era provocada por nossos poderes. Não importava que o céu caía sobre nossas cabeças, ainda sim estávamos em pé no meio da rua observando as pessoas correrem à procura de um lugar para se abrigarem até que a tempestade passasse. Um caminhão vinha em nossa direção e o vidro na frente estava totalmente embaçado, sem pensar duas vezes, lancei um raio na direção do caminhão para pará-lo, o que deu certo por um momento até que ele capotasse em nossa direção, Belle se jogou na minha frente e levantou as mãos criando uma parede de raios ajudando a parar o caminhando antes que chegasse até nós duas. De fato ela era a mais forte, ela sabia utilizar os poderes de uma forma melhor que a minha e isso era notável em uma batalha como essa. Era o nosso momento de surpreender, me aproximei de Belle e demos as mãos, com os olhos fechados começamos a criar uma enorme bola de raios em nossa volta, mas isso foi rapidamente quebrado por um raio mais forte, que nos jogou no chão criando uma cratera no asfalto, levantei minha cabeça para enxergar quem tinha feito aquilo, era ele, o meu pai...Rei Rocco vindo entre as nuvens e relâmpagos.