5 Felícia

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Depois da exposição na galeria eu e Algusto fomos de ônibus até a casa do Ariel ver como tudo estava, decidimos aproveitar nossa última noite de alforria em algum lugar, então saímos juntos. Eu fiz a maquiagem do Nando e ele ficou maravilhoso, não demorou muito e ao cair da tarde estávamos na rua badernando.

Pegamos um ônibus que nos levou até a avenida principal da cidade onde encontramos nosso destino. Um lugar atráz do antigo teatro clássico que fica na quinta rua descendo no sentido sul. Lá funcionava uma espécie de fábrica de tecidos que foi fechada dois anos atraz por negação de imposto dos proprietários.

Andamos até a rua quatro e passamos por um beco que da acesso ao interior da quadra onde existem diversas entradas para o galpão, andamos um pouco entre os prédios comerciais que ali ficavam até encontrar alguns grupos de pessoas se deslocando para a mesma direção a qual estávamos indo. A música era alta e podia ser ouvida em toda parte por onde andávamos.

Os garotos não mostram hesitação alguma em conhecer o lugar, apesar que o galpão em geram costuma ser frequentado por maiores de idade e não por garotos de desesseis anos. Mas isso não é problema para nós, tenho contato com um cara chamado Mandala, um ex ficante da minha prima que descola nossa entrada sem dor de cabeça.

Estávamos todos aflitos em nossas vidas confusas, estávamos gritando pra ter isso. E é isso que vamos ter!

Fiz questão de escolher algo bem curto para sair por essas ruas arrasando, usei um vestido preto bem colado ao corpo com alças e uma bota cano médio, deixei meu cabelo solto dessa vez. Eu sei que tem um charme diferente quando ele está livre e eu estou dançando.

Áriel está usando uma jaqueta vermelha com jeans azul claro e coturnos em tons de bege. Já Algusto usa algo mais discreto com uma jaqueta jeans bem escura e calças pretas, Mas o Nando e o melhor quando se trata de "parar o trânsito"; Decidiu usar salto novamente, desta vez um par de Pump em um verde neon e uma espécie de bata preta com detalhes de tiras nas costas, o cabelo estava preso em um pequeno coque puxado para traz. No rosto moreno, usa cores vivas para viver a noite.

Tivemos acesso ao interior do galpão, onde acontecerá a festa, o lugar estava lindo, eles aproveitaram os tecidos da fábrica pra decorar ornamentações que vão do teto ao chão em ziguezague. Mandala me avistou no meio da multidão e veio de imediato falar conosco, ele é aquele tipo de cara que para os pais ,e visto como "vagabundo" pois tem ums vinte e sete anos e não faz nada da vida a não ser morar na casa da mãe e comparecer em cada festa que acontece na cidade sem falta.

Ele se aproxima apresentando-se e em seguida me oferece um trago, eu pego o baseado entre seus dedos e dou umas duas tragadas até onde aguento, ele diz que as bebidas estão no balcão a direita e que fiquemos a vontade.

Após alguns minutos já estávamos dançando, e obviamente chamando atenção, já estou até acostumada. Ariel pergunta se quero beber algo, eu acento com a cabeça, após algumas tragadas a mais conseguia enchergando muito além do visível naquele momento, e isso me fez penssar em quanto tempo durava a felicidade... Felicidade, Felicia
.... Este é meu nome não é! Tão bonito! Será que meu pai pensou em Felicidade quando me batizou? Talvez não, pois estava muito ocupado organizando o velório da Mamãe para penssar em algum nome que faria algum sentido especial para sua filha!

Mamãe morreu no parto, os médicos disseram que eu quase fui junto! Mas estou aqui, e isso deve ter algum sentido, ou algo de bom por traz.

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