Maya Kendrick é a poderosa CEO de uma multinacional britânica, com sede em Londres. Arredia, dura e incisiva, seu esporte favorito é aterrorizar seus funcionários. A única extravagância que ela se permite é sair para as baladas mais concorridas da...
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Os próximos dias passaram tão rápido, que nem notaram, pelo menos não Rafe ou Maya, que praticamente estavam morando por lá. O trabalho no escritório estava num ritmo alucinante. Além do problema que precisavam corrigir no sistema operativo, o seu lançamento seria em breve e, demandava esforços de vários departamentos, para que tudo ficasse pronto na data estabelecida. Muitas vezes teleconferências eram feitas madrugada adentro com Zane, para que os ajustes necessários fossem feitos.
Rafe, naquela tarde de sexta-feira, estava calmamente trabalhando em sua sala, quando Maya entrou sem bater e sem ser convidada, como sempre fazia. Ele já nem se preocupava mais, mas sempre conseguia assustá-lo.
— Senhor Mitchell, pensa que não sei o que minha mãe fez? Ela disse sentando-se em frente a ele. — Emma, às vezes é tão óbvia que me irrita, porque ela subestima a minha capacidade de pensar.
Rafe deu de ombros, ignorando sobre o que ela estava falando.
— Me amarrou a você, é claro! Ela bateu mãos sobre o tampo da mesa, demonstrando o seu desespero. —Agora sou obrigada a ir a esse jantar e, pior com você. Detesto quando ela me trata como se eu fosse uma criança ingênua.
— Bom Maya, boa tarde para você também. Ele a saudou irônico não escondendo a sua exasperação com ela. Maya não escondia o seu desagrado em sair com ele e, isso o deixava de mau humor.
Ela revirou os olhos, fez um gesto de desprezo e, continuou como se ele não houvesse dito absolutamente nada. — O plano é o seguinte, já tenho tudo definido.
— Ilumine-me! Ele disse com um brilho sarcástico nos olhos.
Maya o ignorou e seguiu em frente. — Nós vamos para a minha casa. Lá você primeiro toma banho, depois faz essa barba horrível e se troca. Ela enumerou suas tarefas, enfatizando com os dedos das mãos. — Vou te dar exatamente vinte minutos para ficar pronto.
— Pode ir parando por aí, mulher! Ele a avisou. — Eu já tenho tudo organizado na minha casa. E além do mais, primeiro eu faço a barba e depois eu tomo banho. Ele corrigiu-a, muito mais para irritá-la do que outra coisa.
— Isso é um detalhe idiota que não vem ao caso. Ela o desprezou, não daria o braço a torcer que não entendia nada da rotina masculina. — E eu não gosto de perder tempo, nem de chegar atrasada aos meus compromissos.
— Mas é a casa dos teus pais, criatura! Rafe expôs o óbvio, mas porquê tentava convecê-la de que não era preciso ser tão estrita.
— Ainda assim, não gosto! Ela disse cruzando os braços no peito e fazendo um biquinho idiota.
Rafe revirou os olhos, tentando manter a calma. — E você acha que vou vestir um dos teus vestidos? Que cor combina melhor com os meus olhos, querida? Ele disse piscando exageradamente.
— Como é idiota! Não se preocupe com isso. Já cuidei de tudo.
— Mas quem disse que eu preciso ou quero que você cuide de tudo, mulher? Maya era frustrante a maioria das vezes.
