Capítulo 27

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Indometes queridas,
Fiquei sem conexão esses dias por isso peço perdão a vocês.
Obrigada pelo carinho e pela paciência.
Beijos,
Nina

Momentos antes tinham entrado na antiga pequena capela construída em madeira e rodeada por um bosque de pinheiros

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Momentos antes tinham entrado na antiga pequena capela construída em madeira e rodeada por um bosque de pinheiros. Uma leve brisa enchia o ar com o rico e fresco aroma, o som de água correndo e pássaros cantando ouviam-se por toda parte. Havia uma harmonia e uma paz no local que só podia ser sentida com o coração puro. Ali tocado pela emoção beijou-a sem pressa e os lábios roçando os dela sentindo a maciez e a voluptuosidade, dando-se e recebendo, constatando o simples fato de que se amavam profundamente.

Maya agora os conduzia em direção ao edifício onde ficava o antigo estábulo. Há muitos anos fora desativado e convertido num grande armazém. Lá pegaram alguns baldes de madeira e voltaram para a trilha cercada pelo bosque denso. Andaram em um silêncio reverente, tal qual estivessem em um local sagrado que exigisse um respeito extremo. Adentravam cada vez mais na mata, onde a luz batalhava para chegar ao solo. Também se sentia mais fresco e úmido em seu interior.

Conforme avançavam, um aroma doce e pungente era trazido pelo ar disseminando-se em tudo ao redor. Grandes árvores retorcidas podiam ser vistas mais a frente, a vegetação tomava conta do antigo pomar de macieiras abandonado há muito tempo. As árvores estavam carregadas de frutas tardias e maduras de um tom escuro de vermelho. Cachos e mais cachos estendiam-se em frente a eles.

— Você sabia desse local. Ele afirmou com o sorriso derrete calcinha, pondo os baldes no chão e colocando um beijo delicado em seus lábios.

— Sim, meu avô me mostrou há muito tempo atrás. Ela sorriu com satisfação. — Era o nosso segredo, só eu podia vir aqui com ele. Meus primos e meus irmãos morriam de ciúmes.

— E eu pensando que colheríamos morangos silvestres, framboesas ou cogumelos.

— Também podemos fazer isso se você quiser. Era o meu passatempo preferido quando vinha aqui.

Ele concordou e olhou para cima, observando os carvalhos centenários que envolviam o pomar, criando uma cúpula verde e frondosa. Estava admirado por aquelas macieiras que cresciam selvagens e exitosas, sem mãos humanas que as tutoreassem durante Deus sabe quanto tempo.

Sentaram-se em uma grande pedra, coberta de musgo escuro e macio, que havia no fundo da clareira. Rafe fez com que ela se deitasse em seu colo, os dedos logo correram por seus cabelos curtos e dourados.

— Esse lugar sempre me acalmou, sempre que precisava colocar os pensamentos no lugar vinha aqui. E quis compartilhá-lo com você, meu amor. Ela acariciou o dorso de sua mão com o polegar, indo e vindo devagar e sem fim.

— Eu gostei muito. Respondeu com a voz profunda. — Aqui tem uma aura etérea, mítica, quase feérica. É como se de repente fosse surgir um elfo ou um gnomo a qualquer momento.

— Ela riu e levantou-se para poder olhá-lo. — Um elfo, Rafe? Continuou rindo enquanto se levantava e ajeitava a saia do vestido. — Mas sim, é encantador.

Chama Indômita - CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora