Já tinha escurecido, passamos o dia inteiro fugindo do vírus e de seus transmissores. Quando os infectados percebiam que iriam morrer em menos de uma hora, eles eram tomados por uma raiva súbita, algo meio que paranormal. Eles queriam levar para a morte o máximo de pessoas que pudessem. Eles tinha ódio de nós, pelo fato de não estarmos morrendo junto com eles.
Eu me escondia com a minha irmã por entre os muros das casas abandonadas para que os seres possessos pelo ódio não tentassem nós matar ou contaminar.
Vi um deles na esquina, ele tinha o par de olhos mais vermelho que todos que vira o dia inteiro. Levava junto com ele uma grande faca que parecia suja com sangue. Me assustei ao perceber que ele olhava na minha direção.
Aii meu Deus!
O homen infectado correu para tentar atingir eu e minha irmã.
Rapidamente, peguei Estefany e a coloquei em meus braços. Corri o mais rápido que pude, mais o homen era muito veloz. Entrei em uma rua, mais logo vi que não tinha escapatória, o homen estava praticamente colado em min.
"Joguei" Estefany para trás de min. Virei o rosto e prendi a respiração para que o ar daquele homen não me contaminasse.
Eu vou morrer! Minha irmã vai morrer! Eu fracassei... Eu... Eu não posso fazer mais nada.
O homen que já estava na minha frente, abriu um sorriso malicioso enquanto erguia a brilhante faca para me ferir. Lagrimas de medo e de uma profunda tristeza começaram a rolar pelo meu rosto.
Era o fim, nós não tínhamos mais nem uma chance de sobrevivência.
De repente eu vejo o tal cair inconsciente em minha frente.
Fiquei confusa mas muito feliz, pois eu ainda tinha uma chace. Peguei minha irmã no colo e me afastei um pouco do sujeito. Olhei de novo para o homen caído, percebi que algo o havia atingido fortemente - provavelmente uma grande pedra - fazendo o mesmo cair sobre o chão.
Como isso aconteceu? Quem ou oque me salvou?
- Sentiu minha falta? - uma voz grossa ecoava de um beco escuro que tinha na rua.
- Quem é você? - perguntei.
A pessoa saiu do beco escuro e eu pude ver quem era.
- Davi! - eu falei com um grande sorriso de gratidão no rosto e reconhecendo o meu velho amigo de escola.
- Oi Drêssa. - ele falou.
O Davi continuava o mesmo, ela ainda era aquele gordinho branquelo de cabelo preto bagunçado. As lembranças do ensino fundamental vieram a tona quando eu o vi novamente, fiquei imensamente feliz por ele não ter sido contaminado ou morto.
- Você nos salvou! Não sei como te agradecer. - eu falou chorando de felicidade.
- Não precisa agradecer, amigos servem pra isso mesmo. Já perdi a conta de quantos infectados já matei por ai pra salvar minhas amigas e suas irmã. - ele falou tentando fazer piada com a citação.
Eu dei uma leve risada antes que ele tomasse uma expressão séria em seu rosto.
- Vamos! - ele disse bem sério.
- Pra onde vamos? - perguntei meio confusa.
- Longa história. - foi a única coisa que ele falou antes de sair andando.
Eu o segui, afinal eu não tinha ideia de onde ir, e ele parceria tão convicto e confiante que não pude evitar de ir atrás dele.
Agora não eramos mais eu e minha irmã caçula, agora também tinha o Davi, ele era meu amigo e tinha salvado nossas vidas, eu seria eternamente grata. Agora eu sentia como se ele também fosse minha família. Era mais um que eu tinha o dever de proteger.
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Vírus
Science FictionUm vírus mortal se espalhou pelos quatro cantos do mundo. Andressa uma adolescente de 17 anos, terá de deixar tudo para trás afim de encontrar uma chance de sobrevivência para ela e sua irmã de 6 anos de idade.