Capítulo 3

7.6K 742 181
                                    

Já tinha escurecido, passamos o dia inteiro fugindo do vírus e de seus transmissores. Quando os infectados percebiam que iriam morrer em menos de uma hora, eles eram tomados por uma raiva súbita, algo meio que paranormal. Eles queriam levar para a morte o máximo de pessoas que pudessem. Eles tinha ódio de nós, pelo fato de não estarmos morrendo junto com eles.

Eu me escondia com a minha irmã por entre os muros das casas abandonadas para que os seres possessos pelo ódio não tentassem nós matar ou contaminar.

Vi um deles na esquina, ele tinha o par de olhos mais vermelho que todos que vira o dia inteiro. Levava junto com ele uma grande faca que parecia suja com sangue. Me assustei ao perceber que ele olhava na minha direção.

Aii meu Deus!

O homen infectado correu para tentar atingir eu e minha irmã.

Rapidamente, peguei Estefany e a coloquei em meus braços. Corri o mais rápido que pude, mais o homen era muito veloz. Entrei em uma rua, mais logo vi que não tinha escapatória, o homen estava praticamente colado em min.

"Joguei" Estefany para trás de min. Virei o rosto e prendi a respiração para que o ar daquele homen não me contaminasse.

Eu vou morrer! Minha irmã vai morrer! Eu fracassei... Eu... Eu não posso fazer mais nada.

O homen que já estava na minha frente, abriu um sorriso malicioso enquanto erguia a brilhante faca para me ferir. Lagrimas de medo e de uma profunda tristeza começaram a rolar pelo meu rosto.

Era o fim, nós não tínhamos mais nem uma chance de sobrevivência.

De repente eu vejo o tal cair inconsciente em minha frente.

Fiquei confusa mas muito feliz, pois eu ainda tinha uma chace. Peguei minha irmã no colo e me afastei um pouco do sujeito. Olhei de novo para o homen caído, percebi que algo o havia atingido fortemente - provavelmente uma grande pedra - fazendo o mesmo cair sobre o chão.

Como isso aconteceu? Quem ou oque me salvou?

- Sentiu minha falta? - uma voz grossa ecoava de um beco escuro que tinha na rua.

- Quem é você? - perguntei.

A pessoa saiu do beco escuro e eu pude ver quem era.

- Davi! - eu falei com um grande sorriso de gratidão no rosto e reconhecendo o meu velho amigo de escola.

- Oi Drêssa. - ele falou.

O Davi continuava o mesmo, ela ainda era aquele gordinho branquelo de cabelo preto bagunçado. As lembranças do ensino fundamental vieram a tona quando eu o vi novamente, fiquei imensamente feliz por ele não ter sido contaminado ou morto.

- Você nos salvou! Não sei como te agradecer. - eu falou chorando de felicidade.

- Não precisa agradecer, amigos servem pra isso mesmo. Já perdi a conta de quantos infectados já matei por ai pra salvar minhas amigas e suas irmã. - ele falou tentando fazer piada com a citação.

Eu dei uma leve risada antes que ele tomasse uma expressão séria em seu rosto.

- Vamos! - ele disse bem sério.

- Pra onde vamos? - perguntei meio confusa.

- Longa história. - foi a única coisa que ele falou antes de sair andando.

Eu o segui, afinal eu não tinha ideia de onde ir, e ele parceria tão convicto e confiante que não pude evitar de ir atrás dele.

Agora não eramos mais eu e minha irmã caçula, agora também tinha o Davi, ele era meu amigo e tinha salvado nossas vidas, eu seria eternamente grata. Agora eu sentia como se ele também fosse minha família. Era mais um que eu tinha o dever de proteger.

VírusOnde histórias criam vida. Descubra agora