Fiquei observando a van se afastar até perde-la de vista. Eu amava muito a minha irmã, mais ela estaria mais segura.
Começou a chover e eu procurei algum abrigo pra me esconder da chuva. Vi uma grande árvore a uns 300 metros de distância.
Corri até lá.Enquanto a chuva lavava a estrada e caia por sobre a árvore que eu me abrigava, comecei a relembrar tudo que havia acontecido nos últimos dias. Eu nunca imaginaria que um dia eu seria capaz de... de... de fazer metade das coisas que fiz.
Eu cumpri a promessa que tinha feito a minha mãe, uma hora dessas Estefany estava segura em un dos abrigos.
Eu consegui! Não importa oque aconteça a partir de agora. Por minha causa a minha irmã tem uma chance de ter um futuro. To tão orgulhosa de min.
Enquanto chovia eu me perdia em meus pensamentos, eu estava orgulhosa de mim mesma. Foi ai que percebi que não tinha medo da morte, o vírus não me intimidava, o meu medo real era perder as pessoas que eu amava. Tive muito medo que por minha causa algo acontece a minha irmã, mas agora eu tava leve.
Parou de chover.
Comecei a caminhar sem saber para onde ir, e pouco me importava pra onde eu iria.
Caminhei por entra uma pequena mata que havia perto de onde eu estava e acabei encontrando uma praia. Tirei os tênis que eu costumava ir a escola, e fui andando a beira mar sentindo as ondas do mar lavarem os meus pés.
Quando cheguei em um ponto da praia, notei que tinha uma rodovia bem perto dalí. Fui até lá. Continuei andando sem saber oque fazer a partir dalí, eu já tinha cumprido a minha promessa. Me sentia leve e ao mesmo tempo cansada.
Tinha algumas poças de água sobre o asfalto, provavelmente consequência da último chuvada.
Parei em frente a uma poça d'água e olhei para o meu reflexo. Oque vi, foi meus cabelos bagunçados, meu rosto meio sujo e avermelhado por conta do sol, e por último vi meus olhos vermelhos. Não sabia oque pensar, meu coração disparou e um flash de lembrança passou pela minha cabeça. Uma lágrima rolou pelo meu rosto, mais não estava triste, em poucas horas eu não teria mais com oque se preocupar, faria da morte o meu refúgio, e eu não a temia mas, eu me sentia feliz. Como diria a Tefy, em menos de 5 horas eu iria para junto dos meus irmãos e da minha mãe. A morte seria o meu bilhete para encontrar a paz que eu nunca tive.
Fim.
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Vírus
Science FictionUm vírus mortal se espalhou pelos quatro cantos do mundo. Andressa uma adolescente de 17 anos, terá de deixar tudo para trás afim de encontrar uma chance de sobrevivência para ela e sua irmã de 6 anos de idade.