Capítulo 7

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Chorei em silêncio por quase uma hora, mas enxuguei as lágrimas quando percebi que Estefany estava acordando.

- Oi meu amor - falei olhando para a Tefy.

- Você também tá dodoi! - Estefany praticamente gritou quando viu que meus olhos estavam avermelhados.

-Não, não Tefy!

- Você também ta com os olhinhos vermelhos - ela falou em prantos.

Uma mulher que estava sentada atrás de nós gritou:

- Elas tem os olhos vermelhos!

- Não estamos infectadas, estávamos chorando... - eu tentei explicar para as pessoas que estavam no ônibus.

- Calem a boca suas imundas, vocês vão contaminar todos nós! - uma mulher gritou enquanto tapava o rosto do seu filho.

- Saiam daqui! - um homen do assento a frente berrou.

- Vocês não merecem estar aqui! - outra pessoa fala.

Minha irmã se agarra ao meu braço e começa a chorar de tento medo.

- Não estamos infectadas! - tento dizer mais uma vez.

O ônibus da uma freada brusca. O motorista se levanta em vem até nós.

- Oque esta acontecendo? - ele fala com um certo ódio na voz.

- Elas tem os olhos vermelhos! - um homen falou.

- Elas vão trazer o vírus para nós! - dessa vez foi uma mulher quem disse.

O motorista apenas observava com se fosse um juiz severo que só estava esperando para condenar alguém. Ele me encarava com uma certa raiva ou sei lá. Eu não conseguia decifrar o olhar daquele cara.

- Não estamos infectada, nós apenas estávamos...

O motorista me interrompeu antes que eu terminasse de explicar a situação.

- Você tem os olhos vermelhos e deve descer do ônibus. - ela falou rudemente.

- Mais... - eu tentei falar entre os soluços do meu choro.

- Não fale mais nada! Não queremos que ninguém aqui seja contaminado por você.

Ele continuou.

- Pegue essa pirralha e saia do meu ônibus agora! - ele falou me dando as costas.

Dei um abraço na minha irmã. Ela chorava muito, eu não aguentava ver a minha irmã assim. A segurei bem forte para mostra-la que eu iria protege-la custe oque custasse.

- Não chora Tefy. Vai dar tudo certo meu amor. - sussurei no ouvido da minha irmã.

Ela me olhou, balançou a cabeça e me abraçou mais forte ainda.

Não sabia oque fazer pois o futuro fora daquele ônibus era incerto, e eu tinha que confiar que ia ficar tudo bem. Eu tinha que fazer de tudo pra ficar tudo bem.

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