Chorei em silêncio por quase uma hora, mas enxuguei as lágrimas quando percebi que Estefany estava acordando.
- Oi meu amor - falei olhando para a Tefy.
- Você também tá dodoi! - Estefany praticamente gritou quando viu que meus olhos estavam avermelhados.
-Não, não Tefy!
- Você também ta com os olhinhos vermelhos - ela falou em prantos.
Uma mulher que estava sentada atrás de nós gritou:
- Elas tem os olhos vermelhos!
- Não estamos infectadas, estávamos chorando... - eu tentei explicar para as pessoas que estavam no ônibus.
- Calem a boca suas imundas, vocês vão contaminar todos nós! - uma mulher gritou enquanto tapava o rosto do seu filho.
- Saiam daqui! - um homen do assento a frente berrou.
- Vocês não merecem estar aqui! - outra pessoa fala.
Minha irmã se agarra ao meu braço e começa a chorar de tento medo.
- Não estamos infectadas! - tento dizer mais uma vez.
O ônibus da uma freada brusca. O motorista se levanta em vem até nós.
- Oque esta acontecendo? - ele fala com um certo ódio na voz.
- Elas tem os olhos vermelhos! - um homen falou.
- Elas vão trazer o vírus para nós! - dessa vez foi uma mulher quem disse.
O motorista apenas observava com se fosse um juiz severo que só estava esperando para condenar alguém. Ele me encarava com uma certa raiva ou sei lá. Eu não conseguia decifrar o olhar daquele cara.
- Não estamos infectada, nós apenas estávamos...
O motorista me interrompeu antes que eu terminasse de explicar a situação.
- Você tem os olhos vermelhos e deve descer do ônibus. - ela falou rudemente.
- Mais... - eu tentei falar entre os soluços do meu choro.
- Não fale mais nada! Não queremos que ninguém aqui seja contaminado por você.
Ele continuou.
- Pegue essa pirralha e saia do meu ônibus agora! - ele falou me dando as costas.
Dei um abraço na minha irmã. Ela chorava muito, eu não aguentava ver a minha irmã assim. A segurei bem forte para mostra-la que eu iria protege-la custe oque custasse.
- Não chora Tefy. Vai dar tudo certo meu amor. - sussurei no ouvido da minha irmã.
Ela me olhou, balançou a cabeça e me abraçou mais forte ainda.
Não sabia oque fazer pois o futuro fora daquele ônibus era incerto, e eu tinha que confiar que ia ficar tudo bem. Eu tinha que fazer de tudo pra ficar tudo bem.
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Vírus
Science FictionUm vírus mortal se espalhou pelos quatro cantos do mundo. Andressa uma adolescente de 17 anos, terá de deixar tudo para trás afim de encontrar uma chance de sobrevivência para ela e sua irmã de 6 anos de idade.