Fiquei vendo a Dêssa através do vidro da van, eu não queria deixar a minha irmã pra trás. Olhei para os lados e vi um monte de máquinas e a senhora de cabelos grisalhos dividindo o pouco espaço que restava com dois meninos.
- Moça, a gente pode voltar pra pegar a minha irmã? Por favor! - falei chorando.
- Não dá querida! Eu gostaria muito, mas... não dá! - falou a amiga da minha irmã que também chorava.
- Por que? Ela vai acabar ficando dodoi. Temos que ajudar ela!
- Venha cá meu anjo. - a senhora de cabelo grisalho me abraçou.
Comecei a chorar e abracei aquela senhora que eu não conhecia mas me sentia segura com ela.
- Dtr. Salles, por favor! - escutei a amiga da minha mãe falando com o homen que tava dirigindo a van.
- Pela milionésima vez, não srta. Mello! - ele gritou.
Abracei de novo a senhora de cabelos grisalhos, só que desta vez com muito mais força. Eu soluçava de tanto chorar.
- Não chora, menina! - um menino de olhos azuis falou comigo tocando no meu ombro.
- Quem é você? - eu perguntei.
- Meu nome é Gustavo, mas você pode me chamar de Gus, tá?! - ele falou piscando pra mim.
- Tá! - falei enxugando as lágrimas e sorrindo pra ele.
- Oque aconteceu menina? Não precisa chorar, não. A gente vai ficar bem.
- To com saudades da minha irmã. Eu nunca mas vou ver ela.
- Posso te fazer uma promessa?
Olhei pra ela meio confusa.
- Bom, eu te prometo que vou ser sempre seu amigo e nunca vou te abandonar, okay?!
- Okay!
- Como é seu nome?
- É Estefany. - dei um sorriso.
- Você quer brincar comigo e com o Felipe, Estefany? - Gus me perguntou apontando para um menino loirinho que tava encolhido em um dos bancos da van.
- Ta bom! - respondi me sentando no banco vago entre o Felipe e o Gustavo.
- Oi. - Felipe falou pra mim quando eu sentei.
- Oi. - eu falei sorrindo para o Felipe.
Felipe também sorriu e começamos a brincar junto com o Gus. Brincamos tanto que até dormimos. Acordamos quando sentimos que a van tinha parado. Quando a stra. Mello abriu a porta da van e chamou a gente, já era noite. Saímos da van.
- Olhem Crianças! - ela disse mostrando o abrigo para a gente.
Eu, o Gus e o Lipe - foi o apelido que eu dei ao Felipe - ficamos paralisados quando vimos o tal abrigo.
- Vamos morar dentro de uma bola? - o Gus perguntou.
- Isso não é uma bola. - Dtr. Salles falou tirando as máquinas da van. Eu tive medo dele.
- Oque e isso srta. Mello? - perguntei.
- Pode me chamar de tia Thays, Teffy! - ela falou sorrindo pra mim antes de continuar a explicar - O nome dessa bola é cúpula.
- Cúpula? - Lipe perguntou.
- Sim querido! Aqui não tem nem um perigo de vocês ficarem doentes, tá?! - tia Thays perguntou.
- Tá! - ele respondeu.
Já estávamos dentro da grande bola - ou cúpula - quando saímos da van. Na "bolona" tinha muitas, muitas e muitas casas, tinha uma casa gigante com um nome de depósito de suprimentos, do lado tinha uma enorme horta com tudo que eu podia imaginar, tinha uma nascente de água e tinha um lugar cheio de galinhas, galos, perus, e um montão de bichos.
- Vamos meninos? - a senhora de cabelos grisalhos chamou o Gus e o Lipe.
- Pra onde a gente vai sra. Campos? - Lipe perguntou para a senhora.
- Vamos para a nossa nova casa meu amor, e pode me chamar de Maria querido. Eu, você e o pequeno Gustavo, vamos morar na mesma casa a partir de hoje.
- Posso te chamar de vovó? - Gus perguntou.
- Claro que sim! - Dona Maria falou chorando de alegria.
Os três se abraçaram e foram para a nova casa deles.
- Mas... E eu? - perguntei.
- Você meu anjo, vai morar comigo. - tia Thays falou.
- Sério?
- Claro que sim! Vamos ter uma casa só nossa. Prometi a sua irmã que cuidaria de você, e é isso que eu vou fazer.
Abracei a minha nova tia e percebi que ela tava chorando. Eu sabia que estava em boas mãos e eu sabia que minha irmã mais velha tinha feito a melhor escolha do mundo. Eu sabia que a tia Thays iria cuidar muito bem de mim.
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-Obrigado por terem lido meu livro até aqui. Tomara que tenham gostado de lê-lo. Obrigado por cada voto e cada comentário. Por favor, divulguem meu livro para os amigos de vocês, irão me ajudar muito. Obrigado pela atenção seus lindos. ;)
Ass: Andressa Evelin
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Vírus
Science FictionUm vírus mortal se espalhou pelos quatro cantos do mundo. Andressa uma adolescente de 17 anos, terá de deixar tudo para trás afim de encontrar uma chance de sobrevivência para ela e sua irmã de 6 anos de idade.