Capítulo 10

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Já era manhã - acho que era umas 06:00 horas - quando acordei. Comi algumas mangas e comecei a observar as coisa ao meu redor. Não havia nada além de um enorme gramado que cercava uma velha estrada mais a frente. Estefany acordou.

- Bom dia! - eu disse enquanto ela abria os olhos lentamente.

- Bom dia! - ela respondeu com um olho aberto e o outro fechado que fazia meio que uma careta fofa.

Eu dei uma leve risada. Estefany se sentou e pegou uma manga alegando que era o seu café da manhã.

- Coma bastante por que vamos andar muito... - eu disse.

- Pra onde vamos? - ela perguntou.

- Vamos por aí! Não precisamos de um destino concreto... Viver sem planos fazem o nossos dias mais únicos e divertidos.

- Tá bom! Mais não precisa falar um texto.

Começamos a rir. Peguei a mochila de Estefany para colocar alguns frutos lá. Vi as cartas, e notei algo que não tinha visto antes. Lá tinha uma foto da festa de natal há uns três meses atrás. Abracei a foto e a mostrei para Estefany. Guardei a foto novamente com todo o cuidado na bolsa.

- Você esta pronta? - perguntei sorrindo para minha irmã.

- Sempre! - ela respondeu fazendo uma careta muito linda.

Peguei na mão dela, e fomos pela estrada longa e solitária estrada. Não sabia ao certo ora onde ir, mais eu sabia que não podia ficar embaixo da mangueira por muito tempo. Como o Davi me explicou, em outros lugares a situação era muito pior e o vírus já era transmitido através do ar. Ao menos minha irmã estava protegida com a máscara. Eu tinha medo de ser contaminada, mais eu não tinha medo de morrer... o meu receio era machucar a minha irmã caçula. Ela era minha única família e eu era a sua guardiã; eu tinha que achar um modo de salvar as nossas vidas, e a única chance era achar um dos abrigos. Não era uma missão fácil, mas eu estava disposta a tudo.

- Olha lá Andressa! - Estefany falou apontando para uma van que vinha em nossa direção.

- Meu Deus! - falei espantada. Talvez tivéssemos uma chance.

Começamos a fazer sinal para que a van parasse. O veículo começou a reduzir a velocidade e parou bem perto de nós.

- Nos ajudem! - eu falei para as pessoas dentro da van. Não dava pra ver quem estava lá, mas escutei vozes.

Uma das portas da van se abriu e uma jovem que de cabelos longos e pretos, que usava uma máscara como a de Estefany, saiu de lá.

Não posso acreditar! Não acredito nisso. Pensei que nunca mais fosse -la novamente.

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