Já havíamos andado uns 10 minutos sem dar uma palavra. Eu ainda estava curiosa e confusa.
- Então? Pra onde vamos? - perguntei a Davi enquanto o seguia ainda com minha irmã no colo.
- Bom, não sei por onde começar. - ele falou olhando para o chão.
- Que tal do começo?
- Pois bem. Do começo. Esse vírus não é coisa de dias ou semana, isso já vem se agravando a meses.
- Meses? Como assim?
- O governo resolveu "brincar de ser Deus" e saiu fazendo experiências para criar uma nova doença que combatesse as outras.
- Mas isso não faz sentindo algum.
- Eu sei, mais foi isso que meu pai havia me contando antes... antes de...
- Entendo! Não se preocupe, eu sei pelo que você está passando.
Ele deu um leve sorriso antes de continuar a explicar o acontecido - de acordo com oque ele sabia.
- Essa doença que seria para nos ajudar, acabou se transformando neste vírus que ta "ferrando" com as nossas vidas.
- Meu Deus! Então quer dizer que eu e todo resto do mundo estamos condenados a morte por causa de uns caras de jaleco branco, que um dia acharam que séria possível acabar com todas as doenças criando uma nova?!
- Basicamente. Mas não estamos perdidos, ainda temos uma chance de sobrevivência.
Parei de andar no ato. Fiquei pasma de saber que eu ainda poderia dar um futuro a minha irmã. Uma felicidade instantânea tomou conta de min.
- Como? - perguntei entusiasmada com a notícia.
- Quando os grandes líderes de nações viram que a situação estava fugindo do controle, construíram espécies de abrigos pelo mundo que não tem a possibilidade de ser infectado... ou seja, perigo zero!
Fiquei reluzente com tanta alegria. Não conseguia acreditar que a gente iria viver.
- Mas onde fica esse abrigo? - perguntei com um enorme sorriso no rosto.
- Não sei. - ele respondeu.
- Ham? Como assim? Você acabou de falar que...
Ele me interrompeu.
- Eu não sei onde fica o abrigo, mas um ônibus ira sair de um local perto daqui para nos levar até lá.
- Como você sabe de tudo isso?
- Meu pai era agente do governo. Ele recebeu essa mochila antes de ser dispensado do serviço junto aos outros funcionários - ele disse tirando a mochila das costas - e me entregou antes de ser infectado.
Ele tirou dois sanduíches da mochila.
- Vocês devem estar com fome. - ele falou me entregando os sandubas.
- Claro! Só comemos pela manhã antes da confusão.
Sentamos em um lugar que aparentemente era seguro. Entreguei o lanche a Estefany.
- Ebaaah! - ela falou sorrindo quando pegou o sanduíche.
Nós rimos da reação dela.
- Você sabe o local exato e a hora certa do tal ônibus? - perguntei.
- Nessa mochila que o governo forneceu ao meu pai, estão três bilhetes para que nós peguemos o ônibus amanhã as 06:00 horas. Esse bilhetes são o nosso passaporte para uma vida. E tem também lanches, água, caixinha de primeiro socorros e mascaras!
- Não acredito que vamos nós salvar! Mas... pra que a mascara exatamente? O infectados só transmitem o vírus se chegarmos muito perto da sua respiração.
- É para o caso do vírus se espalhar pelo ar! Em alguns países a situação ta bem pior que aqui.
- Que sorte você ter exatamente três bilhetes.
- Era pra ser um meu e os outros dois para meus pais... ou seja, uma familia de três pessoas.
- Sinto muito por eles.
- Não tem problema! Já to me "acostumando" com esse fato.
- Acho melhor descansarmos um pouco aqui, e mais tarde seguimos em frente. Oque você acha Davi?
- Pode ser! Ainda temos muito tempo até o ônibus sair e também o local marcado é bem próximo daqui.
- O.k.
Ainda era umas 19:00 horas. Tentei dormir mas fui um fracasso. Davi tirava cochilos a uns dois metros a frente, enquanto Estefany dormia em meu colo.
Amanhã eu teria uma nova chance. E eu conseguiria vencer esse maldito vírus que havia levado minha família embora.
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Vírus
Science FictionUm vírus mortal se espalhou pelos quatro cantos do mundo. Andressa uma adolescente de 17 anos, terá de deixar tudo para trás afim de encontrar uma chance de sobrevivência para ela e sua irmã de 6 anos de idade.