Eu tinha acabado de abri meus olhos. Estava no meu apartamento, deitada na minha cama e aproveitando o silêncio para pensar.
Ontem eu passei a tarde inteira com Diego, conversamos sobre assuntos aleatórios - decidimos que aquele não era o momento para assuntos sérios - e depois de muitos beijos e carícias o médico avisou que o horário de visita teria acabado. Despedimos-nos - com mais beijos - e eu vim para o meu apartamento - ainda bem que não tínhamos vendido ainda - quando cheguei abri todas as janelas - para disfarçar o cheiro - e fui tomar um banho, depois pedi uma pizza e logo em seguida cai morta na cama. Estava cansada da viajem.
Depois de mais algum tempo deitada na cama eu levantei me arrastando e caminhei bem lentamente até o banheiro. Hoje seria um longo dia e para começar eu teria que fazer uma faxina caprichada no apartamento. Como ele ficou um mês inteiro fechado sua aparência não era das melhores.
Fiz minha higiene e abri minha mala pegando um vestido preto soltinho. Vesti-me e sai do apartamento com meu celular na mão. Minha primeira parada foi na padaria que ficava na esquina da minha rua. Tomei café por lá e depois segui para o mercado. Comprei algumas besteiras, produtos de limpeza e mais besteiras. Depois de fazer as compras eu segui para o meu apartamento, onde passei a manhã toda fazendo faxina.
Já passava das duas da tarde quando eu finalmente cai no sofá exausta. A casa estava um brinco, em compensação eu estava um bagaço. Tomei um banho bem relaxante na água quente e me arrumei para ir ao hospital. Ontem o médico tinha dito que dependendo da situação, Diego poderia receber alta hoje.
Quando cheguei ao quarto onde Diego estava, encontrei o mesmo já arrumado sentado na cama enquanto escutava o médico falar.
-... Não se esqueça de tomar os remédios na hora certa. Você tem que voltar daqui a uma semana para tiramos o gesso e fazer novos exames. - Diego assentiu - você ainda não está recuperado, evite qualquer tipo de esforço!
- aí eu já não prometo nada - disse em um tom que trasbordava malicia.
Nesse momento eu senti todo sangue do meu corpo ir para o meu rosto. Eu queria sumir quando o Dr. Dereck me olhou sorrindo.
- só não abuse - o médico apertou sua mão e passou por mim fazendo o mesmo.
Assim que a porta do quarto se fechou e eu me vi sozinha com o idiota que me olhava atentamente lancei meu pior olhar para ele.
- por que você tem que ser tão idiota? - perguntei fingindo uma raiva que não estava sentindo.
- sei que gosta... - sussurrou com um sorriso de canto enquanto se aproximava para beijar meus lábios.
Sim, ele tinha razão, eu adorava.
Saímos do hospital juntos, ele estava de muletas e eu carregava uma bolsa com as suas coisas. Eu fui andando na frente para chamar um táxi, mas antes que eu o fizesse, Diego me chamou fazendo-me parar.
- Luiz deixou o carro dele - me mostrou a chave na sua mão.
- você não pode dirigir - falei em tom óbvio.
- mas você pode - respondeu no mesmo tom.
Antes que eu pudesse protestar, Diego saiu andando - ou melhor, mancando - com as muletas e eu fui atrás relutante.
Digamos que eu definitivamente não nasci para dirigir.- você acabou de sair do hospital, ainda nem se recuperou, já que sofrer outro acidente? - olhei seria na sua direção - fui reprovada na prova de direção três vezes Diego.
- mas você tem carteira? - perguntou já dentro do carro.
- tenho, mas... - ele me cortou.
- mas nada. É só ir de vagar, eu confio em você... - me deu um selinho e repouso a mão na minha coxa me passando confiança.
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A babá (COMPLETO)
RomanceDizem por aí que o amor muda as pessoas. Você acredita nisso? Sara uma órfã que tem o sonho de se formar em medicina. Um ano depois da morte dos seus pais a jovem se ver totalmente sem dinheiro. Com isso Sara arruma um emprego como Babá da filha m...