Capitulo 18

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LUCE

Ao entrar na floresta percebo que esqueci minha jaqueta, merda! Não posso voltar lá e correr o risco de encontrar Bruno ou algum outro cara. Sigo meio sem rumo, a floresta está deserta e silenciosa, isso não é bom, me sinto perdida e lembrança de Paul vem em minha mente, será que ele ajudou Bruno a fazer isso? Claro que não, afinal ele sempre esteve comigo, por que faria uma coisa dessas, mas ele também me abandonou, estou aqui sozinha por culpa dele, isso me deixa furiosa. Por que sinceramente ele disse aquelas coisas de "eu faria qualquer coisa por você Luce" e depois ainda me beijou, para na primeira chance me deixar sozinha em um mundo no qual inúmeras pessoas querem me matar, que... Bastardo! Volto à realidade quando percebo que algo ao longe me observa:
- Ei! Não! Volte aqui!! - corro atrás da figura ou ser que há minutos atrás estava me olhando, quando me aproximo não gosto muito do que vejo.
- Olá Lucinda. - Aparentemente aquilo seria uma pessoa, mas no lugar de seus olhos se encontram um vazio, sua boca com um sorriso largo e dentes manchados de vermelho. Tenho que admitir aquela coisa me deixou com medo, mas tentei não demonstrar.
- Ah... Oi, quem é você? - O bizarro ser me analisa da cabeça aos pés, e ergue sua mão sem pele para mim.
- Prazer sou Charlie. - estendo minha mão para cumprimentá-lo e em um rápido gesto Charlie me abraça, ele tem um corpo esquelético e grudento devido a o fato de não ter pele em alguns lugares. -Bem Luce, você não deve estar entendendo nada, mas é um enorme prazer lhe conhecer, a legítima filha de Lúcifer, a legítima herdeira, em breve você ocupará o lugar de seu pai, mas enfim, como disse sou Charlie, eu cuido da porta do inferno, que fica próximo daqui, então ouvi passos na floresta, vim investigar, e acabei lhe encontrando. – Charlie carrega um sorriso perturbador em seu "rosto".
- Ah entendo, enfim eu vou indo sabe... -aquele sujeito não me parecia confiável.
- Ora, mas acabou de chegar pequena Luce. - Ele abriu ainda mais seu sorriso, aquilo estava ficando bem claro, ele também queria meu sangue.
- Eu estou ocupada sabe, preciso encontrar com meu pai e...
- Não minta para mim. -sua voz de doce e suave agora está prepotente e grossa. - Eu cuido do inferno querida, sei bem onde seu pai se encontra- Não tinha mais como evitar eu estava tremendo de medo.
- Como eu disse tenho que ir...
- É tem sim. - Eu não estava entendo o que ele quis dizer com aquilo, ouvi ao longe a voz de Paul gritando meu nome.
- Paul! - tentei gritar o máximo que podia só Paul poderia me ajudar. Em um passe de mágica tudo ficou cinza, depois preto senti uma dor agoniante e apaguei.



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