Capitulo 20

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PAUL

Não faço ideia de como começar a procurar por Luce, meu coração apertado e receoso grita por ela, sei que não posso ficar me condenando, mas se eu tivesse ficado ao lado dela, Bruno não teria a levado e depois um Wenxy não a teria sequestrado tudo estaria em perfeita ordem se eu não tivesse sido um completo idiota e a beijado. Mas foi um momento tão leve e surreal, foi como se eu voltasse a ser um homem, se meu coração voltasse a bater de felicidade, foi como... Encontrar o amor. Nunca fui muito bom com essas coisas, nunca fui romântico e achava tudo isso muito clichê, esses casais que vivem dizendo "eu te amo", para mim é tudo muito falso, muito vago, nunca havia sentido esse tal de amor do qual todos falam, esse sentimento que faz com que todos ficam abobalhados, que faz até os mais fortes ficarem vulneráveis, mas é óbvio que isso era ótimo, não sofrer por ninguém, não passar madrugadas pensando em alguém, mas ai tudo mudou, apareceu Lucinda, doce e calma, porém ao mesmo tempo forte e destemida, ela era tão linda só que era impossível tentar conquistá-la, eu só podia a vigiar de longe e guardar a sete chaves meus sentimentos e então aconteceu nosso beijo, como eu disse, foi como me sentir vivo novamente, como se a vida fizesse sentido de novo, mas eu estraguei tudo, claro que é para o nosso bem, eu sou um monstro, ela iria me odiar se me conhecesse de verdade, o pior de tudo isso foi vê-la sofrer por mim e agora o fato de estar perdida por minha culpa. O amor transforma as pessoas, modifica elas, quando correspondido faz com que as pessoas sintam leveza e vontade de viver e era isso que ela me trazia, vontade de viver, de ser melhor, de fazer o melhor e eu iria a procurar até no inferno se fosse preciso:
-Vamos John, sei quem pode nos ajudar.
Seguimos rumo à taberna de Alan, ele conhece bem os Wenxy com certeza irá saber aonde possivelmente Luce foi parar. Chegamos ao local, é um lugar escuro e fede a mofo, provavelmente pelo fato de ser aonde os "sacerdotes de Lúcifer" vem se satisfizer dos seus fetiches carnais. Entramos e logo John me chama para uma porta escura, não consigo decifrar se aquilo é preto ou verde, no centro da sala se encontra Alan, bem, ele é um pouco mais baixo do que eu pensava, fuma um charuto vermelho e nos analisa:
-Hm... O que a maré trouxe, achei que nunca veria vocês por aqui, Paul Lancaster e John Audrey os certinhos do batalhão de Lúcifer é um prazer tê-los aqui. O que vão querer primeiro, chegaram umas gostosas que olha..
-Queremos outro tipo de informação. -Vou logo ao assunto, esse lugar me deixa raiva.
- Claro e o que seria?
-Wenxy. - A pele de Alan se empalideceu como se tivesse visto um fantasma, mas acho que isso não seria problema pra ele, já que lida com demônios diariamente.
- É eu... Eu não sei. Não sei nada sobre eles, lamento não pode ajudá-los, mas se quiserem as moças como eu diss...
- Você sabe sim, já conviveu com diversos deles, provavelmente aqui nesta mesma sala, então ou nos ajuda por bem... Ou por mal. - O olho com raiva, não aguento mais, agora sou eu quem dou as coordenadas aqui.
-Tudo bem... Olha ninguém pode saber disso, vocês provavelmente estão atrás de Lucinda, não é? -Mas que droga! Como ele sabia? - Pela sua cara meu jovem rapaz já me respondeu, olhe eu ouvi rumores que eles iriam achar um jeito de pegá-la e vejo que conseguiram...
- Diga logo o que queremos saber. -John decide surgir no meio da conversa já que pelo jeito já não lhe agradava admirar as fotos das garotas do Alan.
-Certo certo, eles estavam cochichando sobre levá-la a algum tipo de casa, mas não uma casa normal, uma daquelas que Lúcifer usou na queda sabe... Esqueci o nome... Uma Ba.. Ba..
- Baguicha? Uma das casas das quais ninguém entrava ou saia e nem era possível encontrá-las... -minhas voz começou a falhar, existia milhões de baguichas e só Lúcifer sabia aonde se encontravam.
-Isso essa mesmo, enfim, foi somente isso que ouvi, lamento se não pude ajudar. Mas se quiserem se distrair um pouco temos várias meninas, vejo que Sr. Audrey gostou muito da jovem Isis, Ela é muito gentil. - Alan abre um sorriso que todo bom comerciante sabe dar, reviro meus olhos e observo John, ele parecia conhecer a tal garota.
- Não, agradeço, mas tenho muitas coisas a fazer. Obrigado pela ajuda Sr. Alan.
- E eu agradeço a visita, não muito conveniente. - ele me lança um olhar. -Mas agradeço mesmo assim, voltem sempre rapazes.
Saímos da sala e fomos em direção à saída, não via a hora de sair dali, mesmo sem rumo de onde começar, já tinha uma pista, observo John, ele estava estranho desde que viu a tal Isis:
- Você a conhece?
- Ela quem? - Se faz de desentendido, está confirmado, ele a conhece, John nunca foi de desconversar.
- Você sabe a tal Isis.
- Talvez, mas deixa isso pra outra hora precisamos achar Luce. -dizendo isso ele abre suas asas e espera para que eu faça o mesmo.
-Vamos até Veneza, precisamos conversar com Lúcifer, ele vai nos ajudar, eu espero. -Nós dois levantamos voo rumo a Lúcifer, espero que ele nos ajude, sinto uma pontada de esperança, talvez ele consiga achá-la.



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