Capítulo dezesseis

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Eu ia publicar só amanhã, mas resolvi adiantar. 

Só tenho uma coisa a falar desse capítulo: Agnes, vem aqui que eu quero te dar um abraço bem apertado.

Beijinhos

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- Estou com fome – Vicente reclamou ao se sentar do lado de Beth.

- Podemos caçar alguma coisa – Lucas deu de ombros e levantou sua espada, tendo um sorriso maléfico no rosto.

- Eu poderia comer um canguru sozinho agora – disse Vicente, pressionando seus braços contra a barriga.

- Você sabe que não existem cangurus aqui, não é?

Vicente o olhou com expressão de aborrecimento e Agnes e Beth soltaram uma risada abafada.

- Acho que caçar é uma boa ideia – Augusto falou, levantando-se. – Não temos como continuar a caminhar se estivermos fracos.

- Então Vicente e eu vamos procurar alguma coisa – Lucas disse, começando a caminhar para dentro da floresta. – Vem logo, cara. Vamos pegar uma capivara.

- Mas capivaras? Por que capivaras?

- Por que não capivaras? – perguntou impaciente. – Você não está com pena de comer animais, está?

- Não. Claro que não – disse, engolindo em seco.

- Então pare de me atrasar e vamos pegar o jantar.

- Está bem – suspirou, caminhando pesarosamente, exatamente como fazia quando era pequeno e sua mãe lhe mandava fazer algo do qual não gostava.

- Vou junto com vocês, preciso buscar lenha – Augusto declarou, juntando-se aos garotos.

Beth os assistiu caminhar em meio à escuridão, desviando de rochas e galhos caídos pelo caminho, que era fracamente iluminado pela luz das estrelas. Ah, as estrelas... Beth olhou para cima e viu as Estrelas do Guardião, aquelas que davam a ela visões, que a diferenciava das outras de pessoas.

Entretanto, qual era o propósito disso?

- Ele vai voltar – Agnes, agora sentada perto de Beth, que havia estado tão distraída que nem percebera quando sua amiga se aproximou, falou como se estivesse lendo seus pensamentos.

- O quê? – perguntou surpresa.

- Theo – ela sorriu. – Posso ver em seus olhos que está preocupada.

Beth hesitou antes de falar qualquer coisa.

- A floresta é enorme e está cheia de Guardiões procurando por vocês. Ele está sozinho seja lá onde estiver.

- Ele sabe se defender. É uma das pessoas mais fortes que conheço.

- Eu sei – Beth sorriu tristemente. – Sinto muito por ter falado aquelas coisas. Eu não fazia ideia de que ele nos deixaria por causa de mim.

- Não se culpe, todos nós o irritamos. Nada vai acontecer.

- Obrigada por ser uma boa amiga – Beth disse, sendo agradecida pela companhia da garota ali.

Em toda a sua vida, nunca fora muito boa em fazer amizade com o sexo feminino. Com exceção de sua irmã e mãe adotivas, não tinha nenhuma amiga e, ter alguém para confiar em meio à confusão na qual se encontravam, era motivo de alívio.

- Posso fazer uma pergunta? – Beth falou depois de alguns minutos.

- Claro.

- O que há entre você e Vicente?

Confidente das EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora