Capítulo 24

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Meu coração batia freneticamente,  quando de la saiu Andréia! Ssim, Andréia! Corri em sua direção.

- Meu Deus! O que faz aqui? - Disse com os olhos marejados e abraçando-a.

Ela se desprendeu do abraço, olhou pra baixo e vi uma lágrima caindo dos seus olhos. - Fui banida!

- Ãn?  Como assim? - Disse sem entender nada.

- Isso mesmo! A Maria tentou me defender, mas foi em vão - agora as lágrimas lavavam os seus olhos.

- O que aconteceu para fazerem uma crueldade dessas contigo? - Era a vez do Fernando se pronunciar.

Andréia contou da sua doença para Fernando e logo em seguida disse que Mariana tinha morrido.  Eu e Fernando nos encaramos e vi ele com uma expressão bastante abalada. Logo em seguida, Andréia disse que acusaram ela de ter matado Mariana sufocada por conta do transtorno que ela tinha.

- Meu Deus! Como descobriram sobre o seu transtorno? - Perguntei totalmente assustada.

- Felipe Joana, Felipe! - as lagrimas voltavam com pressa em molhar os olhos e rosto de Mariana.

- Nossa!  - Não tinha o que falar, apenas a abracei e Fernando nos abraçou.

- Vai ficar tudo bem, eu sei que nao foi você Andréia! Eu sei bem o que aconteceu, você só foi vítima de um mau entendido e estamos aqui com você agora, vai ficar tudo bem!

- Obrigada! - ela disse se desprendendo do abraço, enxugando as lágrimas e dando um lindo sorriso- sei que posso contar com voces!

- Mais é  claro que pode! - Fernando exclamou.

Voltamos para onde nós estávamos e começamos a conversar.

- Mas ai, vocês são bem safadinhos né? - me engasguei com a saliva.

- COMO É?  - Perguntei com os olhos arregalados enquanto tossia e Fernando batia nas minhas costas e levantava o meu braço.

Andréia caiu em uma gargalhada.  Desde quando caimos neste lugar, nunca vi ela rir. Estava criando um tipo de feição por Andréia,  vejo que seremos boas amigas.. quem sabe! Me recuperei do meu mini infarto.

- Ta doida Andréia?  Ta repreendido! Diz ai Fernando.

- É... que história mais descabida dona Andréia,  da onde tirou isso da sua cabeça?

- Desculpa gente - ela dizia e gargalhava ao mesmo tempo - é que sabe né?  Voces aqui,  no meio do mato, sem ninguém olhando.. Não rolou nenhuma bitoquinha?

- ANDRÉIA! - dissemos uníssono para ela.

- Ai gente! Foi mal!! - ela dizia secando a lágrima que caia no canto do olho de tanto que ela riu. - Mas serio, por quê ficaram pra trás?  Foi propositadamente?

- Não ne?! A gente tava arrumando umas pendências entre nós e quando notamos o grupo tinha sumido.  Falar nisso, vocês andam rápido em?  - Disse para ela.

- Na verdade, a gente estava andando tranquilamente,  quando apareceu um enxame de abelha. Eu nem sabia que existia abelhas por aqui, dai nós saimos correndo,  quando notamos o rio se dividiu em dois e seguimos uma direção. Só notamos a ausência dos dois quando montamos o "acampamento".

- Ata!  Obrigada pela consideração de vocês ein? Nem pensaram em voltar para nos buscar? - Perguntei.

- Pensar a gente até pensou, mas não seguimos trilha, ou algo que marcasse onde nós estávamos, apenas aconteceu e não sabíamos voltar.  Na verdade foi muito estranho eu ter chegado até aqui.

- Como assim? - perguntou Fernando.

- Quando eu fui banida, eu sai correndo sem rumo e me lembrei das minhas origens.

- Como é? Mosquei agora!

- Meus avós eram evangélicos e sempre me levavam para a igreja quando eu ia visita-los. Em uma dessas visitas eu fiquei cerca de três meses e foi quando eu aceitei a Jesus. Então quando eu sai correndo de la, eu ouvia uma voz que me dava instruções.  Podem me chamar de louca mas é verdade,  EU OUVI!!!

Neste momento eu e o Fernando demos um sorriso cúmplice um para o outro. Claro que cremos de imediando no que ela tinha acabado de dizer, pois provamos do melhor de Deus. Foi o céu na terra e nada me faria perder a fé nEle novamente.

- Cremos sem dúvidas alguma!

- É serio?  Mas, você é médica e isso ultrapassa a lógica da ciência. - perguntou Andréia desconfiada.

- É muito serio Andréia,  eu era médica... Agora eu sou instrumento usado por Deus para salvar vidas, sejam elas físicas ou espirituais. Agora eu creio que o Deus do impossível existe e faz milagres. - E nesse mesmo momento fui levada a outro lugar.

Flashback on:

- Agora estamos aqui e não tenho coragem de pedir perdão, porque tudo o que fiz é imperdoável.

- Tudo o que você fez foi muito sério, mas tudo foi gerado por uma doença, você nao procurou tratamento médico?

- o médico disse que não tem mais jeito.

- Poxa, lamento muito - disse abraçando ela.

- Achei vocês !! Nossa, que cena, atrapalho alguma coisa? - Disse Jefferson.

[...]

Meus pensamentos viajavam com cada palavra que foi dita por Andréia, que pena que os médicos deram a sentença final, que não tem mais jeito, pobre Andréia! Deve ser muito serio esse distúrbio dela.

Flashback off.

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