Encontro Auslly - Part. II (Sim... Eu a beijei!)

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 Eu e Ally andávamos de carro pelas ruas escuras e desertas de Miami em um silêncio que me incomodava um pouco. Queria conversar com ela. Queria que ela se abrisse e dissesse suas ideias para mim. Queria ouvir o som de sua voz.

A morena observava com atenção cada detalhe da cidade enquanto eu dirigia para o local de nosso "encontro", mas antes disso, precisava passar em um café para comprar toda a comida que precisaríamos para fazer nosso passeio funcionar da melhor forma possível. Quero impressiona-la, nem que seja com a marca de uma bala ou barra de chocolate, só quero impressiona-la com todo o meu possível e impossível.

Ainda em silencio, estaciono o carro no estacionamento do "Café's 24H DoS BiRdY", um lugar muito frequentado por mim e por Ally quando dávamos nossos típicos passeios de madrugada.

Antes de abrir a porta para sair do carro, pergunto a Ally se prefere ficar ouvir junto...

- É melhor eu ir. É perigoso ficar aqui á essa hora – responde

Entramos lado a lado no estabelecimento e vou até o balcão principal pedir nosso "o de sempre" para podermos ir para nosso encontro.

- Austin! Ally! Como estão meus amigos? Como anda a vida? – fala Martin

Martin Birdy é um garçom um pouco mais velho que eu e Ally. Ele é filho do dono que também é bem bacana e gente fina. Nos conhecemos á mais ou menos dois anos atrás, desde quando eu e minha baixinha começamos nossos encontros noturnos e sempre vinhamos aqui para pegarmos nossa comida para os encontros inesquecíveis.

- Oi Martin! Como vai? – falo o cumprimentando

- Ótimo. Faz tempo que não os vejo. Cansaram dos encontros e agora voltaram a trás?

- Não exatamente. – afirmo enquanto Ally nos observa, confusa e tentando, com certeza, processar o que significa "nossos encontros" – Longa história, depois pegamos um dia para conversar. E como esta Larissa, sua noiva?

- Ótima. Só esta sendo bem corrido para nós dois por conta dos preparativos, mas logo, logo isso acaba.

- Pois é. É só pensar positivo que tudo dá certo. – Falo – E como está seu pai?

- Ah, ele está na outro café hoje e me deixou nos cuidados desse aqui, mas acho que com essa roupa de garçom não pareço tão responsável. – ele ri de canto e eu o acompanho, e Ally ainda nos observa confusa – Já volto com o de sempre de vocês.

- O.K

Ally vem para mais perto e franze a testa como se estivesse dizendo: "Como assim?".

- Austin, não estou entendendo. Quem é aquele cara? Como ele sabe quem eu sou? E, como assim encontros, "o nosso de sempre" e você sabe o resto...?

- É... Bom, nós nos encontrávamos de madrugada como estamos fazendo agora e ele nos conhece desde quando começamos a sair para esses passeios. E o de sempre é o que...

- Eu entendi o lance do "de sempre", só não estava entendendo o porquê é acrescentado "Nosso" no começo da frase.

- Bom, é isso. Mais alguma pergunta?

- Por que isso o que fazíamos se chama encontro?

Tá... Confesso que não sei como explicar essa. Como eu iria dizer que nossas saídas eram encontros?

- É que... Bom... É...

- Aqui está – fui interrompido por Martin que trazia nosso pedido em mãos

Ainda tenho Esperança!Onde histórias criam vida. Descubra agora