Penso em mandar uma mensagem para Ally, mas lembrei-me de que o aparelho está perdido por conta do acidente, então resolvi mesmo com esse pequeno problema colocar minha ideia em ação.
Troco-me com uma camiseta branca com gola 'V', uma jaqueta preta, minha calça jeans rasgada nos joelhos e meu antigo velho amigo All-star preto padrão surrado.
Olho em meu relógio de parede em frente á parede que minha cama fica encostada, conta que já são 12h15min. Perfeito!
Pego minha carteira, chaves do carro, celular (que é melhor deixar no silencioso para nenhuma alma viva me incomodar mesmo sendo tarde da noite – que com isso quero dizer Dez) e saio do meu quarto com todo cuidado possível para não fazer barulho ao abrir e fechar da porta. Vejo que o quarto de meus pais está fechado, mas mesmo assim - do jeito que minha mãe tem um ouvido de cão e consegue ouvir até uma simples barata andando pelo corredor – é melhor eu tomar o máximo de cuidado para não descobrirem minha "fuga".
Desço as escadas em direção á cozinha, pego, com delicadeza, uma toalha de mesa e vou para a garagem pegar meu carro, mas antes, vou até onde minha mãe guarda "bagunça" e pego a sesta de piquenique que está cheio de panos de chão velhos, tiro cada um deles e coloco tudo o que peguei para o encontro no banco de trás do carro.
Abro o portão com o controle que tenho no porta-luvas e logo dou partida em direção á casa da garota, que com certeza, vou conseguir encantar essa noite.
A casa de Ally não é tão longe da minha, em menos de dez minutos paro o carro em frente da moradia e logo em seguida desço do mesmo trancando-o pelo controle.
Passo por trás da casa e encontro a janela do quarto da morena que fica localizado bem em frente de uma enorme arvore que tem em se jardim. Me lembro que quase todos os finais de semana vinha para casa de Ally para fazermos exatamente o que vamos fazer agora (espero). Ally amava ser pega de surpresa para sairmos, e me lembro como seu sorriso e olhos ficavam radiantes quando subia pela arvore para encontra-la em sua janela. Eu adorava "brincar com fogo" a chamando de 'Princesa', sei como ela não gosta, mas mesmo assim gostava de irrita-la usando esse termo para chamar sua atenção.
Pego alguns cascalhos coloridos em baixo da "caixa-de-areia" onde o pai de Ally instalou ali um par de balanças quando a mesma tinha seus cinco ou seis anos e que trás não só lembranças para ela, mas para nós dois. Às vezes a balançava no brinquedo ou ficávamos horas e horas conversando sobre qualquer coisa que vinha em nossas mentes.
Chego novamente com os cascalhos na mão e jogo um por um em sua janela, alguns segundos depois a morena aparece de roupão e com os cabelos molhados aparentando que a mesma acabara de sair de seu banho.
- Gastando a água do mundo á essa hora Dawson? – pergunto com um tom brincalhão que é levado de ombros por ela.
- O que você quer Austin? Além de me atormentar de dia, me atormenta de madrugada também?
Levei um pouco de malicia nessa frase, mas achei melhor deixar de lado para não fazer papel de idiota novamente, já basta o que aconteceu de manha e que não me agradou e evidentemente não a agradou também, então levei de ombros.
- Vim te convidar para um passeio noturno. Achei que assim conseguiria me desculpar com você de uma forma... Adequada.
- Nossa! O antigo e insuportável Austin está virando cavalheiro? Mas o "senhor" ira ter de me desculpar, pois esta noite não poderei ser "sua dama", com isso quero dizer não estou a fim de sair com você. – senti um grande sarcasmo em sua voz, mas infelizmente sua recusa não foi um sarcasmo.
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Ainda tenho Esperança!
FanfictionJá imaginou um dia a pessoa que faz seu mundo mais colorido, seu sorriso mais brilhante e o céu mais azul se esquecer por completo de que um dia você existiu e que já o amou ou fez parte de sua vida? Isso foi exatamente o que aconteceu com Austin Mo...