Meus olhos se abrem lentamente, já era dia e a luz do sol batia na pequena janela querendo entrar para iluminar e aquecer aquele quarto escuro.
Minha cabeça está estourando e meus pulsos estão latejando... Pra piorar tudo estou com fome."Bom Dia!" a porta se abre e ele entra com um grande sorriso no rosto.
"Bom dia só se for pra você!" falo com uma arrogância e raiva, movendo minhas mãos tentando soltá-las. "E eu estou com fome." logo quando eu falo, meu estômago faz um som insuportável.
"Eu já vou te trazer comida pequena, não pretendo te matar de fome..."
Isso em meus ouvidos soaram um tanto quanto sinistro."Não pretendo te matar de fome..."
Espero que ele traga algo "comestível" porque meu estômago já está ruim o bastante. Ele volta com uma bandeija que surpreendentemente tem cereal, panquecas e uma xícara de chá.
Ele a coloca na minha frente, como se eu conseguisse comer com os pulsos amarrados.
Fico encarando a bandeija e depois olho pra ele.
"Não vai comer?" ele fica me olhando com uma cara engraçada.
"Eu estou amarrada ou você ainda não notou?" irônizo me contorcendo na cadeira "não como por telepatia!"
"Você pode parar de reclamar um pouco?" ele parece irritado com a minha resposta arrogante.
"Então me solta, me tira daqui!" grito desesperada.
"Eu não posso te tirar daqui Phoebe!"
Ele também grita mas o seu jeito era diferente. Não me assustava tanto quanto antes."POR QUÊ?" a voz sai falha e minha cabeça começa a latejar me fazendo fechar os olhos com a dor.
"EU JÁ FALEI, EU TE AMO PHOEBE!" seu grito sai mais forte, a voz ficou mais rouca.
Baixo minha cabeça, ainda sentindo fortes dores. Ele apenas sorriu. Me parecia um tanto psicopata, doentio e delinquente.
Ele respira fundo e pega outra cadeira para se sentar à minha frente. Ele faz isso pegando a pequena tigela de cereais em minha frente.
"Ainda vai comer?" ele encheu a colher com o cereal e a balançou. Apenas assenti e ele levou a colher até minha boca.
Finalmente acabei com tudo, me sentindo um pouco melhor e satisfeita. Ele ficou sentado na minha frente me encarando por completa. Da cabeça aos pés.
Ele fica mais perto me assustando um pouco. Colocando uma de suas mãos em meu rosto o acariciando com seu polegar, se aproximando mais e mais de mim. Não tenho por onde fugir, não tenho pra onde fugir.
"Te amo Phee..." ele fala antes de colar seus lábios nos meus iniciando um beijo calmo, me deixando de alguma forma desesperada em tocá-lo. Seus lábios macios me levam para um outro lugar, que eu nem sabia que existia. Sua língua pedia passagem e eu cedi, deixando-a me invadir e explorar cada canto da minha boca. Eu suspiro desesperada.
A outra mão repousa em minha nuca a acariciando, fazendo meu corpo se arrepiar por completo. Meus braços fazem força tentando me soltar mas foi tudo em vão. Ele solta um gemido abafado em minha boca, fazendo aquele arrepio voltar novamente.
Ele aprofunda o beijo me deixando mais louca em me soltar e agarrar aqueles cabelos. Mas tudo o que eu podia fazer era ficar sentada naquela cadeira, sentindo ele me explorar com suas mãos, e sua boca na minha me fazendo suspirar.
"Isso é ridículo! Não posso simplesmente sentir arrepios com o cara que está me mantendo em cativeiro!"
*flashback*
Troye e eu andamos um pouco e fomos para o centro da cidade, passar em uma cafeteria. Entramos e nos sentamos, pegando os cardápios para escolher o que iríamos comer.
"hum, hum!" - Troye olha o cardápio com os olhos brilhando e sorri. "O que você vai querer pequena Phib?"
Sorrio encarando o cardápio e logo respondo "um frapuccino de chocolate com cookies me faria uma garota feliz!" mordo meus lábios, ele ri e termina:
"Eu quero um frappé de caramelo. Caramelo é bom!" levanta a mão chamando o garçon, que rapidamente chega na nossa mesa.
"O que desejam?" o homem diz atencioso com um pequeno bloco de papel nas mãos.
"Um frapuccino de chocolate com cookies e um frappé de caramelo, por favor!" ele fala devagar dando tempo para o moço anotar tudo certinho.
"Apenas isso?" ele olha para mim e dá um leve sorriso. Retribuo o mesmo meigamente.
"Eu quero um biscoito de gengibre, sabe esses de bonecos fofos?" o homem assente "esses daí!" sorrio e o moço trata de anotar tudo em seu bloquinho.
"Seus pedidos já serão entregues!" ele se vira ainda sorrindo, indo na direção do balcão entregar as anotações dos nossos pedidos.
"Eaí?" Troye olha pra mim com uma cara fofa.
"Eaí o quê?" sorrio sem entender o que ele acabara de dizer.
"Ansiosa para amanhã?" ele faz desenhos invisíveis na mesa me olhando.
"Muito!" minha empolgação transparecia em minha face sorridente. "Esse teste de fotografia vai ser importante para o meu futuro... Espero me sair bem!" sorrio.
"Você vai se sair!" ele me deu apoio. "Você tem talento Phib, duvido que eles não gostem de suas fotos!" ele ri brincalhão.
"Espero Try..." suspiro olhando pra mesa.
"Aqui estão os pedidos!" o garçon colocou os copos e meu gingerbread na mesa.
"Obrigada" eu sorrio pegando meu biscoitinho. Troye também agradece enquanto paga a conta e pega seu copo tomando um gole generoso de frappé.
"Vamos!" apresso Try para eu ir logo pra casa.
"Se acalme moça, ainda não terminei!" ele ri enquanto puxo seu braço o levando até a porta do café.
Andamos conversando e rindo mas vejo ele... O meu vizinho com seu estilo Dark em meio as árvores do parque. Assim que me nota, ele esconde um objeto que estava em suas mãos.
"O que ele..." sussurro e Troye nota pra onde eu olhava. "Ele está escondendo algo..." ando na direção do parque mas o garoto corre quando eu me aproximo.
"Você ta maluca?" Troye aparece atrás de mim com o rosto preocupado.
"Não isso foi só..." suspiro dando uma pausa comprida "deixa pra lá Try..."
Ele segura minha mão e sorri."Você não tem jeito Phib!" me dá um abraço esmagador enquanto eu rio.
"Você que não tem bobão!" ri um pouco mais alto. "Agora vamos!"
"Qual é a da sua pressa dona Phoebe Lancaster?" nós dávamos passos rápidos e largos. "Algo importante?"
"Sim! Tenho que treinar pro teste!" rio andando mais rápido. "Melhor você treinar também..." faço uma cara engraçada e ele ri.
Chegamos em casa finalmente... Em casa!
"Vai entrar Try?" pergunto dando espaço na porta e ele balança a cabeça negativamente, e eu faço bico.
"Na próxima vez eu entro pequena Phib!" ele me abraça e eu retribuo sorrindo fofa.
"Tchau" sorrio e ele vai andando de costas até sair do jardim, fecho a porta e subi direto para o meu quarto.
Minha mãe organizou minhas coisas. Tudo em seu devido lugar!
Pego minha câmera na escrivaninha e me sento na minha cama. Ligo a mesma e procuro algo para fotografar. Olho para os lados e encontro o meu "modelo". O vizinho estava me olhando de novo, ele mesmo que eu iria fotografar!
Me viro e encaro ele, sorrio levantando a câmera e tiro algumas fotos dele. Depois de baixar a mesma, ele me olha desentendido e sorri fraco, eu retribuo o sorriso e ele continua a me olhar...
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The Neighbor «н.ѕ»
FanfictionUm vizinho novo, Um romance, Um sequestro, E uma história contada em Flashbacks Bem vindo à The Neighbor. (A fanfic não se trata da síndrome de Estocolmo).