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Flashback on

[...]

O susto da noite passada me deixou com uma pulga atrás da orelha.

Tomo o café da manhã rápido, e vou para a sala ler algum livro. O clima está frio, do jeitinho que amo!

"Phee?" uma voz soa do nada tirando minha concentração no livro. "Phoebe você ta em casa?" a voz volta a chamar e algumas batidas ecoam.

Jogo o livro no sofá e me levanto pra atender a porta.

"oi!" Harry sorria deslumbrantemente.

"oi Harry!" retribuo seu sorriso. "precisa de alguma coisa?"

"não..." ele arqueia uma das sobrancelhas ainda sorrindo. "só quero falar contigo."

"quer entrar?" ele assente e eu dou espaço para ele passar. "então... O que quer falar comigo?" Harry para ao lado do sofá e aponto para que ele se sente.

"Hoje de noite eu vou pra uma festa e... Eu queria saber se você gostaria de ir pra me fazer companhia." ele joga uma mecha de cabelo rebelde atrás de suas orelhas.

"festa?" ele assente. Eu não sou lá tão chegada a festas. Na última que fui me fizeram passar muita vergonha. "primeiro posso perguntar uma coisa?"

"claro!" ele sorri simpático.

"você bebe muito?" sim a vergonha foi com gente bêbada.

"por quê?" ele ri baixo.

"é uma longa história..." ele fica me fitando por alguns segundos, ergo minhas sobrancelhas pedindo respostas e Harry finalmente abre a Boca.

"eu bebo só quando é preciso pequena Phee." ele sorri de lado.

(Eu AMO esse sorriso do Harry Cara!)↓↓↓↓↓

“oh. Okay!” passo meus dedos pelo topo de meus cabelos. “que horas?”

“comece a se arrumar às oito. Assim que eu estiver pronto eu venho te pegar!” ele sorri mais uma vez. "E ah... Antes que eu me esqueça de te falar, vou querer saber da sua longa história depois!” começo a rir e ele se junta a mim.

“por que quer saber?” minha voz sai falha em meio a risada.

“curiosidade.” ele pisca e se levanta.

“já vai?” me levanto em seguida.

“sim eu preciso resolver uns assuntos.” ele pega o celular no bolso e vê que horas são.

“hm... Depois vou querer saber que assuntos são esses...” falo brincalhona. Ele me olha um Pouco assustado mas depois abre um sorriso fofo.

"Oh claro! Eu te conto..." ele caminha até a porta e acena um tchau enquanto se coloca para fora. Não deu tempo nem de acompanha-lo até lá.

"Ah!" Ele abre a porta alguns segundos depois me deixando um Pouco surpresa. "Eu vou levar uma outra Amiga também... espero que tu não se importe!" Ele olha fixamente para mim.

"Claro que não me importo!" Sorrio simpática enquanto me jogo com delicadeza no sofá.

"Ótimo!" Ele sorri e fecha a porta novamente.

"Que eu não fique de vela por favor..." sussurro para mim.

[...]

Recebi uma ligação da minha mãe, dizendo que ela e o papai irão voltar mais cedo. Daqui à dois dias!

Uffa. Já não aguentava mais ficar sozinha nessa casa.

Flashback off*

Aquele seu "volto logo" parece durar uma eternidade. E daí que ele é meu sequestrador? Pelo menos o conheço -- eu acho -- e ele me faz uma companhia, mesmo tentando coisas comigo às vezes, mas do mesmo jeito continua engraçado o modo de como ele age de vez em quando.

Meu corpo está encolhido no canto da cama que fica encostado à parede, todo enrolado em um cobertor. Até que Harry não era um sequestrador tão mau. Me traz as refeições todos os dias, me dá roupas novas e um cobertor. Deve me amar mesmo.

Continuo pensando nestas coisas até pegar no sono.

[...]

Sinto um toque delicado em minha bochecha, sorrio fraco sentindo o carinho mas continuo de olhos fechados.

"queria poder te tirar daqui, mas... esquece." A voz rouca do Harry estava calma próxima ao meu ouvido, deixando o seu toque mais agradável ainda. "Eu te amo" ele sussurra e deposita um beijo demorado entre minha orelha e minha bochecha.

Suspiro e sinto ele abrir um pequeno sorriso. Abro os olhos e ele se distancia um Pouco de mim assim que percebe que eu "acabara" de acordar.

O que não era verdade, escutei tudo o que ele disse. Foi tudo muito... fofo pra ser o Harry.

Me viro lentamente para encarar a figura do garoto cacheado que se encontava deitado logo atrás de mim com uma cara de assustado mas um pouco corado.

"Harry..." minha voz de sono ecoa e ele sorri.

"Olá!" Ele me fita o tempo todo sem desviar os olhos de mim por nenhum segundo.

"Por que demorou tanto?" Ele volta a ter a proximidade que tinha antes de reparar que eu havia acordado.

"Eu não demorei, você dormiu por apenas dez minutos." Seu riso era como de uma criança brincalhona.

"Como? Você demorou um monte e deu tempo de eu sonhar com tanta coisa..." ele deposita um beijo em minha testa e me abraça.

"Dez minutos." Ele sussurra em meu ouvido me arrepiando.

Flashback on*

Onde estão meus sapatos? E meu batom? Por que minhas coisas somem quando não devem? Ugh!

Reviro as coisas procurando meu bendito salto preto com meia pata de ponta arredondada. Mas meu batom vinho sumiu. Abriu um portal para Nárnia, só pode! O jeito é ir com o vermelho.

Termino de me arrumar espirrando  perfume em meu pescoço. Bem no tempo da campainha de casa tocar, já sabia que era o Harry. Sem dúvidas, afinal, ele é meu vizinho e o vi saindo de casa.

Desço para a sala e caminho até a porta de entrada.

"Wow!" Ele exclama assim que me vê. "Você está incrível!" Ele sorri de lado. Eu já estou começando a adorar esse sorriso torto.

"Obrigada!" Sorrio um Pouco sem jeito com minhas bochechas já queimando.

"Você já está pronta?" Ele sorri com os lábios fechados.

"Estou sim deixa eu só pegar minha bolsa!" Ele assente e eu subo para meu quarto buscar minha bolsa que estava em cima da minha cama.

Pego-a e ao seu lado havia um bilhete com uma mensagem.

"Tome cuidado, por favor."

De onde saiu isso? E tomar cuidado com o quê?

Desço com a bolsa ainda lendo e relendo o bilhete estranho. Harry repara na minha distração e chama minha atenção com um "psiu". Meus olhos viajam para ele rapidamente mas ainda confusos.

"O que foi?" Ele caminha até mim com passos largos e mostro-lhe o pequeno papel com a mensagem.

"Isso é..." ele franze o cenho.

"Um aviso sei lá." O interrompo.

"Vem... depois nós vemos isso com mais atenção." Ele coloca uma de suas mãos em minhas costas, me guiando até a porta.

"Okay.." suspiro.

"Vamos no meu carro pra pegar minha outra amiga." Assinto e o sigo até seu carro.

Ele entra no mesmo e também o faço, fechando a porta ao meu lado com delicadeza.

"E quem disse que sou sua amiga?" Sorrio quando ele me olha confuso.

"Não é?" Ele coloca a mão na chave que estava conectada ao contato do carro.

"Claro que sou bobo!" Sorrio e ele abre um sorriso imenso, que nunca o vi dar.

"Maravilha!" Ele liga o carro e segue até a casa da tal amiga... esse caminho era muito conhecido por mim, mas podia ser só uma conhecidência.

[...]

The Neighbor «н.ѕ»Onde histórias criam vida. Descubra agora