The Neighbor «н.ѕ»

26

O braço de Harry pesa em minha cintura e me encosto mais em seu corpo, me aconchegando melhor. Seu aperto fica mais forte e ele esconde seu rosto em meu pescoço.

"Você está bem, bebê?" Ele fala baixo e rouco, perto do meu ouvido. Essa voz sempre me conforta, é impressionante.

"Eu estou bem, só não tenho sono." Levanto minha mão esquerda e acaricio seus cabelos compridos e caracolados.

"Hm..." Ele resmunga baixinho e deixa um pequeno beijo em minha nuca, me fazendo arrepiar. Me viro de frente pra ele, que está com os olhos levemente abertos, por conta do sono. "O que foi, pequena?"

Apenas dou de ombros.

Minha cabeça está realmente cheia, não apenas de pensamentos aleatórios e confusos, mas também cheia de sentimentos, como: medo, aflição e amor. Medo do Simon, aflição por pensar no que pode acontecer conosco se ele nos achar e amor pelo Harry. Seus olhos fixos em mim, me deixa levemente hipinotizada, sem ao menos piscar, ele levanta um canto de sua boca, dando aquele sorriso lateral que tanto amo.

"Okay, você está estranha." Ele diz baixo e eu nego, antes de selar seus lábios. "Opa..." Ele diz sorrindo, antes de me beijar devagar, acariciando minha cintura.

Flashback on*

Quatro meses de namoro. Foi isso, só esse tempo pra ele ficar estranho comigo. Eu já perguntei várias vezes se fiz algo, mas tudo o que Harry responde é um vago "não".

Essa semana fiz minhas provas finais e já estou totalmente livre do curso de fotografia. Troye como sempre, falando mal do Harry, dizendo que ele nunca foi bom o bastante pra mim.
  Hoje meu dia foi tedioso, apenas assistindo séries e mandando currículos pra meio mundo, tentando achar algum emprego que preste. A campainha toca e como meus pais não estão em casa, eu tenho que atender a porta.

"Oi." Harry diz baixo, fitando o chão.

"Oi." Respondo igualmente, me sentindo um pouco mal por nossa frieza um com o outro.

"Eu... Posso conversar com você?" Ele pergunta e eu assinto, dando espaço na porta, o seguindo depois que ele entra e me sento no sofá. "Me desculpa." Harry se senta, me olhando nos olhos. "Eu sou um idiota de ficar assim contigo. Eu te amo, Phee."

Fico o olhando em silêncio por um tempo. "Você está sendo sincero?" Me aproximo um pouco dele.

"Totalmente sincero. Me perdoa por ter problemas e ficar distante de você?" Harry pega delicadamente em meu queixo, o acariciando.

"Se é sincero, sim... Eu te perdoo." Falo baixo e ele sorri, me selando em seguida.

"Vou dar o meu melhor pra não te decepcionar, okay?" Ele sussura e eu assinto, voltando a o beijar. Senti tanta falta desses lábios rosados nos meus. Harry acaricia minha cintura, enquanto nossas línguas se movimentam em sincronia. Logo ele está a beijar meu pescoço, com um pouco de ansiedade e minhas mãos acariciam seus cabelos e ombro, sentindo meu corpo inteiro se arrepiar.

"Haz..." Arfo, mordendo o lábio inferior e ele apenas resmunga baixinho, chupando meu pescoço. "...o que... O que está fazendo?" Ele levanta o rosto, fitando meus olhos.

"Quero fazer amor contigo." Ele diz baixo e eu acaricio seu rosto. "Só se você quiser, claro." Olho em volta e depois volto a o encarar.

Flashback off*

[...]

Ambos acordamos cedo, ajudando Aarosa a arrumar a mesa do café da manhã e logo nos sentamos para comer. Esse é nosso primeiro dia refugiados na casa dela, deve ser um bocado estranho ter duas pessoas que você nunca sequer viu, morando temporariamente em sua residência, mas mesmo assim, ela nos acolheu. Aarosa tem uma alma maravilhosa.