CAPITULO 08

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RACHEL

Depois do encontro com Jeffrey já consegui me perceber uma outra mulher. Não exatamente como anseio me sentir, experiente a ponto de saber como ou o que, realmente me dá prazer. Entretanto, uma coisa é fato, posso sim me dar prazer sem a presença física de um homem, sem que tenha que me apaixonar e sofrer pela desilusão desse amor novamente.

Um bom e demorado banho de banheira, junto com alguns toques em lugares estratégicos do meu corpo, fazem com que eu reviva aqueles momentos excitantes e de extrema sensualidade.

Eu realmente precisei voltar para minha casa, assumindo novamente meu papel de mãe e mulher. Não queria, de maneira nenhuma, deixar de ser a "rainha do lar" que me dispus, porém agora, sem a presença do homem, que ao contrário do que pensei, sempre me enganou e fez de mim uma mulher fria e infeliz.

Ao descer, depois do banho estimulante, vejo a mesa para o jantar, sendo posta graciosamente pelas crianças, sob o comando de Marie. Ao contrário do que imaginei, não fico enciumada ao ver uma outra mulher fazendo coisas que eram funções minhas antes da morte de Louis, sinto-me mais forte agora, posso ver claramente que minha função em casa mudou.

— Que cheirinho delicioso, não é mesmo crianças? O que temos para o jantar hoje, Marie? — Resolvo perguntar, mesmo sentindo o cheirinho do frango assado tomando conta de toda a cozinha e sala de jantar.

— Mamãe! — O pequeno John vem correndo em minha direção e eu o agarro no colo, indo de encontro a minha pequena Katie, acaricio seus cabelos suavemente.

— Temos frango assado, mamãe, não é mesmo, Marie? — Katie responde e Marie sorri em confirmação.

Sentamos todos juntos à mesa e faço questão que Marie participe conosco da refeição. Mesmo sendo uma mulher extremamente profissional, eu diria até que tradicional, fui criada com uma mãe que nunca distinguiu bem essa coisa de separar empregados de nossas vidas, para minha mãe, essa relação sempre foi uma extensão.

Não tivemos empregados a vida inteira, mas pelo período que tivemos, eles foram parte importante de nossas vidas. Acredito que mamãe está certa, mesmo no curto período de convivência, vejo isso em Marie. Uma mãe que trata meus filhos como se fossem seus e ganhou a confiança e o carinho dos pequenos. Então como diz o velho ditado, "Quem beija meus filhos, minha boca adoça".

*******

A manhã seguinte começa como todos os dias, mas com a ajuda de Marie, preparar o café, as crianças e levá-los para o colégio, tornou-se bem mais fácil. O trabalho e organização do novo espaço do escritório deixou-me tão cheia de trabalho que nem noto o dia passar..

A contratação do novo advogado faz com que eu queira resolver tudo o mais rapidamente possível, afinal tenho perdido clientes por conta da ausência de um profissional da área em meu escritório.

Estou tão envolvida com as atividades que mal me dou conta que o fim do expediente chegou, todos estão indo embora e eu ainda tenho alguns afazeres. Porém, uma mensagem em meu celular acaba me trazendo de volta, Lucas Brandini surpreende-me com o jeito íntimo como me trata na mensagem de texto.

"Minha Delícia Loira, estou na cidade, contando as horas pra te ter em meus braços novamente."

Sei que não devo me sentir assim, mesmo que com esse homem, tenha feito o que considero o melhor sexo da minha vida, bem no meio de uma boate lotada, cheia de adrenalina e emoção como sempre sonhei. Isso não dá a ele o direito de me tratar como se eu fosse dele. Não sou dele, aliás não sou de ninguém, tenho o total e completo domínio de mim e da minha vida.

Paixão Impossível (Livro 2 da duologia Paixão) - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora